terça-feira, 29 de junho de 2010

O fracasso pode ser uma bússola

Todos têm um ideal na vida, mas são tão poucos os que realmente chegam lá. A maioria das pessoas acaba envolvendo-se de tal modo com a luta pela sobrevivência que quase esquece o seu grande sonho. Qual é a importância de ter um ideal na vida? Se não tiver um, nem um guindaste tira você da cama de manhã – Sem contar o tipo de pessoa rude e chata em que vai se transformar.
Achar também que a felicidade só chegará quando o ideal for alcançado é o que acontece com 90% das pessoas. Tem gente que diz "ah, eu só serei feliz quando tiver um apartamento de cobertura ou quando tiver um carro importado e por aí afora..." Vincular uma coisa à outra acaba levando ao fracasso.
A felicidade tem que estar no caminho da conquista. Enquanto você estiver trilhando o caminho para o ideal, estará feliz. Esse é o segredo. É importante você descobrir a sua melhor aptidão. Muitas pessoas pensam assim: eu preciso ganhar dinheiro. Mas quem puder exercer sua aptidão vai ganhar muito mais dinheiro com ela, porque saberá fazer o trabalho bem feito. A receita é a combinação de dois fatores: aptidão e competência.
Aptidão você tem, competência você desenvolve, você aprende. Pessoas que venceram na vida transformaram o treinamento em hábito.
Existem pessoas que até chegam ao sucesso por acaso, mas caso não se preparem para sustentá-lo, perdem tudo. É comum ver artistas e esportistas fazerem sucesso da noite para o dia. As pessoas se deixam levar muito por esses modelos de sucesso, mas quando almejam uma coisa que não tem a ver com a sua aptidão, pagam um preço muito caro. É preciso saber lidar com o fracasso.
É preciso fazer dele uma bússola. Quando a gente fracassa, descobre o caminho por onde não é bom ir. Também não é bom projetar expectativas nos outros. Se em vez de assumir sua incapacidade a pessoa simplesmente joga a culpa no outro, não cresce e não realiza sua vida. Enquanto você não assumir a responsabilidade pelo que acontece, vai achar que tudo o que faz está bom. No dia em que assumir, você cresce. Existe também um preço a pagar pela realização do ideal. Fazer um curso no sábado ou ficar 15 dias mergulhado num trabalho, preencher um relatório que tem de ser preparado... Sempre haverá um preço a pagar, mas muita gente não está disposta a isso. O que é preciso fazer? Primeiro, descobrir sua aptidão, depois, desenvolver a sua competência e aí então, estabelecer um foco, evitar “negativos” de plantão que só falam sobre notícias ruins e assumir a responsabilidade por sua vida. Eis aí uma receita de sucesso com ideal de vida, mostrando que a viagem pode ser tão boa quanto o destino, mas entendendo que a felicidade não é o destino, e sim, a viagem.

