sábado, 27 de fevereiro de 2010

A tesoura e a agulha

Desde pequena, a moça se acostumara a conviver com tecidos, tesouras, agulhas e linhas de diversos padrões e cores. Sua mãe, exímia costureira, sustentava toda a família com muito trabalho e honestidade.
A moça casara com um frio empresário que gastava as energias com os negócios e dava muita importância ao que ela nem sempre julgava essencial. Já estava acostumada a ver o marido cortar os passeios com os filhos por um almoço de negócios, já não agüentava ouvir o marido falar em cortes, mudanças precipitadas... Isso sem falar nas inúmeras vezes que foi cortada ao tentar argumentar, discutir os problemas do cotidiano...
Numa rara noite em que todos estavam em casa, a filha caçula começou a implicar com o irmão. O pai, sempre ocupado, não suportava o barulho e sem querer ouvir ou entender a situação mandou as duas crianças para o quarto, sem conversa.
A mulher simplesmente pegou sua caixinha de costura com alguns retalhos e chamou o marido: - Agora não, meu bem!
- Agora sim, querido!
O homem percebendo que não tinha escolha sentou-se e ficou olhando os retalhos, a agulha, a tesoura, carretéis de linha sem nada compreender.
- Meu bem, para que serve a tesoura? - perguntou brandamente a mulher.
- Para cortar, aparar...
- E a agulha? - Para costurar, ora!
- Você consegue fazer uma colcha de retalhos só cortando?
- Na verdade não faria de jeito nenhum - não sei costurar, lembra?
- Não estou brincando! Você já viu ou soube de alguma costureira que costura sem linha e agulha, só com tesoura?
- Claro que não, meu amor.
- Minha mãe me falou um dia, quando meu pai nos deixou, que nossa família era como uma colcha de retalhos. Cada um de nós era um retalho colorido. Para que nossa colcha fique sempre bonita precisamos usar a agulha e as linhas.
- E daí? Perguntou o marido!
- Daí que você só sabe usar a tesoura. Corta nossos momentos de lazer, corta a minha palavra, corta o diálogo com as crianças. Você só separa, separa...
- Eu? Disse o marido.
- Sim. Respondeu a esposa.
Aprenda a unir nossa família. Aprenda a unir o seu trabalho à nossa família, unir os seus amigos aos meus... Qualquer dia você perceberá o quanto nos cortou de sua vida e talvez seja tarde.
O marido nada disse - sinal de que ia pensar refletir. Mudanças demandam tempo.
- Não vou mais falar sobre isso. Só quero que você pense tá? Estou no quarto das crianças. Vou costurá-las porque não quero dois retalhos tão importantes de minha vida separados. Boa noite! Disse a esposa.
- Boa noite. Disse o marido.
Dali a meia hora o marido entrou no quarto em que brincavam as crianças, enquanto a mulher costurava uma bonita colcha de retalhos. A cena emocionou o homem e o fez juntar-se aos três. Abraçou-os e os levou para jantar.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A vida consiste em escolhas

Mauro era um tipo de pessoa que todos adorariam conhecer. Ele sempre estava de bom humor e sempre tinha algo positivo para dizer. Quando alguém lhe perguntava: "Como vai você?", ele respondia: "Melhor que isso, só dois disso!".
Um dia perguntei-lhe: - Como você consegue ser uma pessoa tão positiva o tempo todo?

- Toda manhã eu acordo e digo a mim mesmo: Mauro, hoje você tem duas escolhas: ficar de bom humor ou ficar de mal humor. Então, eu escolho ficar de bom humor. E repito esta decisão o dia inteiro, a cada instante. Se alguém me irrita ou reclama de alguma coisa, seja do jeito certo ou não, eu escolho continuar de bom humor e tentar ver o lado positivo da situação.
- Mas, não e tão fácil assim, Mauro!

- É fácil, sim! A vida consiste em escolhas.

As palavras de Mauro não eram vazias. Ele realmente havia decidido viver de bem com a vida, e isso ficou muito bem estabelecido quando Mauro foi assaltado e levou três tiros. Por sorte, foi socorrido a tempo.
Ele conta que naquela hora tomou duas decisões: A primeira decisão que tomou, foi que queria viver, fosse como fosse. Mesmo que ficasse paraplégico, não iria desistir da vida (essa sua obstinação facilitou o serviço de toda a equipe médica que o atendeu).

A segunda decisão, foi que iria passar aqueles terríveis momentos do melhor jeito que lhe fosse possível, e foi isso mesmo que ele fez. Quando os paramédicos lhe perguntaram se era alérgico a alguma coisa, Mauro, apesar de estar sangrando e gravemente ferido, fez com que todos caíssem na risada: - Sou alérgico à bala!

A certeza de uma amizade

Na guerra...
- Meu amigo ainda não regressou do campo de batalha, senhor. Solicito permissão para ir buscá-lo, pediu um soldado ao seu superior.

- Permissão negada, soldado, respondeu o oficial, não quero que você arrisque a sua vida por um homem que provavelmente já está morto.

O soldado, desconsiderando a proibição, saiu e, uma hora mais tarde, voltou transportando o cadáver de seu amigo.

O oficial ficou furioso:
- Eu te disse que ele já estava morto! Agora, por causa da sua indisciplina, eu perdi dois homens, pois você ficará preso e enfrentará a corte marcial. Valeu a pena, soldado, só pra resgatar um cadáver?

E o soldado respondeu:
- Senhor, quando encontrei o meu amigo ele ainda estava vivo e pode me dizer: "Eu sabia que você viria!"

