quarta-feira, 31 de março de 2010

Projetos de vida

Era uma vez um riacho de águas cristalinas, muito bonito, que serpenteava entre as montanhas. Em certo ponto de seu percurso, notou que à sua frente havia um pântano imundo, por onde deveria passar.
Olhou, então, para Deus e protestou: "Senhor, que castigo! Eu sou um riacho tão límpido, tão formoso, e você me obriga a atravessar um pântano sujo como esse! Como faço agora?" Deus respondeu: "Isso depende da sua maneira de encarar o pântano. Se ficar com medo, você vai diminuir o ritmo de seu curso, dará voltas e, inevitavelmente, acabará misturando suas águas com as do pântano, o que o tornará igual a ele. Mas, se você o enfrentar com velocidade, com força, com decisão, suas águas se espalharão sobre ele, a umidade as transformará em gotas que formarão nuvens, e o vento levará essas nuvens em direção ao oceano. Aí você se transformará em mar".
Assim é a vida. As pessoas engatinham nas mudanças. Quando ficam assustadas, paralisadas, pesadas, tornam-se tensas e perdem a fluidez e a força.
É preciso entrar para valer nos PROJETOS DA VIDA, ATÉ QUE O RIO SE TRANSFORME EM MAR.
Se uma pessoa passar a vida toda evitando sofrimento, também acabará evitando o prazer que a vida oferece. Há milhares de tesouros guardados em lugares onde precisamos ir para descobri-los. Há tesouros guardados numa praia deserta, numa noite estrelada, numa viagem inesperada, num salto de asa-delta... O importante é ir ao encontro deles, ainda que isso exija uma boa dose de coragem e desprendimento.

Não procure o sofrimento. Mas, se ele fizer parte da conquista, enfrente-o e supere-o. Arrisque, ouse, avance na vida.

Autoria de Roberto Shinyashiki

terça-feira, 30 de março de 2010

Viva a vida

Na vida existem certos momentos, que sentes muito a falta de uma pessoa, a ponto de querer tirá-la de seus sonhos e abraçá-la muito apertado...
Quando se fecha a porta para a felicidade, ela voltará a se abrir, mas nós seguimos olhando para a porta fechada sem dar importância a esse novo momento.
Não te baseie nas aparências, elas enganam. Não te interesse pela riqueza, ela desvanecerá. Busque alguém que saiba te conquistar com um sorriso, porque basta só um para que o dia mais triste volte a ficar melhor. Busque alguém que faça rir o teu coração. Sonha o que queres sonhar. Vá aonde queiras ir. Busca ser aquilo que queres. Porque a vida é uma só. Portanto existe uma só possibilidade de fazer as coisas que desejas.
Eu te desejo muita felicidade na tua vida, para que te sintas bem. Tantas provas, para que te tornes forte. Lágrimas, para sentir-te humano. Esperança, para poder ser feliz.
Os afortunados não necessariamente têm o melhor do melhor. Mas, buscam o melhor daquilo que encontram em seu caminho.
O futuro mais esplêndido vai depender sempre da necessidade de esquecer o passado. Não poderá seguir adiante na vida antes de superar os erros do passado e tudo o que castiga teu coração.
Quando tu eras pequeno, ao chorar todos ao seu redor sorriam. Viva a vida de maneira que ao final sempre sorrias, ainda que os outros chorem.
“A vida não se conta pela quantidade de respiros, mas por aqueles momentos que te deixam sem respiração.” Viva a vida!

domingo, 28 de março de 2010

O palácio maravilhoso

Conta-se que certa vez, um rei do Iêmen, chamado Hiamir, chamou um dos seus ministros e disse-lhe: "quero fazer longa viagem à Tiapur, uma região longínqua, pobre e triste, árida e sem conforto. Determino que vá antes de mim, e logo que lá chegar, mande que seja construído um magnífico palácio, com largas varandas de marfins e pátios floridos. Nesse palácio ficarei hospedado durante uma temporada, com tranqüilidade e conforto."
O Vizir respondeu humildemente: "escuto e obedeço, ó rei." Dias depois o Vizir partiu, em uma caravana com numerosos camelos carregados de ouro. Ao chegar à cidade o Vizir ficou desolado com o estado de abandono em que se achava o povo. Encontrou pelas estradas crianças famintas e centenas de infelizes, morrendo de inanição. Os quadros de miséria e sofrimento que se desenrolavam, a cada passo e a todo instante, torturavam o coração do poderoso ministro. Ele trouxera mais de trinta mil dinares, que deveriam ser gastos na construção de um grandioso palácio!
Que fez o Vizir? Levado por um impulso irresistível, em vez de executar a ordem do rei, resolveu gastar o dinheiro que trazia, beneficiando a infeliz população. Mandou construir abrigos para os desamparados. Distribuiu mantimentos entre os mais necessitados. Determinou que todos os enfermos fossem, sem demora, medicados e forneceu pão aos que padeciam fome.
Ao fim de alguns meses, notava-se uma transformação completa da cidade. Os homens haviam voltado ao trabalho e por toda a parte reinava a alegria. As crianças brincavam nos pátios e as mulheres cantavam nas portas das tendas. E do palácio maravilhoso, encomendado pelo rei, nada existia...
Quando o rei Hiamir chegou a Tiapur foi recebido por uma grande manifestação de júbilo da população. "Sinto-me feliz" - confessou o monarca - "por saber que sou sinceramente estimado pelos meus súditos. Mas onde está o palácio de Tiapur?" Perguntou.
"Antes de falar do palácio, ó rei, tenho um pedido a lhe fazer." Disse-lhe o Vizir. "Segundo as leis, aquele que o desobedecer, praticando um abuso de confiança, deve ser condenado à morte. Pois, houve, ó rei, um homem de sua confiança que praticou tal delito. Espera-se que seja determinada a execução do culpado sem demora. "Disse o Vizir serenamente.
"Quem é o acusado?" Questionou o rei. "O criminoso sou eu." Disse o Vizir sem hesitar. E sem ocultar a menor parcela da verdade, o Vizir descreveu a miséria em que se encontrava o povo. Por fim, confessou que, penalizado diante de tanto sofrimento, em vez de construir o palácio real, resolveu gastar os recursos que lhe foram confiados para mudar a triste sorte da população. "Não cumpri a ordem recebida, por isso aguardo o castigo de que me fiz merecedor." Concluiu.
"Levante-se, meu amigo. "Ordenou emocionado o rei. "Vejo que seu trabalho é responsável pela edificação do mais belo dos palácios que já conheci. Vejo as torres cintilantes nas fisionomias alegres das crianças; admiro as largas varandas de marfim no sorriso radiante dos meus súditos; reconheço os pátios floridos no olhar de gratidão das mães felizes. Como é majestoso e belo, ó Vizir, o palácio que a sua bondade fez se erguer nas terras de Tiapur."
***
Cada um é responsável pela destinação que der à riqueza que lhe for confiada, seja ela representada por recursos materiais ou por aptidões profissionais. Cada qual, pelo uso de seus próprios talentos, é capaz de alterar o mundo, distribuindo alegrias ou acumulando dores.