A nobreza de Plácido Domingo

Mesmo para os mais desligados do mundo da música, certamente já todos ouvimos falar dos tenores Plácido Domingo e José Carreras. O que talvez a maioria não saiba, é que o primeiro é madrileno e o segundo é catalão. Também por isso, as questões políticas tornaram-nos inimigos. A situação era de tal maneira que cada um deles, para actuar, exigia no contrato que o outro não pudesse ser convidado. Eram verdadeiros inimigos de estimação. Ambos os tenores sempre foram muito admirados na sua arte. Por ela, eram também bem pagos. Apesar da inimizade entre ambos, habituaram-se a viver com isso. Da mesma forma que algumas pessoas têm o privilégio de se amarem, estes tinham o azar de se odiarem.
Em 1987, quis o destino que José Carreras tivesse um novo inimigo, bem mais perigoso e letal – uma leucemia. O aparecimento do cancro desregulou completamente a vida a Carreras. Deixou de participar em espectáculos, passando exclusivamente a dedicar o seu tempo a salvar a sua própria vida. Para isso, submeteu-se a desgastantes tratamentos, a uma transplante de medula óssea e a uma mudança de sangue. Para salvar a vida, Carreras tinha de se deslocar mensalmente aos Estados Unidos. Apesar de ser um homem com uma fortuna razoável, o tratamento e as frequentes viagens delapidaram-lhe o património. A situação era de tal maneira grave, que deixou de ter possibilidades de continuar os tratamentos nos Estados Unidos. O homem que encantara multidões com a sua voz sentia-se abandonado à sua triste sorte. Parecia que nada havia a fazer. É na altura que José Carreras pensa que já nada havia a fazer, que toma conhecimento da “Fundación Hermosa”, localizada em Madrid e que se destinava a apoiar o tratamento de doentes com leucemia. Como o importante era curar-se e já não tinha meios financeiros para fazer escolhas, o catalão José Carreras entregou-se de alma e coração àquela fundação, como a única esperança para o seu caso. Em boa hora o fez, porque foi através dela que recuperou a sua saúde e alegria de viver, e pode novamente continuar a cantar.
Depois de recuperado, lê os estatutos da “Fundación Hermosa” e não queria acreditar no que lia: o presidente da fundação era nem mais nem menos do que o seu inimigo Plácido Domingo. Aquele que mais odiava tinha fundado uma organização com o propósito de o salvar. Durante muito tempo, Plácido manteve o anonimato de modo a que o seu doente inimigo não se sentisse humilhado.
Passado algum tempo, Plácido Domingo iria dar um concerto em Madrid. Na altura em que estava a actuar, José Carreras interrompe a actuação do “inimigo”, sobe ao palco e numa atitude de grande humildade, ajoelha-se aos pés do seu novo Amigo, a quem pede desculpa e agradece publicamente o gesto que teve para consigo. Perante tal atitude, Plácido Domingo ajuda o seu novo Amigo a levantar-se e perante a enorme assistência dão um grande e comovido abraço, selando publicamente a nova Amizade.
Esta história podia terminar aqui, mas termino-a com uma resposta que Plácido Domingo deu a uma jornalista que o interrogou sobre a sua atitude, tomada precisamente com o seu principal inimigo e rival: “Porque uma voz como aquela não se podia perder”.

O que é ser solidário?

Ontem, dia festivo em todo Nordeste, mas para inúmeras pessoas mais um dia de aflição... Afinal perderam tudo o que tinham devido às enchentes que ocorreram em Pernambuco e Alagoas, mas a esperança permaneceu.
No fim de tarde, me reuni com alguns amigos em busca de doações... Nós pedimos que doassem o que pudessem, pois tudo era muito bem-vindo. No caminho de volta para casa vim pensando neste assunto e um questionamento me chamou atenção. Por que só nos lembramos do frio quando sentimos frio, da fome quando temos fome, do calor quando sentimos calor, das alegrias quando nos lembramos de bons momentos? Talvez a resposta seja: porque sentimos falta! E justamente a falta de solidariedade é que prejudica o mundo.
Hoje, para maioria das pessoas, não existe em seu dicionário a palavra solidariedade ou talvez seu significado não esteja bem claro. Eu me orgulho de ter ao meu lado pessoas que além de praticar, acreditam na palavra “solidário”. Existem pessoas que poderíamos citar como Betinho, que praticou e deixou sua eterna campanha contra fome, justiça, a desigualdade social.
Praticar a solidariedade não é doar só quando se lembra, não é dar comida a quem tem
fome, não é dar água para quem tem sede, é dedicar parte de seu tempo para quem precisa de ajuda. A doação faz parte das inúmeras coisas que podemos fazer na hora de sermos solidário. Não é a doação que lhe faz solidária, e sim a vontade de ajudar ao próximo.
Obrigação ou ajuda? Acho a palavra obrigação muito forte, e não gosto de usá-la. Temos a escolha de ajudar ou não. Ninguém é obrigado a ser solidário, somos porque queremos ser, e não por obrigação. Quem é solidário por obrigação não é solidário. Já ouvi diversas vezes pessoas falarem: eu não tenho tempo, ando tão atarefado, já basta minha casa, tem que faça por mim, e ainda alguns dizendo: “ninguém faz nada por mim, por que eu faria pelos outros?”.
Responsabilidade social é ser solidário? Acredito que sim, em uma amplitude maior, onde indiretamente ajudamos os outros sem a intimidade que afugenta o cidadão e que deixa de praticar a solidariedade, para não se envolver com o próximo.
Ser solidário é: envolver, ser uma opção para solução, sentir o problema do outro, deixar pra lá o orgulho, praticar o carisma, a empatia, é amar sem ter que ser amado, se lembrar do próximo em todos os momentos que temos a oportunidade de praticar o bem, ser amigo oculto. Pratique, tente, não desista, faça o bem sempre que possível, seja um voluntário oculto se quiser, doe por vontade de doar. Já que é fácil dizer: “não custa nada doar”, então dê tudo o que pode! Seja um cidadão, seja um pernambucano solidário, seja um brasileiro solidário!
***
Ao chegar em Palmares me deparei com uma cena que nunca esquecerei... Uma cidade destruída, algo inexplicável, cena de filme... Pessoas humildes, batalhadoras que perderam o pouco com tinham construído com muito trabalho. Ao chegar próximo a uma moradora que muito abalada lamentava a perda da sua casa, a única coisa que ela me pediu foi um abraço... porque nessas horas e diante de tão cena faltam palavras. Isso serve para nos mostrar que a solidariedade não se faz apenas com bens materiais, sua presença é importante na vida de alguém, mesmo que esse alguém nunca o tenha o visto antes.
As vítimas das enchentes de Pernambuco e Alagoas precisam de cada um de vocês da maneira que possam ajudar, sejam com doações e principalmente com orações, pois Deus nunca desampara seus filhos.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Bagagem da vida

Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina de mão... À medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, por pensar que são importantes.
A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas, pesa demais, então você pode escolher: ficar sentado à beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem. Você pode ficar a vida inteira esperando, até que seus dias acabem... Ou você pode aliviar o peso, esvaziando a mala. Mas, o que tirar? Você começa tirando tudo para fora...
Veja o que tem dentro: Amor, Amizade... Nossa! Tem bastante, curioso, não pesa nada... Tem algo pesado... Você faz força para tirar... Era a Raiva - como ela pesa! Aí você começa a tirar, tirar e aparece a Incompreensão, Medo, Pessimismo... Nesse momento, o Desânimo quase te puxa para dentro da mala... Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo da mala aparece um Sorriso, que estava sufocado no fundo da sua bagagem... Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a Felicidade... Aí você coloca as mãos dentro da mala de novo tira para fora um monte de Tristeza...
Agora, você vai ter que procurar a Paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante... Procure então o resto: a Força, Esperança, Coragem, Entusiasmo, Equilíbrio, Responsabilidade, Tolerância e o bom e velho Humor. Tire a Preocupação também. Deixe de lado, depois você pensa o que fazer com ela...
Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo. Mas, pense bem o que vai colocar dentro da mala de novo, hein. Agora é com você. E não se esqueça de fazer essa arrumação mais vezes, pois o caminho é MUITO, MUITO LONGO, e sua bagagem, poderá pesar novamente.

Como roubar um coração

Para se roubar um coração é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa. Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda num vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago... E então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverão instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes e sabe por quê? Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava... E é assim que se rouba um coração, fácil não? Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!... E, se em algum momento, chegar a hora da partida, as coisas vão complicar, alguém terá que partir em o seu coração, pois quem roubou não aceitará fazer a devolução.
Vão tentar negociar, subornar, chantagear, tantas coisas, mas o ladrão não cederá, não poderá haver devolução porque um coração se consolidou junto ao outro e estarão num cantinho impenetrável que ninguém conseguirá alcançar.
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém...
É simples, é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, seqüestrados, furtados e jamais quem os levou aceitou fazer a devolução, nem mesmo... sob ordem de prisão!!!