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O livro do mapa do tesouro

Era uma vez um pobre e modesto alfaiate, que sonhava muito tornar-se rico. Um dia bateu à sua porta um viajante mercador. Dentre os vários objetos que viu, o alfaiate interessou-se tão-somente por um livro muito velho, de capa de couro, escrito num idioma que ele nem conhecia. O mercador assegurou-lhe tratar-se de um livro que continha os segredos de um grande tesouro escondido por piratas. Muito já haviam tentado desvendar este mistério, sem sucesso. O alfaiate comprou o livro, não pelas histórias do mercador, mas porque achou que poderia ganhar algum dinheiro ao revendê-lo.
À noite, entediado, decidiu examinar melhor sua aquisição. Por mais que lesse, nada entendia, mas, seu coração disparou quando conseguiu decifrar algumas palavras: "prata... ouro... jóias".
De imediato desistiu de revender o livro. Afinal, se houvesse mesmo ali um segredo de um tesouro, ainda não desvendado, ele não iria desperdiçar esta oportunidade única que bateu à sua porta. Para decifrar o resto, o alfaiate percebeu que teria que estudar algumas línguas estrangeiras.
Dedicou-se por anos, sem nunca desistir nem se cansar. Todas as tardes, não via a hora de poder fechar a alfaiataria para poder voltar aos estudos.
Um dia um mensageiro trouxe-lhe uma convocação: O seu país precisava de seus préstimos como intérprete do rei, pelo que seria muito bem recompensado. Atendeu a convocação, mas teve que deixar a profissão de alfaiate, pois não queria parar de estudar e o rei sempre o requisitava. Comprou numa bela casa próxima ao castelo do rei, para não perder muito tempo se deslocando. Como o livro tinha muitas figuras, cálculos e números, enveredou-se nos estudos da filosofia, física, aritmética e matemática. Em breve, também era requisitado para efetuar cálculos complicados para grandes edificações.

Ganhou muito dinheiro e tornou uma pessoa notória em seu país, mas, nunca parou de estudar nem de tentar decifrar seu estimado livro; tarefa que finalmente ele conseguiu, muitos anos depois. E o livro dizia o seguinte acerca do tesouro escondido:
“Feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento; pois melhor é o lucro que ela dá do que o lucro da prata, e a sua renda do que o ouro. Mais preciosa é do que as jóias, e nada do que possas desejar é comparável a ela - Provérbios 3.14-16".

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O ilustre visitante

Ruth olhou em sua caixa de correio, mas só havia uma carta. Pegou-a e a olhou antes de abri-la. Mas logo parou, para observar com mais atenção. Não havia selo nem marcas do correio, somente seu nome e endereço. Ela decidiu ler a carta: "Querida Ruth. Estarei próximo de sua casa, no sábado à tarde, e passarei para visitá-la. Com amor, Jesus".

As mãos da mulher tremiam quando colocou a carta sobre a mesa. "Por que Jesus iria querer visitar-me? Não sou ninguém especial, não tenho nada para oferecer-lhe..." - pensou.

Preocupada, Ruth recordou o vazio reinante nas estantes de sua cozinha. "Ai, não! Não tenho nada para oferecer-lhe. Terei que ir ao mercado e comprar alguma coisa para o jantar." Ruth abriu a carteira e colocou o conteúdo sobre a mesa. Era muito pouco, suficiente apenas para comprar pão e alguma outra coisa.
Ruth colocou um abrigo e se apressou em sair. Um pão francês, um pouco de peru e uma caixa de leite. Sobram-lhe apenas alguns trocados, que deveriam durar até a segunda-feira, quando receberia sua pensão novamente. Mesmo assim, sentiu-se bem e saiu a caminho de casa, com sua humilde compra debaixo de um dos braços.
- Olá, senhora, pode nos ajudar? Ruth estava tão distraída pensando no jantar, que não viu as duas pessoas que estavam de pé no corredor. Um homem e uma mulher, os dois vestidos com pouco mais que farrapos. - Olhe senhora, não tenho emprego. Minha mulher e eu temos vivido ali fora na rua. Está fazendo frio e estamos sentindo fome. Se a senhora pudesse nos ajudar, ficaríamos muito agradecidos.

Ruth olhou para eles com mais cuidado. Estavam sujos e tinham mau cheiro e, francamente, ela estava segura de que eles poderiam conseguir algum emprego se quisessem.

- Senhor, eu queria ajudar, mas eu mesma sou uma mulher pobre. Tudo que tenho são umas fatias de pão, mas receberei um hóspede importante esta noite e planejava servir-lhe isso.
- Sim, senhora, entendo, de qualquer maneira, obrigado - respondeu o homem.

O pobre homem colocou o braço em volta dos ombros da mulher, e os dois se dirigiram para a saída. Ao vê-los saindo, Ruth sentiu um forte pulsar em seu coração. - Espere!

O casal parou e voltou à medida que Ruth corria para eles e os alcançava na rua:

- Fiquem com isso tudo - disse ela.
- Mas, e o seu convidado, senhora?
- Eu dou um jeito. Não se preocupem.

Quando a mulher estendeu as mãos para pegar o lanche, Ruth percebeu que a mulher tremia de frio. - Sabe, tenho outro casaco em minha casa, tome este - ofereceu Ruth. Ela desabotoou o próprio casaco e o colocou sobre os ombros da mulher.
- Obrigado, senhora, muito obrigado - despediu-se, agradecido, o casal.
Sorrindo, voltou a caminho de casa, sem seu casaco e sem nada para servir para Jesus. Ruth estava tremendo de frio quando chegou à porta de sua casa. Procurou a chave rapidamente na bolsa, enquanto notava outra carta na caixa de correio.
"Que esquisito, o carteiro nunca vem duas vezes em um dia" - pensou ela. Apanhou a carta e a abriu: "Querida Ruth. Foi bom vê-la novamente. Obrigado pelo delicioso lanche e pelo casaco. Com amor, Jesus".