sábado, 27 de março de 2010

Só mais um passo

Narra Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro internacionalmente conhecido, O Pequeno Príncipe, que um seu amigo pilotava, certa vez, sobre uma cordilheira, quando seu pequeno monomotor sofreu uma pane, caindo sobre a montanha de neves eternas. Ele não chegou a se ferir gravemente, mas suas pernas apresentaram profundos cortes e sérios ferimentos. Com muito esforço, sentindo dores atrozes, ele abandonou a cabine do avião destroçado. Verificando a extensão dos ferimentos, compreendeu que não teria como sair dali sozinho. Ao seu redor, até onde a vista alcançava, era somente a solidão gelada. Conhecedor da região, em rápida análise, entendeu que seu fim estava próximo, principalmente em razão dos ferimentos nas pernas. Por um instante sentiu-se tomado de pânico e pela dor de saber que chegara ao fim de seus dias.
Pensou na família que não tornaria a ver, nos amigos, nas tantas coisas que ainda pretendia realizar e na impotência de não ter a quem pedir socorro. Depois, já mais calmo, começou a pensar sobre as medidas a tomar. Não havia nada a fazer para garantir a sobrevivência. O mais sensato era deitar-se na neve e esperar que o torpor causado pelo frio tomasse conta de seu corpo, permitindo-lhe ser envolvido, sem dor, pelo manto da morte.
Deitado sobre a neve, ele dirigiu o pensamento a seus filhos. Filhos que ele não veria crescer. Pensou na esposa, de quem tanto gostava. Aquele homem de espírito forte, batalhador, lutava consigo mesmo para se resignar à situação. Começou a pensar em voz alta: - Vou morrer, mas ao menos tenho o consolo de saber que eles não ficarão desamparados. Meu seguro de vida tem cobertura suficiente para lhes proporcionar subsistência por muito tempo. Menos mal. Felizmente tive o bom senso de estar preparado para uma situação destas. Tão logo seja liberado meu atestado de óbito, a companhia de seguros...
Neste instante, ele teve um sobressalto. Sua apólice de seguro dizia que o seguro somente seria pago mediante a apresentação do atestado de óbito. Ora, naquele lugar inacessível, seu corpo jamais seria encontrado. Ele seria dado como desaparecido. Não haveria, pois, atestado de óbito. Sua família não receberia o valor da apólice. Iria passar anos de privações, antes que ele fosse considerado oficialmente morto.
Apavorou-se com a idéia. - A primeira tempestade de neve que cair, - pensou ele - soterrará o meu corpo. Nunca irão me achar. Preciso caminhar até um lugar onde meu corpo possa ser encontrado.
Ele sabia que ao pé da cordilheira havia um povoado. Precisava chegar até lá, para que o seu corpo fosse encontrado. Reuniu todas as forças que ainda lhe restavam. Ficou em pé. Foi preciso um esforço enorme para não cair. A dor era quase insuportável.
Consciente da distância que teria de percorrer, estabeleceu a meta de dar um passo. Jogou uma perna para frente e disse:- Só um passo. E foi. Jogou a outra perna e pensou: - Só um passo. E assim, caminhou o dia todo: - Só um passo. Vencido pela dor e pelo cansaço, ele vislumbrou uns vultos. Deviam ser caçadores. Deixou-se escorregar para o chão e concluiu:- Agora eu já posso morrer.
Dias depois, no hospital, abriu os olhos e a primeira imagem que viu foi a da esposa, ao seu lado. Ele teve alguns dedos de um dos pés amputados, pois haviam sido congelados pela neve. Mas continuou vivo por muito tempo.
O exemplo desse piloto deixa bem clara a importância da estipulação de metas bem definidas. À curto prazo só um passo. À médio prazo - chegar ao pé da montanha. À longo prazo ter seu corpo localizado.
Por isso, estabeleça suas metas e dê, logo, o primeiro passo. Se uma emergência obrigá-lo a fazer mudanças nos planos, os ajustes poderão ser feitos com pequenos passos complementares. Mas, para isso, é necessário saber para onde você quer ir. A primeira condição para se realizar alguma coisa, é não querer fazer tudo ao mesmo tempo.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Os dois pedidos