A importância da fé

Uma pessoa acidentada é uma pessoa frágil e totalmente dependente de terceiros.
Foi o que aconteceu com o Sr.Joaquim, um homem forte e corajoso, mas que teve sua vida marcada por uma tragédia. Um acidente de automóvel ocorrido em uma rodovia de alta velocidade, quando voltava de viagem com amigos. Naquele momento de desespero, ele só se preocupou em saber notícias de seus colegas, e só após desmaiar e acordar em um hospital é que ele ficou sabendo a extensão da tragédia, dois dos três amigos que viajavam com ele havia morrido no acidente, o outro estava fora de perigo.
O Sr. Joaquim sofrera traumatismos interno e seu estado era gravíssimo, estava triste e quase sem forças para lutar pela sua própria vida, devido ao seu estado físico e a desolação por ter perdido os principais amigos de infância. Ele se sentia a pessoa mais abandonada do mundo, e vendo a correria dos médicos passando para lá e para cá sem sequer olhar para ele enquanto perdia as forças imaginava que não teria a menor chance.
Foi quando de repente entrou em seu quarto um rapaz muito jovem usando roupas de médico e disse: Bom dia, o senhor é o homem com a maior sorte que já conheci, o maior e mais respeitado especialista nesta área está aqui neste hospital e o senhor será operado por ele, meus parabéns.
Ao ouvir a fala do rapaz, ele encheu-se de esperanças novamente e começou a acreditar em sua recuperação, respirou fundo e foi para a sala de cirurgia cheio de entusiasmo.
No dia seguinte, passado o período da anestesia ao acordar a primeira coisa que fez foi perguntar pelo médico que o havia operado, pois queria conhecê-lo para agradecer pela sua vida, então a enfermeira pediu que aguardasse um momento e foi chamá-lo.
De repente entra na sala o mesmo rapaz que o havia conduzido para a sala de cirurgia, e o "seu Joaquim" lhe perguntou. Onde está o médico que me operou?
O senhor está diante dele, disse o rapaz sorridente, o senhor estava muito fragilizado e eu queria que se sentisse seguro e confiante, se lhe dissesse que eu seria o médico responsável pela sua cirurgia, eu não teria contado com sua confiança que foi fundamental para o sucesso da operação.
***
"Até o mais forte dos homens sucumbe ao desespero quando acaba sua fé:"

O poder da perseverança

"A perseverança é o combustível dos vencedores. "Nas Olimpíadas de 1992, em Barcelona (Espanha), estava para ser dada a largada da Semifinal da Prova de 400 Metros Rasos Masculina. A disputa prometia ser acirrada!
Entre os corredores estava um jovem inglês de nome Derek Redmond. Seu sonho era, provavelmente, o mesmo dos demais competidores que se alinhavam na linha de partida: ser campeão. Dada a largada, os competidores disputavam passada-a-passada a vaga para as finais. Derek vinha com boas chances de classificação; seriam segundos decisivos na vida de quem treinou muito, se preparou, passou dor e cansaço, mas estava ali para fazer valer o esforço de uma vida de dedicação. Porém, a vontade de Derek era "extra", pois depois das Olimpíadas de Seul, quatro anos antes, o atleta havia passado por cinco operações em ambos os tendões de Aquiles, para se recuperar em tempo de estar ali correndo, como os outros, atrás de um sonho.
Porém, pouco depois da largada, seu tendão direito se rompeu. Derek foi ao chão, sentindo muita dor. Era o fim da corrida para ele. O sonho tinha escapado por entre seus dedos e agora restava somente a forte dor. As câmeras não focalizaram Derek caído, mas sim o campeão Steve Lewis, que completou a prova em 44s50.
Determinado a concluir a prova, ele se levanta com muita dificuldade e, saltando sobre um dos pés, retoma a corrida, obviamente sem a menor chance de classificação. Foi quando seu pai, Jim Redmond, de 49 anos de idade, desceu a arquibancada, escalou a divisória e saltou para a pista antes que qualquer fiscal o pudesse impedir, alcançando seu filho. A multidão - em pé - começou a aplaudir ao perceber que Derek estava participando da corrida da sua vida. O jovem corredor apoiou sua cabeça no ombro direito do pai, e juntos eles percorreram o que restava da pista até a linha de chegada, sob os aplausos de incentivo da multidão de espectadores.
***
Quer você queira, quer não, as dificuldades e tropeços da vida sempre existirão. Por mais preparado que você acredite estar, em algum momento da vida você vai se encontrar num beco sem saída, e o pior é que você pode ter se preparado muito para a "corrida da sua vida" e, de um instante para outro, ver suas chances reduzidas à zero.
Quantos desistem frente aos fracassos...
Quantos se ressentem, amarguram e desistem quando encontram dificuldades...
Talvez seja próprio do ser humano esquecer o quê o motiva a continuar em frente. Presencio, com tristeza, a grande massa de pessoas que não tem a menor ideia do que estão fazendo de suas próprias vidas...
Todos nós temos dificuldades e tropeços, mas poucos têm a capacidade de se resignar e seguir em frente, esquecendo os tropeços momentâneos.
Problemas, quem não os tem?
A diferença fundamental entre quem vence e quem perde está em como encarar seus fracassos. E mais, como aproveitar as lições que a derrota momentânea traz.
Mais importante que ganhar é completar a corrida! Da próxima vez que você cair, lembre-se de Derek, e continue sua corrida, mesmo que não tenha mais chance de chegar em primeiro lugar. E jamais esqueça que a vida não é composta de uma única corrida, mas sim várias; perder uma não dá à você o direito de desistir.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A certeza da sobrevivência