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A aposta dos sentimentos ruins

Certa vez, os piores sentimentos que existem apostaram entre si qual deles seria capaz de tomar o lugar da Felicidade que vivia numa casa de família.
O primeiro sentimento a tentar foi a Solidão, porém, em poucos minutos ela saiu de lá, muito decepcionada com seu próprio fracasso. Mas, não contou para os outros sentimentos o quê a levou a fracassar.
O próximo a tentar foi a Tristeza, mas, antes de bater à porta, espiou pela janela e desistiu. Ela também não contou nada para os outros.
O Desespero, a Ansiedade, o Ódio e a Culpa também fracassaram e, igualmente, nada contaram.
Um dia, quando a família saiu para passear com a Felicidade, a Curiosidade e o Atrevimento invadiram a casa, para tentar descobrir porque nenhum sentimento ruim conseguia entrar ou permanecer ali. Eles pensavam que iam poder xeretar à vontade, mas levaram um susto muito grande, pois, a casa não estava vazia, o Amor estava lá, cuidando de tudo.
Os dois saíram correndo e gritando: - É o Amor! O Amor vive nesta casa.
- Desistiram, pois onde mora o Amor a Felicidade mora junto e não sobra lugar para nenhum sentimento ruim.

O cavalo descontente

Sempre podemos encontrar motivos para nos sentirmos descontentes, se quisermos. Podemos, também, encontrar argumentos para nos considerarmos afortunados por estarmos vivos. Tudo depende da maneira como cada um vê a existência.

Era uma vez um cavalo que, em pleno inverno, desejava o regresso da primavera. De fato, ainda que agora descansasse tranqüilamente no estábulo, via-se obrigado a comer palha seca.

- Ah, como sinto saudades de comer a erva fresca que nasce na primavera! dizia o pobre animal.

A primavera chegou e o cavalo teve sua erva fresca, mas começou a trabalhar bastante porque era época da colheita.

- Quando chegará o verão? Já estou farto de passar o dia inteiro puxando o arado! lamentava-se o cavalo.

Chegou o verão, mas o trabalho aumentou e o calor tornou-se muito forte.

- Oh, o outono! Estou ansioso pela chegada do outono! dizia mais uma vez o cavalo, convencido de que naquela estação terminariam seus males.

Mas no outono teve que carregar lenha para que seu dono estivesse preparado para enfrentar o inverno. E o cavalo não parava de queixar-se e de sofrer.

Quando o inverno chegou novamente, e o cavalo pode finalmente descansar, compreendeu que tinha sido fantasioso tentar fugir do momento presente e refugiar-se na quimera do futuro. Esta não é a melhor forma de encarar a realidade da vida e do trabalho.

É melhor descobrir o que a vida tem de bom momento a momento, vivendo o presente da melhor forma possível.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Os doze pratos

Um príncipe chinês orgulhava-se de sua coleção de porcelana, de rara quão antiga procedência, constituída por doze pratos assinalados por grande beleza artística e decorativa. Certo dia, o seu zelador, em momento infeliz, deixou que se quebrasse uma das peças. Tomando conhecimento do desastre e possuído pela fúria, o príncipe condenou à morte o dedicado servidor, que fora vítima de um descuido. A notícia tomou conta do Império, e, às vésperas da execução do desafortunado servidor, apresentou-se um sábio bastante idoso, que se comprometeu a devolver a ordem à coleção, se o servo fosse perdoado. Emocionado, o príncipe reuniu sua corte e aceitou a oferenda do venerado ancião. Este solicitou que fossem colocados todos os pratos restantes sobre uma toalha de linho, bordada cuidadosamente, e os pedaços da preciosa porcelana fossem espalhados em volta do móvel. Atendido na sua solicitação, o sábio acercou-se da mesa e, num gesto inesperado, puxou a toalha com as porcelanas preciosas, atirando-as bruscamente sobre o piso de mármore e arrebentando-as todas.

Diante da surpresa que tomou conta do soberano e de sua corte, muito sereno,
ele disse: - Aí está, senhor, todos iguais conforme prometi. Agora podeis mandar
matar-me. Desde que essas porcelanas valham mais do que as vidas, e considerando-se que sou idoso e já vivi além do que deveria, sacrifico-me em benefício dos que irão morrer no futuro, quando cada uma dessas peças for quebrada. Assim, com a minha existência, pretendo salvar doze vidas,
já que elas, diante desses objetos nada valem. Passado o choque, o príncipe, comovido, libertou o velho e o servo, compreendendo que nada há mais precioso do que a vida em si mesma.

***

Quantas vezes deixamos o nervosismo do momento tomar lugar nas nossas vidas e duras palavras ferem a quem amamos! Quantas coisas colocamos na frente do amor, do respeito, da compreensão que deveríamos ter? Que no final de semana, tenhamos tempo para meditar se não estamos matando por um prato quebrado...

A camisa do camponês

Narra antiga lenda, que certa vez um rei adoeceu gravemente e à medida que o tempo passava seu estado piorava. Os médicos tentaram de tudo, mas nada parecia funcionar. Estavam a ponto de perder a esperança quando a velha criada falou: - Eu sei uma forma de salvar o rei. Se vocês puderem encontrar um homem feliz, tirar-lhe a camisa e vesti-la no rei, ele se recuperará.

Ao ouvir tal afirmativa, o Rei enviou seus mensageiros a todos os cantos do reino a procura de um homem feliz. Eles cavalgaram por todos os lugares e não encontraram um homem feliz. Ninguém estava satisfeito; todos tinham uma queixa a fazer.

- "Aquele alfaiate estúpido fez as calças muito curtas! Ouviram um homem rico dizer."