O menino ainda não tinha dez anos. Seus cabelos claros cobriam-lhe a testa displicentemente. Seus olhos tinham uma expressão de viva curiosidade. Aproximou-se da mãe e, sem cerimônia, questionou-a: "Mamãe, o que você quer que eu seja quando crescer?"
A mãe deixou os afazeres de lado e olhou demoradamente o pequeno. "Por que a pergunta, meu bem"? – devolveu o questionamento ao garoto.
"Ah, mamãe!", disse suspirando, "Hoje, na escola, meu amigo me disse que ele vai ser médico porque seu avô é médico e seu pai também”. Então, fiquei pensando nisso.
O que você e o papai querem que eu seja?”O rostinho do menino tinha um traço de apreensão.
"Meu querido, disse ela abraçando o garoto, "eu tenho apenas dois pedidos para lhe fazer. “Quero que você seja correto e que seja feliz.” Beijou suavemente a testa do filho que, insatisfeito com a resposta, afastou-se para poder fitar a mãe diretamente.
"Não, mamãe! Qual profissão você quer que eu tenha quando crescer?" – Voltou à tona achando que não havia sido compreendido.
"A escolha da sua profissão, meu filho, cabe apenas a você. Isso não me compete, tampouco me causa maiores preocupações. O que eu quero de você é outra coisa. Ou melhor, como eu lhe disse, tenho apenas dois pedidos a lhe fazer. Vou repeti-los e explicá-los. Quero que você seja correto. Isso significa que espero que você escolha o caminho do bem sempre, mesmo que ele seja mais longo ou mais difícil. Que pense nas conseqüências dos seus atos, para você e também para os outros. Que não tema a verdade, nem a justiça. Ao contrário, que as busque sempre com serenidade e persistência.
O segundo pedido, que é tão importante quanto o primeiro, é que você seja feliz. Isso quer dizer que espero que, apesar das dificuldades da vida, você tenha sempre confiança em Deus. Que acredite na justiça divina e que jamais se entregue ao sofrimento. “Que você tenha o coração cheio de amor e de coragem para seguir em frente sempre”.
A mãe acariciou o menino, afagando-lhe os cabelos com doçura e concluiu: "para mim, meu filho, o que interessa é como você vai ser e não o título que vai carregar."
******
Por vezes, sentimo-nos tentados a buscar realizar nossos sonhos frustrados por meio de nossos filhos. Induzimos nossos jovens a concretizar ideais de vida que não são os deles. Fazemos que eles busquem objetivos que, na verdade, eram nossos. Por mais promissoras que sejam algumas carreiras e profissões, não cabe a nós, pais, escolher os caminhos que nossos filhos trilharão. Nosso dever é prepará-los para que sejam homens e mulheres de bem. Altos salários e títulos de honra nada são se a alma permanece atormentada pela tarefa não cumprida e pelo compromisso abandonado. Se queremos que eles sejam realmente felizes, cabe-nos orientá-los para que busquem a senda da retidão moral. Somente assim nossos amores serão capazes de alcançar a felicidade possível neste mundo.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Bagagem da vida

Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina de mão... À medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, por pensar que são importantes.
A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas, pesa demais, então você pode escolher: ficar sentado à beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem. Você pode ficar a vida inteira esperando, até que seus dias acabem... Ou você pode aliviar o peso, esvaziando a mala. Mas, o que tirar? Você começa tirando tudo para fora...
Veja o que tem dentro: Amor, Amizade... Nossa! Tem bastante, curioso, não pesa nada... Tem algo pesado... Você faz força para tirar... Era a Raiva - como ela pesa! Aí você começa a tirar, tirar e aparece a Incompreensão, Medo, Pessimismo... Nesse momento, o Desânimo quase te puxa para dentro da mala... Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo da mala aparece um Sorriso, que estava sufocado no fundo da sua bagagem... Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a Felicidade... Aí você coloca as mãos dentro da mala de novo tira para fora um monte de Tristeza...
Agora, você vai ter que procurar a Paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante... Procure então o resto: a Força, Esperança, Coragem, Entusiasmo, Equilíbrio, Responsabilidade, Tolerância e o bom e velho Humor. Tire a Preocupação também. Deixe de lado, depois você pensa o que fazer com ela...
Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo. Mas, pense bem o que vai colocar dentro da mala de novo, hein. Agora é com você. E não se esqueça de fazer essa arrumação mais vezes, pois o caminho é MUITO, MUITO LONGO, e sua bagagem, poderá pesar novamente.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Carta de um bebê