Foi na primavera de 1995. Rick acabara de ganhar sua medalha de ouro nas olimpíadas. Era a sensação do colégio. Depois de uma palestra, o diretor lhe perguntou se ele poderia fazer uma visita a um aluno especial. O menino se chamava Matthew e não pudera se fazer presente à palestra. No entanto, tinha manifestado interesse em conhecer Rick.
Como o diretor se sensibilizara com o pedido e Rick concordou, eles foram à casa do garoto. No trajeto de 14 quilômetros, Rick descobriu algumas coisas. O menino era portador de distrofia muscular. Quando nascera, os médicos disseram a seus pais que ele não viveria até os 5 anos. Depois, que ele não chegaria aos 10. Ele estava com 13 anos, e era um lutador.
Queria conhecer Rick porque ganhara a medalha de ouro nas olimpíadas e ele, Matthew sabia tudo sobre superar obstáculos e correr atrás de sonhos.
Durante uma hora conversaram e, em nenhum momento, Matthew reclamou da sua situação, nem questionou: por que eu? Falou sobre vencer e correr para alcançar os seus sonhos. Não comentou que seus colegas de turma gozavam dele, às vezes, porque ele era diferente. Falou apenas de suas esperanças para o futuro e de como, um dia, haveria de conseguir fazer levantamento de peso.
Quando a conversa se encerrou, Rick tirou de sua pasta a medalha de ouro que ganhara por levantamento de peso e a colocou no pescoço do garoto. Disse a Matthew que ele era um vencedor e que sabia mais sobre sucesso e superar obstáculos do que ele próprio.
O menino olhou a medalha, depois a devolveu, dizendo: Rick, você é um campeão. Mereceu esta medalha. Algum dia, quando for para a olimpíada e ganhar a minha medalha de ouro, vou mostrá-la a você.
Quando chegou o verão, Rick recebeu uma carta dos pais de Matthew. Ele havia morrido, mas endereçara-lhe uma carta que escrevera apenas alguns dias antes de partir.
Rick a abriu e leu:
Caro Rick, minha mãe disse que eu deveria lhe mandar uma carta agradecendo pela foto legal que você me mandou. Eu também queria contar que os médicos disseram que não vou viver muito tempo. Está ficando muito difícil respirar e eu me canso com facilidade. Mas ainda sorrio o quanto posso. Sei que nunca vou ser tão forte quando você e sei que nunca vamos levantar peso, juntos. Um dia eu disse a você que iria à olimpíada e ganharia uma medalha de ouro. Agora sei que nunca vou fazer isso. Mas sei que sou um campeão. E Deus também sabe. Ele sabe que eu não desisto. Por isso, quando eu chegar do outro lado, Deus vai me dar uma medalha de ouro. E quando você chegar lá, eu vou mostrá-la a você. Obrigado por me amar. Seu amigo. Matthew

A conquista brilhante da auto-confiança

Para começar, goste de si mesmo! Este é o mais importante ingrediente da autoconfiança. Pessoas que se amam são alegres e otimistas, sentem-se bem consigo mesmas e os outros gostam de estar com elas. Depois, faça a escolha certa dos seus pensamentos. Você é a soma total dos seus pensamentos. Dizem que temos 90 mil pensamentos por dia, dos quais 60 mil são repetitivos, ou seja, repetimos os mesmos pensamentos muitas vezes ao dia.
Então, a única diferença entre um otimista e um pessimista é o que eles escolhem como centro de seus pensamentos e é você quem tem a liberdade de escolher que tipo de pensamento vai conservar e quais vai dispersar... Por isso, diga "não" aos pensamentos que causam um estado de espírito negativo e procure outros que provoquem otimismo e alegria. Outro recurso para adquirir autoconfiança é a escolha das influências que deseja receber. Você sabe, estamos expostos a todo tipo de influência e opiniões diariamente. Por isso saiba exatamente o que o influencia e escolha à quais influências expor-se.
Inunde a sua mente com pensamentos e ideias animadoras e positivas... Leia biografias de pessoas que fizeram coisas extraordinárias... Desenvolva a imunidade ao pessimismo de modo a não absorvê-lo. Por fim, cuidado com as comparações. A maneira rápida de você acabar com sua autoconfiança é comparar-se com pessoas erradas... Portanto, não coloque ninguém em um pedestal...
A melhor maneira de agir é esquecer as comparações e escolher alguém de valor como exemplo uma pessoa que tenhas qualidades e características que você admira e que poderá lhe ensinar alguma coisa.