- "A comida está péssima, este cozinheiro não consegue fazer nada direito! Outro reclamava."

- "O que há de errado com os nossos filhos? Resmungava um pai insatisfeito."

- "O teto está vazando! A situação financeira está péssima. Será que o Rei não pode dar um jeito nessa situação? "Essas e outras tantas queixas eram o que os mensageiros do rei ouviram por onde passaram.

Se um homem era rico, não tinha o bastante; se não era rico, era culpa de alguém.

Se era saudável, havia uma sogra indesejável em sua vida. Se tinha uma boa sogra, a gripe o estava infelicitando. Enfim, naquele reino todos tinham algo do que reclamar.

O Rei já tinha perdido a esperança de ficar bom, quando numa noite, seu filho cavalgava pelos campos e, ao passar perto de uma cabana ouviu alguém dizer: - Obrigado Senhor! Concluí meu trabalho diário e ajudei meu semelhante. Comi meu alimento, e agora posso deitar-me e dormir em paz. O que mais poderia desejar, Senhor?

O príncipe ficou muito feliz por ter, finalmente, encontrado um homem feliz. Retornou e mandou que seus homens fossem até lá e levassem a camisa do homem ao rei e lhe pagassem o quanto pedisse.

Mas quando os mensageiros do rei entraram na cabana para despir a camisa do homem feliz, descobriram que ele era tão pobre que sequer possuía uma camisa.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O livro da vida

É um sonho: Me deparei com uma grande sala.
Ao me aproximar, percebi um guardião na porta que me disse. - Ninguém pode entrar aqui. Aqui estão guardados os "Livros da Vida". Aquele que conseguir passar por esta porta poderá ter acesso ao seu livro e modificá-lo ao seu gosto.

Minha curiosidade era grande! Afinal, poderia escolher o meu destino. Com minha insistência o guardião resolveu ceder um pouco e me disse: - Está bem. Dou-te cinco minutos, e nem mais um segundo.

Eu nem acreditava! Cinco minutos era mais que suficiente para que eu pudesse decidir o resto da minha vida, afinal, poderia apagar e acrescentar o que eu quisesse no "Livro da minha vida". Entrei e a primeira coisa que vi foi o Livro da vida do meu pior inimigo. Não aguentei de curiosidade. O que será que estava escrito no livro da vida dele? O que será que o destino reservava para aquela pessoa que eu não suportava? Abri o livro e comecei a ler. Não me conformei: - Verifiquei que sua vida lhe reservava muita coisa boa e não tive dúvidas. Apaguei as coisas boas e reescrevi o seu destino com uma porção de coisas ruins. Logo vi outro livro. De outra pessoa que eu não gostava e fiz a mesma coisa...

De repente me deparo com meu próprio livro! Nem acreditei. Este era o momento... Iria mudar meu destino... Iria apagar todas as coisas ruins e iria reescrever só coisas boas. Seria a pessoa mais feliz do mundo!

Quando peguei o livro, eis que alguém bate no meu ombro: - Seu tempo acabou! Pode sair. Fiquei atônito! - Mas eu não tive tempo nem de abrir o meu livro? - Pois é, disse o guardião. Eu te dei cinco minutos preciosos e você poderia ter modificado o seu livro, mas, você só se preocupou com a vida dos outros e não teve tempo de ver a sua. Abaixei minha cabeça, cobri minha face com as mãos... e saí da sala.

Corrida de sapos

Era uma vez uma corrida de sapinhos! O objetivo era atingir o alto de uma grande torre. Havia no local uma multidão assistindo.
Muita gente para vibrar e torcer por eles.

Começou a competição. Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos
pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era: "Que pena! - Esses sapinhos não vão conseguir. Não vão conseguir." E os sapinhos começaram a desistir.

Mas havia um que persistia e continuava a subida, em busca do topo.

A multidão continuava gritando: "... Que pena! - Vocês não vão conseguir.!" E os sapinhos estavam mesmo desistindo um por um - menos aquele sapinho que continuava tranqüilo... Embora cada vez mais cansado.

Já ao final da competição, todos desistiram - menos ele. A curiosidade tomou conta de todos.

Queriam saber o que tinha acontecido...
E assim, quando foram perguntar ao sapinho
como ele havia conseguido concluir a prova,
aí sim conseguiram descobrir... Que ele era surdo!

***

Não permita que pessoas com o péssimo hábito de serem negativas, derrubem as melhores e mais sábias esperanças de nosso coração.

Lembre-se sempre: há poder em nossas palavras e em tudo o que pensamos...

PORTANTO... PROCURE SEMPRE SER... POSITIVO!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Amor e sonhos