Oi mãe, tudo bem? Eu estou bem, graças a Deus faz apenas alguns dias que tu me concebeste na tua barriguinha. Na verdade, não posso explicar como estou feliz em saber que tu serás minha mãe, outra coisa que me enche de orgulho é ver o amor com que fui concebido. Tudo parece indicar que eu serei a criança mais feliz do mundo!
Mãe, já passou um mês desde que fui concebido, e já começo a ver como o meu corpinho começa a formar-se, quer dizer, não estou tão lindo como tu, mas dá-me uma oportunidade! Estou muito feliz!
Mas, tem uma coisa que me deixa preocupado... Ultimamente dei-me conta de que há alguma coisa na tua cabeça que não me deixa dormir, mas tudo bem, isso vai passar, não desesperes.
Mãe, já se passaram dois meses e meio, estou muito feliz com minhas novas mãos e tenho vontade de usá-las para brincar...
Mãezinha diz-me o que foi? Por que choras tanto todas as noites? Porque quando você e o pai se encontram, gritam tanto um com o outro? Vocês não me querem mais? Vou fazer o possível para que me queiram...
Já se passaram 3 meses, mãe, noto-te muito deprimida, não entendo o que está a acontecer, estou muito confuso. Hoje de manhã fomos ao médico e ele marcou uma consulta para amanhã. Não entendo, eu sinto-me muito bem... Por acaso sentes-te mal mãe?
Mãe, já é dia, aonde vamos? O que está a acontecer mãe? Porque choras? Não chore, não vai acontecer nada...
Mãe, não se deite, ainda são 2 horas da tarde, não tenho sono, quero continuar a brincar com as minhas mãozinhas.
Ei! O que esse tubinho está a fazer na minha casinha? É um brinquedo novo? Olha! Ei, porque estão a sugar minha casa? Mãe! Espere, essa é a minha mãozinha!
Senhor, porque a arrancou? Não vê que me machuca? Mãe me defenda! Mãe, ajuda-me! Não vê que ainda sou muito pequeno para me defender sozinho?
Mãe, a minha perninha. Estão arrancando ela. Diz para eles pararem, juro-te que me vou comportar bem e que não vou mais te chutar.
Como é possível que um ser humano possa fazer isso comigo? Ele vai ver quando eu for grande e forte... ai... mãe, já não consigo mais... ai... mãe, mãe me ajude.
Mãe, já se passaram 17 anos desde aquele dia, e eu daqui do céu observo-te como ainda te machuca teres tomado aquela decisão. Por favor, não chores, lembra-te que te amo muito e que estarei aqui te esperando com muitos abraços e beijos. Amo-te muito! O teu bebê.

terça-feira, 23 de março de 2010

A perfeita oração de um coração

Montado em seu cavalo, um rico fazendeiro dirigia-se à cidade como fazia freqüentemente, a fim de cuidar de seus negócios.
Nunca prestara atenção àquela casa humilde, quase escondida no desvio da estrada e, naquele dia, experimentou a insistente curiosidade. Quem morava ali?
Cedendo ao impulso aproximou-se contornou a residência e, sem desmontar, olhou por uma janela aberta e viu uma garotinha de aproximadamente dez anos, ajoelhada, mãos postas, olhos lacrimejantes. Ele então pergunta: - Que fazes você aí minha filha?
- Estou orando a Deus pedindo socorro! Meu pai morreu, minha mãe está muito doente e meus quatro irmãos têm fome.
- Que bobagem, o céu não ajuda ninguém. Está muito distante. Temos que nos virar sozinhos. Embora irreverente e um tanto rude, era um homem de bom coração. Compadecendo-se, tirou do bolso uma boa soma de dinheiro e entregou à menina.
- Aí está. Vá comprar comida para os irmãos e remédio para a mamãe e esqueça a oração.
Isto feito retornou à estrada.
Antes de completar duzentos metros, decidiu verificar se sua orientação estava sendo observada, mas para a sua surpresa, a pequena devota continuava de joelhos.
- Ora essa menina, porque não vai fazer o que recomendei? Não lhe expliquei que não adianta pedir?
Então a menina feliz respondeu: - Já não estou mais pedindo. Estou apenas agradecendo. Pedi a Deus e ele enviou o senhor.
***
Muita oração, muito poder.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Gestos que salvam vidas

A chuva caía fina e gélida na tarde quieta. Longe, na estrada, um carro parou. Era pequeno e meio velho. Um rapaz saltou, levantou o capô e se pôs a mexer em tudo que viu.
O fazendeiro, de onde estava, pensou: "Coitado. Pelo jeito, não entende de mecânica". Vestiu sua capa de chuva e caminhou até a estrada.
O jovem estava muito nervoso, mexia no carro, voltava, tentava dar a partida, passava as mãos pelos cabelos. "Quer ajuda"? – perguntou o fazendeiro. O rapaz parecia prestes a chorar.
"É a bobina". - diagnosticou o fazendeiro, depois de uma boa olhada. Buscou seu cavalo, rebocou o carro até o seu celeiro e com seu próprio carro, foi à cidade comprar uma bobina nova. Estranhou que, ao chegar à loja, o rapaz não quisesse entrar. Deu-lhe o dinheiro necessário e disse que tinha vergonha, por estar molhado.
Algum tempo depois com o carro funcionando, pronto para partir, a esposa do fazendeiro insistiu para que o rapaz ficasse para o jantar. Não era hábito convidar estranhos para adentrar a casa. Contudo, aquele rapaz parecia aflito, meio perdido. Poderia, talvez ser seu filho.
Ele quase não comeu. Continuava preocupado, ansioso. A chuva se fez mais forte. O casal preparou o quarto de hóspedes e pediu que o rapaz ficasse.
Na manhã seguinte, suas roupas estavam secas e passadas. Ele se mostrava menos inquieto. Alimentou-se bem e despediu-se. Quando pegou a estrada, aconteceu uma coisa estranha. Ele tomou a direção oposta da que seguia na noite anterior. Isto é, voltou para a capital.
O casal concluiu que ele se confundira na estrada. O tempo passou. Os dias se transformaram em semanas, meses e anos. Então, chegou uma carta endereçada ao fazendeiro: "Sr. Mcdonald, não imagino que o senhor se lembre do jovem a quem ajudou, anos atrás, quando o carro dele quebrou. Imagine que, naquela noite, eu estava fugindo. Eu tinha no carro uma grande soma de dinheiro que roubara de meu patrão. Sabia que tinha cometido um erro terrível, esquecendo os bons ensinamentos de meus pais. Mas o senhor e sua mulher foram muito bons para mim. Naquela noite, em sua casa, comecei a ver como estava errado. Antes de amanhecer, tomei uma decisão. No dia seguinte, voltei ao meu emprego e confessei o que fizera. Devolvi todo o dinheiro ao meu patrão e lhe implorei perdão. Ele podia ter me mandado para a prisão. Mas, por ser um homem bom, me devolveu o emprego. Nunca mais me desviei do bom caminho.
Estou casado. Tenho uma esposa adorável e duas lindas crianças. Trabalhei bastante. Não sou rico, mas estou numa boa situação. Poderia lhe recompensar generosamente pelo que o senhor fez por mim naquela noite. Mas não acredito que o senhor queira isso. Então resolvi criar um fundo para ajudar outras pessoas que cometeram o mesmo erro que eu. Desta forma, acredito poder pagar pelo meu erro.
Que Deus os abençoe, o senhor e a sua bondosa esposa me ajudaram bastante. "Enquanto o casal lia, os olhos se encheram de lágrimas”.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Casamento arranjado no céu