Cinco minutos

No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem em um banco perto do playground. - Aquele, logo ali, é meu filho. Ela disse, apontando para um pequeno menino usando um suéter vermelho e que deslizava no escorregador.
- Um bonito garoto. O homem respondeu e completou,
- Aquela usando vestido branco, pedalando em sua bicicleta, é minha filha. Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha. - Melissa, o que você acha de irmos?
E Melissa suplicou: - Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos.
O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração.
Os minutos se passaram e o pai levantou-se e novamente chamou sua filha. - Hora de ir agora? Outra vez Melissa pediu, - Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos.
O homem sorriu e disse, - Está certo!
- O senhor é certamente um pai muito paciente, - a mulher comentou.
O homem sorriu e disse, - O irmão mais velho de Melissa, Tommy, foi morto por um motorista bêbado no ano passado quando montava sua bicicleta perto daqui. Eu nunca passei muito tempo com Tommy e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele. Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Melissa. Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta. Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-la brincar.
***
Em tudo na vida estabelecemos prioridades.
Quais são as suas prioridades?
Dê, hoje, a alguém que você ama mais cinco minutos de seu tempo!

A chuva dos olhos

“Chove. Na fonte das águas, chove. Na fronte das lágrimas do pretérito calado. Lavando a chuva dos olhos cansados. Chovendo nos mares, nos mares amados.” Há quanto tempo você não chora? Há quanto tempo seus olhos não são inundados por lágrimas, por estas pequenas gotas que parecem nascer em nosso coração? Há quanto tempo?
Assim como o fenômeno natural da precipitação atmosférica, a chuva, realiza o trabalho de purificar a terra, a água e o ar, também nossas lágrimas têm tal função. A de limpar nosso íntimo, a de externar nossas emoções, sejam elas de alegria ou de pesar. Precisamos aprender a expressar nossos sentimentos.
Nossa cultura possui conceitos arraigados, como o de que “homem não chora”, ou que “é feio chorar”, que surgem em nossas vidas desde quando crianças, na educação familiar, e acabam por internalizarem se em nossa alma, continuando a apresentar manifestações na vida adulta.
Sejamos homens ou mulheres na Terra, saibamos que todos rumamos para a busca da sensibilidade, do auto descobrimento, e da expressão de nossos sentimentos. Tudo que deixarmos guardado virá à tona, cedo ou tarde.
Se forem bons os sentimentos contidos, estaremos perdendo uma oportunidade valiosa de trazê-los ao mundo, melhorando nossas relações com o próximo e conosco mesmo. Se forem sentimentos desequilibrados, estaremos perdendo a chance de encará-los, de analisá-los, e de tomar providências para que possam ser erradicados de nosso interior.
As barreiras que nos impedem de nos emocionar, de chorar, são muitas vezes as mesmas que nos fazem pessoas fechadas e retraídas. Barreiras que carecemos romper, para que nossos dias possam ser mais leves, mais limpos, como a atmosfera que recebe a água da chuva, e nela encontra sua purificação.
As chuvas dos olhos fazem um bem muito grande. Desabafar, colocar para fora o que angustia nosso íntimo, ou o que lhe dá alegria, é um exercício precioso. Um hábito salutar. Dizer a alguém o quanto o amamos, quando este sentimento surgir em nosso coração – mesmo sem um motivo especial -, será sempre uma forma de fortalecimento de laços, de construção de uma união mais feliz, e principalmente, um recurso para elevarmos nossa auto-estima, nosso auto-amor.