Conta a lenda que uma jovem mariposa de corpo frágil e alma sensível voava ao sabor do vento certa tarde, quando viu uma estrela muito brilhante e se apaixonou. Voltou imediatamente para casa, louca para contar à mãe que havia descoberto o que era o amor, mas a mãe lhe disse friamente:
- Que bobagem! As estrelas não foram feitas para que as mariposas possam voar em torno delas. Procure um poste ou um abajur e se apaixone por algo assim; para isso nós fomos criadas.
Decepcionada, a mariposa resolveu simplesmente ignorar o comentário da mãe e permitiu-se ficar de novo alegre com a sua descoberta e pensava: - Que maravilha poder sonhar!
Na noite seguinte, a estrela continuava no mesmo lugar e a mariposa decidiu que iria subir até o céu, voar em torno daquela luz radiante e demonstrar seu amor. Foi muito difícil ir além da altura com a qual estava acostumada, mas conseguiu subir alguns metros acima do seu vôo normal.
Entendeu que, se cada dia progredisse um pouquinho, iria terminar chegando à estrela, então armou-se de paciência e começou a tentar vencer a distância que a separava de seu amor.
Esperava com ansiedade que a noite descesse e, quando via os primeiros raios da estrela, batia ansiosamente suas asas em direção ao firmamento.
Sua mãe ficava cada vez mais furiosa e dizia: - Estou muito decepcionada com a minha filha! Todas as suas irmãs e primas já têm lindas queimaduras nas asas, provocadas por lâmpada! Você devia deixar de lado esses sonhos inúteis e arranjar um amor que possa atingir. A jovem mariposa, irritada porque ninguém respeitava o que sentia, resolveu sair de casa. Mas, no fundo como, aliás, sempre acontece ficou marcada pelas palavras da mãe e achou que ela tinha razão.
Por algum tempo, tentou esquecer a estrela, mas seu coração não conseguia esquecer a estrela e, depois de ver que a vida sem o seu verdadeiro amor não tinha sentido, resolveu retomar sua caminhada em direção ao céu.
Noite após noite, tentava voar o mais alto possível, mas, quando a manhã chegava, estava com o corpo gelado e a alma mergulhada na tristeza. Entretanto, à medida que ia ficando mais velha, passou a prestar atenção a tudo que via à sua volta.
Lá do alto podia enxergar as cidades cheias de luzes, onde provavelmente suas primas e irmãs já tinham encontrado um amor, mas, ao ver as montanhas, os oceanos e as nuvens que mudavam de forma a cada minuto, a mariposa começou a amar cada vez mais sua estrela, porque era ela quem a empurrava para ver um mundo tão rico e tão lindo.
Muito tempo depois resolveu voltar à sua casa e aí soube pelos vizinhos que sua mãe, suas irmãs e primas tinham morrido queimadas nas lâmpadas e nas chamas das velas, destruídas pelo amor que julgavam fácil.
A mariposa, embora jamais tenha conseguido chegar à sua estrela, viveu muitos anos ainda, descobrindo que, às vezes, os amores difíceis e impossíveis trazem muito mais alegrias e benefícios que aqueles amores fáceis e que estão ao alcance de nossas mãos.

***

Com esta lenda aprendemos duas coisas: valorizar o amor e lutar pelos nossos sonhos, porque sabemos que é a realização deles que nos faz feliz e lembremos "o mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar, e correr o risco de viver seus sonhos".

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Fé que move montanhas

Uma pequena congregação construiu um novo santuário em um terreno doado por um membro da igreja. Dez dias antes de a nova igreja ser aberta, o fiscal da prefeitura informou ao pastor que o estacionamento era inadequado para o tamanho da construção. Até que conseguissem dobrar o tamanho do estacionamento, não poderiam usar o novo santuário.

Infelizmente, como o terreno era pequeno, tinham usado cada centímetro na construção, com exceção da montanha atrás do terreno. Para construir um estacionamento maior, teriam que mover a montanha.
Destemido, o pastor anunciou que à noite gostaria de contar com todos os membros que tivessem "fé para mover montanhas". Durante o encontro eles fariam orações pedindo à Deus por luz para encontrarem uma solução.

Na hora marcada, 24 dos 300 membros apareceram para a oração. Eles rezaram por quase três horas. Quando o pastor terminou, ele disse ao grupo, - Abriremos no domingo marcado, Deus nunca nos abandona.
Na manhã seguinte, quando ele estava em seus estudos, alguém bateu à porta.

- Com licença, Reverendo. Eu sou de uma companhia de construção do município vizinho. Estamos construindo um novo centro comercial e estamos precisando de terra para um aterro. O senhor estaria disposto a nos vender um pouco de terra daquela montanha atrás da igreja? Nós pagaremos pela terra que removermos e pavimentaremos toda a área exposta. Se o senhor concordar, podemos iniciar imediatamente. Nós não poderemos prosseguir nossa obra enquanto não conseguirmos terra para o aterro, daí a urgência.

***

A pequena igreja estava aberta no domingo marcado como fora originalmente planejado e existiam muito mais membros com "fé que move montanhas" do que no dia da oração. Você apareceria para aquele encontro para oração? Muitas pessoas dizem que a fé vem dos milagres. Mas outros sabem: Os milagres vêm da fé!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A árvore dos desejos

Uma vez um homem estava viajando e, acidentalmente, entrou no paraíso. E no conceito indiano de paraíso existem árvores-dos-desejos. Você simplesmente senta debaixo delas, deseja qualquer coisa e imediatamente seu desejo é realizado - não há intervalo entre o desejo e sua realização.
O homem estava cansado e pegou no sono sob a árvore–dos-desejos. Quando despertou, estava com muita fome, então disse: - Estou com tanta fome, desejaria poder conseguir alguma comida de algum lugar. E imediatamente apareceu comida vinda do nada - simplesmente uma deliciosa comida flutuando no ar. Ele estava tão faminto que não prestou atenção de onde a comida viera. Começou a comer imediatamente, a comida era tão deliciosa... Depois, a fome tendo desaparecido, olhou à sua volta. Agora estava satisfeito.
Outro pensamento surgiu em sua mente: - Se ao menos pudesse conseguir algo para beber... E imediatamente apareceu um excelente vinho. Bebendo o vinho relaxadamente na brisa fresca do paraíso, sob a sombra da árvore, começou a pensar:
- O que está acontecendo? O que está havendo? Estou sonhando ou existem espíritos ao redor que estão fazendo truques comigo? E espíritos apareceram. E eram ferozes, horríveis, nauseantes. Ele começou a tremer e um pensamento surgiu em sua mente: - Agora vou ser assassinado, com certeza...
E ELE FOI ASSASSINADO.