Conta-se que o avô do conhecido compositor alemão Felix Mendelssohn, estava muito longe de ser bonito. Moses Mendelssohn era baixo e tinha uma corcunda grotesca.
Um dia, visitando um comerciante na cidade de Hamburgo, conheceu a sua linda filha. E logo se apaixonou perdidamente por ela. Entretanto, a moça, ao vê-lo, logo o repeliu. Aquela aparência disforme quase a enojou.
Na hora de partir, Moses se encheu de coragem e subiu as escadas. Dirigiu-se ao quarto da moça para lhe falar. Desejava ter sua última oportunidade de falar com ela. A jovem era uma visão de beleza e Moses ficou entristecido porque ela se recusava até mesmo a olhar para ele.
Timidamente, ele lhe dirigiu uma pergunta muito especial: - "Você acredita em casamentos arranjados no céu"?
Com os olhos pregados no chão, ela respondeu: - "acredito"! - "Também acredito." - afirmou Moses.
- Sabe, acredito que no céu, quando um menino vai se preparar para nascer, Deus lhe anuncia a menina com quem vai se casar. Pois quando eu me preparava para nascer, Deus me mostrou minha futura noiva. Ela era muito bonita e o bom Deus me disse: "Sua mulher será bela, contudo terá uma corcova".
Imediatamente, eu supliquei: "Senhor, uma mulher com uma corcova será uma tragédia. Por favor, permita que eu seja encurvado e que ela seja perfeita".
Nesse momento, a jovem, emocionada, olhou diretamente nos olhos de Moses Mendelssohn. Aquela era a mais extraordinária declaração de amor que ela jamais imaginara receber. Lentamente, estendeu a mão para ele e o acolheu no fundo de seu coração. Casou-se com ele e foi uma esposa devotada.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Aborto Eugênico

Leve-o para casa e dê-lhe amor! Recomendou o especialista do hospital. Aquela mãe entendeu, sem que o médico precisasse completar o evidente: "enquanto ainda o tem". Jonathan não se parecia em nada com os outros dois irmãos. Sob o ralo cabelo castanho-escuro, a testa era demasiado grande e quadrada e os olhos muito separados.
A mãe soubera, logo em seguida, que o rosto do novo filho era a menor das preocupações. Jonathan, informara-lhe o pediatra, tinha uma grave forma de doença congênita do coração. Se a doença seguisse seu curso, em breve ele contrairia pneumonia. Se sobrevivesse ao primeiro ataque, outros se seguiriam até seu frágil coração parar.
Mais tarde o especialista disse que provavelmente Jonathan nunca poderia andar e nem mesmo sentar-se sem ajuda – e tudo indicava que seria mentalmente deficiente.
Por que haveria de acontecer isto a mim? – perguntou a mãe mergulhada em auto-comiseração. Por que logo Jonathan, que era tão desejado por nós?
O doutor Haydem a interrompeu bruscamente: - Que pensa que aconteceria a uma criança como Jonathan se tivesse sido enviada a pais que não a quisessem? Quanto a acontecer isso a você – falou mais delicadamente – creio que talvez o próprio Jonathan lhe dê a melhor resposta.
As sábias e proféticas palavras daquele verdadeiro médico vieram a se comprovar ao longo dos anos. Aquele menino da "cara gozada" como era chamado pelas outras crianças, provou que era merecedor de todo o amor que seus pais pudessem lhe dar e também era capaz de amá-los com a mesma intensidade.
Superadas foram todas as expectativas de falência de Jonathan. Ele, amparado pela família, superou todas as dificuldades e limitações que se havia imposto em outras existências... Lutou e sofreu, mas carregou a cruz que ele próprio tinha construído outrora.
As portas da reencarnação lhe foram abertas como uma nova oportunidade de refazer equívocos e aprender novas lições, e ele soube valorizar...
Quando os colegas lhe perguntavam sobre as grossas cicatrizes cirúrgicas que tinha por todo o corpo, ele respondia bem humorado: "são meus zíperes para deixar os médicos entrarem e saírem com mais facilidade."
A história de Jonathan foi escrita por sua mãe, Florence Kirk, na revista seleções de dezembro de 1965. Naquela época, embora os recursos da medicina não estivessem tão avançados quanto hoje, houve um médico que soube honrar seu juramento de lutar pela vida, ainda que todas as evidências fossem favoráveis à morte... Jonathan, mesmo em estado de feto no útero materno, já trazia as deficiências que expressou ao nascer, mas teve a sua chance de lutar pela vida...

terça-feira, 16 de março de 2010

A menina de Hiroshima - Os mil grous de papel

Esta história começa em 1945. Uma menina chamada Sadako Sasaki vivia na cidade japonesa de Hiroshima.