Mil bolinhas de gude

Quanto mais velho fico, mais gosto das manhãs de sábado. Talvez seja por causa da quietude e da sensação de Solitude por ser o primeiro a levantar, ou quem sabe? - a Alegria desmedida de não ter de ir trabalhar. De um jeito ou de outro, as primeiras horas das manhas de sábado são mais alegres.
Há algumas semanas eu estava me arrastando na direção do Porão (...) com uma xícara de café bem quentinho em uma das mãos e o jornal na outra. O que começou com uma típica manha de sábado se transformou numa daquelas lições que a vida parece nos ensinar de tempos em tempos. Permita - me contar o que aconteceu.
Sou radioamador, e sintonizei na faixa de comunicação por telefone para ouvir uma comunicação em rede que costumava ocorrer nas manhãs de sábado. No caminho, passei por um velho companheiro radioamador, que transmitia num sinal bem forte e com uma voz perfeita. Você sabe aqueles sujeitos que poderiam ser locutores de televisão. Ele estava conversando com alguém e comentando sobre "mil bolinhas de Gude". Fiquei curioso e parei para ouvir o que ele dizia.
- Bem, Tom, parece mesmo que você esta muito ocupado com seu trabalho. Tenho certeza que eles pagam muito bem, mas é um absurdo você precisar se afastar tanto de sua casa e de sua família. É difícil acreditar que uma pessoa tão jovem tenha de trabalhar sessenta ou setenta horas por semana para poder se sustentar . Foi muito ruim você ter perdido a apresentação de dança de sua filha . Vou contar uma coisa a você, Tom, algo que tem me ajudado a manter uma boa perspectiva em relação a minhas prioridades.
Foi quando ele começou a explicar a teoria das "mil bolinhas de Gude".
- Veja bem, um dia me sentei e fiz um breve cálculo. Uma pessoa vive em média, cerca de 75 anos. Sei que alguns vivem mais e outros vivem menos, más, em média, a vida de uma pessoa dura cerca de 75 anos. Aí multipliquei 75 por 52 e cheguei a 3.900, que é o número de sábados que a pessoa vive, em média, durante toda a vida. Agora, continue acompanhando meu raciocínio, Tom; estou chegando na parte mais importante. Levei 55 anos de minha vida para começar a pensar sobre tudo isso em detalhes, e naquela época eu ja havia vivido 2.800 sábados. Calculei que, se eu vivesse até os 75 anos, só teria pouco mais de mil sábados restantes para aproveitar. Então fui a uma loja de brinquedos e comprei mil bolinhas de Gude. Levei-as para casa e coloquei dentro de uma caixa grande de plástico que fica aqui (...)perto de meu equipamento. Desde então, todo sábado eu tiro uma uma bolinha de gude e jogo longe. Descobri que, conforme via o número de bolinhas diminuir , eu me concentrava mais nas coisas realmente importantes da vida. Não há nada como perceber o tempo de vida nesta terra indo embora para ajudar a pessoa a focar nas prioridades. Mas permita me dizer mais uma coisa antes de finalizarmos nossa conversa e desligarmos o radio para eu poder levar minha adorável esposa par tomar café: Esta manhã tirei a ultima bolinha de gude da caixa. Fiquei pensando que, se eu continuar vivo até o próximo sábado, significa que ganhei um tempo extra na vida. E a única coisa que todos podemos desfrutar é um pouquinho mais de tempo.
Foi um prazer falar com você, Tom, e espero que passe mais tempo com sua família. Tomara que voltemos a nos falar pelo rádio um dia desses.
O silêncio era total no rádio quando aquele homem desligou. Acho que ele tinha nos fornecido material para um bocado de reflexão. Eu havia planejado trabalhar na antena do rádio naquela manhã, e depois me encontraria com alguns amigos radioamadores para elaborar o próximo boletim do clube. Em vez disso, subi as escadas e acordei minha esposa com um beijo.
- Vamos lá, meu bem, vou levar você e as crianças para tomar café.
- Por que essa novidade? - ela perguntou sorrindo.
- Ah, nada de especial. É que já faz muito tempo desde a última vez que passei um sábado inteiro com você e as crianças. Ei, daria para parar numa loja de brinquedos quando sairmos? Preciso comprar umas bolas de Gude".