***

Esta é uma antiga parábola e de imenso significado. Sua mente é a árvore-dos-desejos - o que você pensa, mais cedo ou mais tarde, se realiza. Às vezes, o intervalo é tão grande que você se esquece completamente que, de alguma maneira, "desejou" aquilo; então não faz a ligação com a fonte.
Seu "paraíso" depende de VOCÊ.
Tenha sempre, muito cuidado com aquilo que deseja... Talvez ele se torne realidade...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Os primeiros lugares

Conta uma brasileira, que foi trabalhar algum tempo na Suécia, que várias vezes fez comparações entre suecos e brasileiros. A forma de resolver problemas, a maneira de conduzir determinadas dificuldades no ambiente de trabalho, etc. Nessas suas observações, concluiu, em um primeiro momento, que os suecos tinham alguns comportamentos muito próprios. Em verdade, ela jamais imaginara que com eles aprenderia uma extraordinária lição. Algo que a faria admirá-los e seguir-lhes o exemplo.

No seu primeiro dia de trabalho, um colega da empresa a veio apanhar em casa e eles seguiram, juntos, no carro dele. Ao chegarem, ele entrou no estacionamento, uma área ampla para mais de 200 carros. Como haviam chegado cedo, poucos veículos estavam estacionados, mas o rapaz deixou o seu carro parado logo na entrada do portão. Assim, ela e ele tiveram que caminhar um trecho considerável, até chegar à porta da empresa.

No segundo dia, o fato se repetiu. Eles tornaram a chegar cedo e, novamente, o carro foi colocado logo na entrada. Outra vez tiveram que atravessar todo o extenso pátio do estacionamento, até chegarem no escritório.

No terceiro dia, um tanto mais confiante, ela não se conteve e perguntou ao colega: "por que é que você deixa o carro tão distante, quando há tantas vagas disponíveis?

Por que não escolhe uma vaga mais próxima do acesso ao nosso local de trabalho?"

A resposta foi franca e rápida: "o motivo é muito simples. Nós chegamos cedo e temos tempo para andar, sem perigo de nos atrasarmos. Alguns dos nossos colegas chegam quase em cima da hora e se tiverem que andar um trecho longo, correm o risco de se atrasarem. Assim, é bom que encontrem vagas bem mais próximas, ganhando tempo."

***

O gesto pode ser qualificado de companheirismo, coleguismo. Não importa. O que tem verdadeira importância é a consciência de colaboração.

Ela recordou que, algumas vezes, em estacionamentos, no Brasil, vira vagas para deficientes sendo utilizadas por pessoas não deficientes.

Só por serem mais próximas, ou mais cômodas.

E nós? Como agimos em nossas andanças pelas vias do mundo? Somos dos que buscamos sempre os lugares mais privilegiados, sem pensar nos outros?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Amor sem ilusão

Conta-se que um jovem caminhava pelas montanhas nevadas da velha Índia, absorvido em profundos questionamentos sobre o amor, sem poder solucionar suas ansiedades.
Ao longo do caminho, à sua frente, percebeu que vinha em sua direção um velho sábio. E porque se demorasse em seus pensamentos sem encontrar uma resposta que lhe aquietasse a alma, resolveu pedir ao sábio que o ajudasse.
Aproximou-se e falou com verdadeiro interesse:
- Senhor, desejo encontrar minha amada e construir com ela uma família com bases no verdadeiro amor. Todavia, sempre que me vem à mente uma jovem bela e graciosa e eu a olho com atenção, em meus pensamentos ela vai se transformando rapidamente. Seus cabelos tornam-se alvos como a neve, sua pele rósea e firme fica pálida e se enche de profundos vincos. Seu olhar vivaz perde o brilho e parece perder-se no infinito. Sua forma física se modifica acentuadamente e eu me apavoro.
Desejo saber, meu sábio, como é que o amor poderá ser eterno, como falam os poetas?
Nesse mesmo instante aproxima-se de ambos uma jovem envolta em luto, trazendo no rosto expressões de profunda dor. Dirige-se ao sábio e lhe fala com voz embargada:
- Acabo de enterrar o corpo de meu pai que morreu antes de completar 50 anos. Sofro porque nunca poderei ver sua cabeça branca aureolada de conhecimentos.
Seu rosto marcado pelas rugas da experiência, nem seu olhar amadurecido pelas lições da vida. Sofro porque não poderei mais ouvir suas histórias sábias nem contemplar seu sorriso de ternura. Não verei suas mãos enrugadas tomando as minhas com profundo afeto.
Nesse momento o sábio dirigiu-se ao jovem e lhe falou com serenidade: - Você percebe agora as nuanças do amor sem ilusões, meu jovem?
O amor verdadeiro é eterno porque não se apega ao corpo físico, mas se afeiçoa ao ser imortal que o habita temporariamente. É nesses sentimentos sem ilusões nem fantasias que reside o verdadeiro e eterno amor.
A lição do velho sábio é de grande valia para todos nós que buscamos as belezas da forma física sem observar as grandezas da alma imortal.
O sentimento que valoriza somente as aparências exteriores não é amor, é paixão ilusória.
O amor verdadeiro observa, além da roupagem física que se desgasta e morre a alma que se aperfeiçoa e a deixa quando chega a hora, para prosseguir vivendo e amando, tanto quanto o permita o seu coração imortal.

Pense nisso!

As flores, por mais belas que sejam um dia murcham e morrem... Mas o seu perfume permanece no ar e no olfato daqueles que o souberam guardar em frascos adequados.
O corpo humano, por mais belo e cheio de vida que seja um dia envelhece e morre. Mas as virtudes do espírito que dele se liberta continuam vivas nos sentimentos daqueles que as souberam apreciar e preservar, no frasco do coração.

A paz perfeita

Havia um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita. Foram muitos os artistas que tentaram. O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve
apenas duas de que ele realmente gostou e teve que escolher entre ambas.