Quando tinha 2 anos, lançaram sobre sua cidade a primeira bomba atômica.

Quase tudo foi destruído e arrasado pelo fogo.

Sadako, que se encontrava a mais ou menos dois quilômetros do local da explosão, aparentemente nada sofreu.

Poucas semanas depois, começaram a ocorrer mortes causadas por uma doença que nem os médicos entendiam.

Pessoas que pareciam gozar de plena saúde, subitamente sentiam-se fracas, caíam doentes e morriam.

Aos 12 anos, Sadako era uma menina alegre, normal e freqüentava uma escola do bairro.

Estudava e brincava como as outras crianças, e uma das coisas de que mais gostava era correr. Um dia, depois de participar de uma corrida de revezamento em que ajudara sua equipe a ganhar, sentiu-se muito cansada e teve tontura.

Achou que era um desgaste provocado pela corrida.

Na semana seguinte, especialmente quando corria, as tonturas voltaram.

Sadako não disse nada a ninguém, nem mesmo à sua melhor amiga, Chizuko. Certa manhã, sentiu-se tão mal que caiu e ficou estendida no chão. Não havia mais como esconder. Levaram-na para um hospital da Cruz Vermelha.

Sadako estava com leucemia.

Outras crianças de Hiroshima começaram a apresentar os mesmos sintomas de leucemia, então chamada "doença da bomba atômica".

Quase todos estavam morrendo e Sadako ficou assustada, pois não queria morrer.

Chizuco foi visitá-la levando um papel, com o qual fez uma dobradura representando um grou. Chizuko contou a Sadako uma lenda: o grou, ave sagrada no Japão, vive mil anos, e se uma pessoa dobra mil grous de papel, fica curada.

Sadako resolveu fazer os mil grous.

Lentamente ela dobrava os grous, apesar da leucemia que a enfraquecia.

Ainda que não melhorasse, prosseguia e conseguiu terminar as mil aves de papel.

Sem ficar zangada ou entregar-se, resolveu fazer mais.

Todos acompanhavam sua determinação e paciência até que, em 25 de outubro de 1955, rodeada por sua família, ela montou seu último grou e dormiu placidamente pela última vez.

Seus amigos, nos quais deixou saudades, sentiram-se muito tristes por ela e pelas outras crianças e quiseram fazer alguma coisa. Assim, 39 dos seus colegas de classe resolveram formar um clube e arrecadar dinheiro para erigir um monumento em memória de Sadako e de todas as outras crianças. Alunos de 3.100 escolas japonesas e de nove outros países fizeram doações.

Finalmente, em 5 de maio de 1958, conseguiram dinheiro suficiente para a construção do monumento. Ele foi chamado Monumento das Crianças à Paz, e colocado no Parque da Paz, no centro de Hiroshima, exatamente onde havia caído a bomba.

Esse esforço das crianças ficou tão popular que inspirou o filme Os mil grous de papel. As crianças de Hiroshima e Tóquio que participaram do filme resolveram ficar amigas e fundaram o Clube dos Mil Grous de Papel. Nada, porém, resume melhor o significado dos grous e do Clube do que as palavras gravadas no pedestal do Monumento das Crianças à Paz:

"este é o nosso grito esta é a nossa prece construir a paz no mundo que é nosso."

Quatro velas

Quatro velas estavam queimando calmamente. O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo que travavam.
A primeira disse: - Eu sou a Paz! Apesar de minha luz as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar. E diminuindo devagarzinho, apagou totalmente.
A segunda disse: - Eu me chamo Fé! Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de Deus. Não faz sentido continuar queimando. Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.
Baixinho e triste a terceira vela se manifestou: - Eu sou o Amor! Não tenho mais forças para queimar. As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar, se esquecem até daqueles à sua volta que lhes amam. E sem esperar apagou-se.
- Que é isto? Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim, disse uma criança, e começou a chorar.
Então a quarta vela falou: - Não tenhas medo criança, enquanto eu queimar nós poderemos acender as outras velas, eu sou a Esperança!
A criança com os olhos brilhantes pegou a vela que restava e acendeu todas as outras. "Que a vela da esperança nunca se apague dentro de nós"...

domingo, 14 de março de 2010

A brasa isolada

Um membro de um determinado grupo ao qual prestava serviços regularmente, sem nenhum aviso deixou de participar. Após algumas semanas, o líder do grupo decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria.

O líder encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante de um brilhante fogo. Supondo a razão para a visita, o homem deu-lhe boas-vindas conduziu-o até a grande cadeira perto da lareira e ficou quieto esperando.

O líder se fez confortável, mas não disse nada. No silêncio sério, contemplou a dança das chamas em torno da lenha ardente. Após alguns minutos, o líder examinou as brasas, cuidadosamente apanhou uma brasa ardente e deixou-a de lado. Então voltou a sentar-se e permaneceu silencioso e imóvel.

O anfitrião prestou atenção a tudo, fascinado e quieto. Então diminuiu a chama da solitária brasa, houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou de vez. Logo estava frio e morto.
Nenhuma palavra tinha sido dita desde o cumprimento inicial. O líder antes de se preparar para sair, recolheu a brasa fria e inoperante e colocou-a de volta no meio do fogo. Imediatamente começou a incandescer uma vez mais com a luz e o calor dos carvões ardentes em torno dela.

Quando o líder alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse: "Obrigado tanto por sua visita quanto pelo sermão. Eu estou voltando ao convívio do grupo".

sábado, 13 de março de 2010

Visão de planejamento

Era uma vez um caçador que contratou um feiticeiro para ajudá-lo conseguir alguma coisa que pudesse lhe facilitar o trabalho nas caçadas. Depois de alguns dias, o feiticeiro lhe entregou uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar. Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caçada, convidando dois outros amigos caçadores para a África.

Logo no primeiro dia de caçada, o grupo se deparou com um feroz tigre. De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta e, milagrosamente, o tigre que já estava próximo de um de seus amigos, começou a dançar. Foi morto à queima roupa.

Horas depois, um sobressalto. A caravana foi atacada por um leopardo que saltava de uma árvore. Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se, ficando manso e dançou. Os caçadores não hesitaram e mataram-no com vários tiros.

E foi assim, a flauta sendo tocada, animais ferozes dançando, caçadores matando.
Ao final do dia, o grupo encontrou pela frente, um leão faminto. A Flauta soou, mas o leão não dançou. Ao contrário, atacou um dos amigos do Caçador flautista, devorando-o.

Logo depois, devorou o segundo. O tocador, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum. O leão não dançava. E enquanto tocava e tocava o caçador foi devorado.
Dois macacos, em cima de uma árvore próxima, a tudo assistiam. Um deles "falou" com sabedoria: - Eu sabia que eles iam se dar mal quando encontrassem o surdinho.
Moral da História:
Não confie cegamente nos métodos que sempre deram certo: Um dia podem falhar...

Prepare alternativas para as situações imprevistas.

Preveja tudo que pode dar errado e prepare-se.

Esteja atento às mudanças e não espere as dificuldades para agir.
"Cuidado com os leões surdos".

sexta-feira, 12 de março de 2010

Cuide bem do seu amor

Chamo-me Eduardo. Namorei por três anos. Quando conheci a Paula, ambos tínhamos 17 anos. Nos três primeiros meses era as mil maravilhas. Nossa! Depois se tornou um inferno. Ela era muito ciumenta, começou a dar escândalos. Brigava por motivos fúteis. O problema era que eu amava muito ela. Fazia de tudo por ela, achando que um dia tudo iria mudar (que ingenuidade). Terminamos e voltamos por várias vezes. Chegou um ponto que brigávamos por qualquer motivo. Decidimos realmente que não iria mais dar certo e terminamos definitivamente. Eu fiquei muito mal em casa, não tinha vontade de sair, não conseguia dormir. Passou sete dias, não agüentei e liguei para a casa dela. No meio da conversa ela falou que tinha saído com um cara e ficado com ele e ainda teve a falsidade de falar que tinha sido para me esquecer.
Nunca irei esquecer aquele momento ao telefone. Parecia que alguém tinha colocado uma faca no meu coração, contive as lágrimas ao telefone e mantive a voz serena. Falei que não tinha problema e que nunca mais iria procurar ela. Desliguei o telefone, me dirigi ao quarto e parecia que mais nada nesta vida tinha sentido. Não consegui dormir naquela noite. Os dias foram passando e a dor só piorando. Meu rendimento no trabalho caiu muito, eu não me importava com mais nada.
Ao chegar em casa tinha vontade de ligar, mas meu orgulho não deixava. Quando ia dormir rezava muito para eu esquecer aquele amor que só me dava tristeza. Não adiantava. Os quinze primeiros dias foram terríveis, mas depois o coração foi se adaptando. Consegui deixar as emoções de lado e comecei a pensar nos fatos, fui assimilando melhor e tudo foi passando até voltar ao normal. Claro, quem às vezes não tem uma recaída de pensamentos pela ex? Isso é normal.
Depois de três meses, adivinha quem me liga? Era ela! Meu coração bateu mais forte, tinha sido pego de surpresa, passou mil coisas na cabeça, em frações de segundo tive vontade de chorar e rir ao mesmo tempo. Voltei à realidade, sem nenhuma empolgação, minha voz ficou serena, conversei normalmente, mas nada de intimidades, estava sendo seco. Em um certo momento ela pede para conversar comigo pessoalmente, porque ainda me amava.
Meus olhos encheram de lágrimas, meu coração sabia que eu iria sofrer, então do nada comecei a cantar a seguinte música: "Cuide bem do seu amor, seja quem for..." Ela começou a chorar no telefone.
Comecei então a chorar no telefone, mas continuei cantando e escutando ela suplicando e pedindo para voltar, pois ela sabia que tinha errado muito e que tinha perdido a pessoa que mais valorizava ela. Meu coração não teve outra saída a não ser desligar o telefone na cara dela. Decidi então naquele mesmo dia tirar umas férias.
Dois dias depois estava na praia, sozinho sentado na areia e olhando as ondas. Era um final de tarde, aquilo tudo era tão bom, eu estava me sentindo muito bem. Quando toca o celular era minha mãe dizendo que minha ex tinha sido encontrada morta, suícidio.
Ao lado dela foi encontrada uma carta onde dizia: "Pai e Mãe, eu amo muito vocês, não fiquem triste por mim, pois a vida não tem mais sentido. Eu tive a pessoa mais importante no mundo nas minhas mãos e deixei escapar. Eu amo o Dudu e o amarei eternamente, sei que ele não quer mais ficar comigo. Calma mamãe, calma papai, não fiquem bravos com ele. Eu sou a culpada. Eu tratava ele como se fosse um qualquer. Quando terminamos descobri que ele era tudo para mim. Tenho um recado e quero que vocês passem para todos os jovens desse mundo: "CUIDE BEM DO SEU AMOR, SEJA QUEM FOR..."