A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam umas plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com tênues nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita.

A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava
um forte aguaceiro com faíscas e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico. Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou
que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho.

Paz perfeita. Qual pensas que foi a pintura ganhadora?

O rei escolheu a segunda. Sabes por quê?

"Porque", explicou o rei: "Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor."

"Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos no nosso coração."

"Este é o verdadeiro significado da paz".

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A lição do perdão

Conta-se que um escravo tornou-se de grande valor para o seu senhor, por causa da sua honradez e bom comportamento. Dessa forma, seu senhor o elevou a uma posição de importância, na qualidade de administrador de suas fazendas.
Numa ocasião, o senhor desejou comprar mais vinte escravos e mandou que o novo administrador os escolhesse. Disse, contudo, que queria os mais fortes e os que trabalhassem melhor. O escravo foi ao mercado e começou a sua busca. Em certo momento, fixou a vista num velho e decrépito escravo. Apontando-o para o seu senhor, disse-lhe que aquele devia ser um dos escolhidos. O fazendeiro ficou surpreendido com a escolha e não queria concordar. O negociante de escravos acabou por dizer que se o fazendeiro comprasse vinte homens, ele daria o velho de graça. Feita a compra, os escravos foram levados para a fazenda do seu novo senhor. O escravo administrador passou a tratar o velho com maior cuidado e atenção do que a qualquer dos outros. Levou-o para sua casa. Dava-lhe da sua comida. Quando tinha frio, levava-o para o sol. Quando tinha calor, colocava-o debaixo das árvores de cacau, à sombra. Admirado das atenções que o seu antigo escravo dispensava a um outro escravo, seu senhor lhe perguntou por que fazia aquilo. Decerto deveria ter algum motivo especial: É seu parente, talvez seu pai? A resposta foi negativa. É então seu irmão mais velho? Também não, respondeu o escravo. Então é seu tio ou outro parente. Não tenho parentesco algum com ele. Nem mesmo é meu amigo. Então, perguntou o fazendeiro, por que motivo tem tanto interesse por ele? Ele é meu inimigo, senhor. Vendeu-me a um negociante e foi assim que me tornei escravo. Mas eu aprendi nos ensinamentos de Jesus, que devemos perdoar os nossos inimigos. Esta é a minha oportunidade de exercitar meu aprendizado.

***

O perdão acalma e abençoa o seu doador.

Maior é a felicidade de quem expressa o perdão. O perdoado é alguém em processo de recuperação. Quando se entenda que perdoar é conquistar enobrecimento, o homem se fará forte pelas concessões de amor e compreensão que seja capaz de distribuir.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O pequeno soldado do Senhor

Um comerciante muito rico precisava realizar uma grande viagem, havia protelado a viagem por vários meses, porém agora ela se fazia necessária e urgente. Numa manhã de primavera partiu para uma cidade vizinha a fim de realizar as encomendas necessárias para os seus negócios.
Como não queria despertar suspeitas resolveu vestir-se de forma simples e ir sem escolta. Entre ele e seu destino havia uma enorme e majestosa floresta, onde ocorriam a maioria dos assaltos, assim que se viu nas proximidades observou dois homens suspeitos e acelerou o seu cavalo, porém logo caiu em uma armadilha e logo que o cavalo se viu livre de seu ocupante disparou mata adentro. Ele tratou de levantar-se rapidamente, pois que os homens se aproximavam em desabalada carreira em sua direção. Assim que levantou e começou a correr pela floresta ouviu os gritos dos homens. - Pare! Senão morrerás.
Ninguém escapa dos ladrões vivos, portanto vou tentar. Pensou ele enquanto fugia. Logo enxergou uma trilha e por ela adentrou e em prece rogava a Deus que lhe enviasse para seu socorro anjos armados, guerreiros, para lhe salvarem dos seus perseguidores. E cada vez mais desesperado gritava intimamente com Deus solicitando o socorro.
Mais adiante a trilha se dividiu em duas, de súbito escolheu a da esquerda e logo viu-se diante de um precipício por onde não poderia descer e já ouvia as vozes dos bandidos e então orando disse: - Senhor por que não me envia os seus soldados, que eles possam construir uma barreira entre mim e esses homens!
E em pensamento, agora silencioso aos ouvidos humanos, ele continuava: - Por misericórdia Senhor envie-me ao menos um soldado! Seu coração batia forte ao percebe que os homens já se encontravam na bifurcação, se eles o encontrassem, ele estaria morto. De repente percebeu uma minúscula aranha a tecer pequenina teia, que fechava a trilha.
E de súbito pensou: - Oh! Senhor peço soldados e o Senhor envia-me insignificante inseto, estou morto! Lamentava não ter abraçado mais a esposa e filhos, não ter ouvido os conselhos da esposa, ele rico, morreria encurralado como um Zé ninguém.
De repente os homens pararam e ele ouviu a seguinte conversa: - Vamos pela esquerda. Disse um deles. - Não! Respondeu o outro. - Por quê? - Não vê que tem uma teia de aranha neste caminho, é lógico que ele foi pela direita. Vamos senão a gente não conseguira pega-lo.
O comerciante chorando aliviado agradecia a Deus a presença do minúsculo soldado, que o defenderá com sua muralha – a teia. De retorno ao seu lar e agradecido a Deus pela benção da vida passou a pagar homens fortes para realizar a travessia da floresta de todos os que precisassem ir até a cidade vizinha e logo surgia o primeiro grupamento de policiais com o objetivo de manter a ordem e a lei para todos.
O pequeno soldado fisgou em sua teia um novo servidor para a Seara do Senhor.
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O Senhor sempre nos atende em nossas necessidades. Pedir é sempre fácil o difícil é ter paciência para esperar a resposta de Deus as nossas preces e resignação para aceita-las.

A força de uma amizade

Um dia,quando eu era um calouro na escola, eu vi um garoto de minha sala
caminhando para casa depois da aula. Seu nome era Kyle. Parecia que ele estava
carregando todos os seus livros. Eu pensei: Por que alguém iria levar para casa todos os seus livros numa Sexta-Feira? Ele deve mesmo ser um C.D.F. Eu já tinha meu final de semana planejado (festas e um jogo de futebol com meus amigos Sábado de tarde), então eu dei de ombros e segui meu caminho.
Conforme eu ia caminhando, eu vi um grupo de garotos correndo na direção dele.
Eles o atropelaram, arrancando todos os seus livros de seus braços e o empurrando,
de forma que ele caiu no chão. Seus óculos voaram, e eu os vi aterrisarem na grama alguns metros de onde ele estava.Ele ergueu o rosto e eu vi a terrível tristeza em seus olhos. Meu coração se penalizou por ele. Então eu corri até ele enquanto ele engatinhava, procurando por seus óculos, e eu pude ver uma lágrima em seu olho. Enquanto eu lhe entregava os óculos eu disse: Aqueles caras são uns babacas. Eles realmente deviam arrumar uma vida própria. Ele olhou para mim e disse, Ei, obrigado!.
Havia um grande sorriso em sua face. Era um daqueles sorrisos que realmente
mostram gratidão. Eu o ajudei a apanhar seus livros e perguntei onde ele morava. Por coincidência ele morava perto da minha casa, então eu perguntei como nunca o havia visto antes. Ele respondeu que antes ele freqüentava uma escola particular. Nós conversamos por todo o caminho de volta para casa, e eu carreguei seus livros.
Ele se revelou um garoto bem legal. Eu perguntei se ele queria jogar futebol
no Sábado comigo e meus amigos. Ele disse que sim. Nós ficamos juntos por todo
o final de semana e quanto mais eu conhecia Kyle, mais eu gostava dele. E meus
amigos pensavam da mesma forma. Chegou a Segunda-Feira, e lá estava o Kyle com
aquela quantidade imensa de livros outra vez. Eu o parei e disse: Diabos, rapaz, você vai ficar realmente musculoso carregando uma pilha de livros assim todos os dias!. Ele simplesmente riu e me entregou metade dos livros. Pelos próximos quatro anos Kyle e eu nos tornamos melhores amigos. Quando estávamos nos formando começamos a pensar na Faculdade. Kyle decidiu ir para Georgetown, e eu ia para a Duke. Eu sabia que seríamos sempre amigos, que a distância nunca seria um problema. Ele seria médico, e eu ia tentar uma bolsa escolar no time de futebol. Kyle era o orador oficial de nossa turma. Eu o provocava o tempo todo sobre ele ser um C.D.F. Ele teve que preparar um discurso de formatura. Eu estava super contente em não ser eu quem deveria subir no palanque e discursar. No dia da Formatura eu vi Kyle. Ele estava ótimo. Ele era um daqueles caras que realmente se encontraram durante a escola. Ele estava mais encorpado e realmente tinha uma boa aparência, mesmo usando óculos. Ele saía com mais garotas do que eu, e todas as meninas o adoravam!
Às vezes eu até ficava com inveja. Hoje era um daqueles dias. Eu podia ver o
quanto ele estava nervoso sobre o discurso. Então eu dei um tapinha nas costas
dele e disse: Ei, garotão, você vai se sair bem!. Ele olhou para mim com aquele
olhar (aquele olhar de gratidão) e sorriu. Valeu, ele disse.
Quando ele subiu no oratório, ele limpou a garganta e começou o discurso: A
Formatura é uma época para agradecermos àqueles que ajudaram você durante estes
anos duros. Seus pais, seus professores, seus irmãos, talvez até um treinador...
mas principalmente aos seus amigos. Eu estou aqui para lhes dizer que ser um
amigo para alguém é o melhor presente que você pode lhes dar. Eu vou lhes contar
uma história. Eu olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar enquanto ele
contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos.
Ele havia planejado se matar naquele final de semana. Ele contou.

O cavalo e o fazendeiro

Um dia, o cavalo de um camponês caiu num poço. Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por conta própria. Por isso o animal chorou fortemente durante horas, enquanto o camponês pensava no que fazer.

Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que já que o cavalo estava muito velho e que o poço estava mesmo seco, precisaria ser tapado de alguma forma.

Portanto, não valia a pena se esforçar para tirar o cavalo de dentro do poço. Ao contrário, chamou seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar vivo o animal. Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço. O cavalo não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele e chorou desesperadamente.

Porém, para surpresa de todos, o cavalo aquietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou. O camponês finalmente olhou para o fundo do poço e se surpreendeu com o que viu.

A cada pá de terra que caía sobre suas costas o cavalo a sacudia, dando um passo sobre esta mesma terra que caía ao chão.
Assim, em pouco tempo, todos viram como o cavalo conseguiu chegar até a boca do poço, passar por cima da borda e sair dali trotando.

***

A vida vai te jogar muita terra nas costas. Principalmente se você já estiver dentro de um poço. O segredo para sair do poço é sacudir a terra que se leva nas costas e dar um passo sobre ela.

Cada um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima. Podemos sair dos mais profundos buracos se não nos dermos por vencidos. Use a terra que te jogam para seguir adiante!

Recorde-se das 5 regras para ser feliz:

1. Liberte-se do ódio.
2. Liberte a sua mente das preocupações.
3. Simplifique sua vida.
4. Dê mais e espere menos.
5. Ame-se mais e aceite a terra que lhe jogam.