quinta-feira, 11 de março de 2010

As pessoas mais importante do mundo

Dois amigos não chegavam a um acordo sobre quem são as pessoas mais importantes do momento.
Uma amiga entrou na conversa e, disse-lhes:
- Eu lhes direi quem são as pessoas mais importantes do momento, se vocês me responderem as seguintes perguntas:
* Quais são as 3 pessoas mais ricas do mundo?
* Quem ganhou o Prêmio Nobel de Física nos últimos 3 anos?
* Quem foram as últimas 3 Misses Universo?
* Quem levou o Oscar de melhor ator nos últimos três anos?
Eles sabiam um pouco de uma questão ou outra, mas, à rigor, não puderam respondê-las com precisão ou convicção.

- Difícil, não! Agora, digam-me:
* O nome de 3 professores que o auxiliaram na sua jornada escolar.
* O nome de 3 amigos que o ajudaram em momentos difíceis.
* O nome de 3 pessoas que lhe ensinaram alguma coisa realmente valiosa.
* O nome de 3 pessoas que algum dia fizeram vocês se sentirem amados de verdade.
* O nome de 3 pessoas com quem vocês gostam de estar.
As respostas sairam sem dificuldades, e ela arrematou: - A maioria de nós não se lembra das manchetes de ontem. Os primeiros nomes perguntados não são de pessoas medíocres, e sim dos melhores em suas áreas. Mas os aplausos morrem, os prêmios envelhecem, os empreendimentos são esquecidos. Certificados e diplomas são enterrados com seus donos.
- As pessoas mais importantes do momento são aquelas que se colocam ao seu lado no momento em que você precisa delas... Ou elas de vocês.

quarta-feira, 10 de março de 2010

A ilha dos sentimentos

Contam que, uma vez, se reuniram os sentimentos e qualidades dos homens em um lugar da terra. Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão louca, lhes propôs: - Vamos brincar de esconde-esconde? A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE, sem poder conter-se, perguntou: Esconde - esconde? Como é isso? - É um jogo, explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará meu lugar para continuar o jogo. O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA. A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou convencendo a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada. Mas nem todos quiseram participar. A VERDADE preferiu não esconder-se, para quê? Se no final todos a encontravam? A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a idéia não tivesse sido dela) e a COVARDIA preferiu não arriscar-se. - Um, dois, três, quatro... - começou a contar a LOUCURA. A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho. A FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço, tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta. A GENEROSIDADE quase não consegue esconder-se, pois cada local que encontrava lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos - se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA; se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ; se era o voo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, acabou escondendo-se em um raio de sol. O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cômodo, mas apenas para ele. A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris), e a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões. O ESQUECIMENTO, não me recordo onde escondeu-se, mas isso não é o mais importante. Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.999, o AMOR ainda não havia encontrado um local para esconder-se, pois todos já estavam ocupados, até que encontrou um roseiral e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas flores. - Um milhão - contou a LOUCURA, e começou a busca. A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ discutindo com Deus no céu sobre zoologia. Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões. Em um descuido encontrou a INVEJA, e claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO. O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado de seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas. De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede, e ao aproximar-se de um lago descobriu a BELEZA. A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois a encontrou sentada sobre uma cerca sem decidir de que lado esconder-se. E assim foi encontrando a todos. O TALENTO entre a erva fresca; a ANGÚSTIA em uma cova escura; a MENTIRA atrás do arco-íris (a mentira estava no fundo do oceano); e até o ESQUECIMENTO, a quem já havia esquecido que estava brincando de esconde-esconde. Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local. A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do planeta, e em cima das montanhas. Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral. Pegou uma forquilha e começou a mover os ramos, quando no mesmo instante, escutou-se um doloroso grito. Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos. A LOUCURA não sabia o que fazer para desculpar-se chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser seu guia. Desde então, desde que pela primeira vez se brincou de esconde-esconde na terra: O AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Quando Deus criou a mulher

Quando Deus criou a mulher

No dia em que Deus criou a mulher (e já vinha virando dia e noite há seis dias),um anjo apareceu-Lhe e disse:

"Por que esta criação está Lhe deixando tão inquieto, Senhor?"

E o Senhor Deus respondeu-lhe:

"Você já leu as especificações desta encomenda?
Ela tem que ser totalmente lavável, mas não pode ser de plástico!
Deve ter 180 partes móveis e substituíveis.
Funcionar à base de café e sobras de comida!
Ter um colo macio, que sirva de travesseiro para as crianças.
Um beijo, que tenha o dom de curar qualquer coisa,desde um ferimento, até as dores de uma paixão, e ainda ter seis pares de mãos."

O anjo balançou lentamente a cabeça e disse-Lhe:
"Seis pares de mãos, Senhor? Parece impossível!"

"Mas o problema não é esse" falou Deus.
"E os três pares de olhos que essa criatura tem que ter!"

O anjo, num sobressalto, perguntou-Lhe: "E tem isso no modelo padrão"?

O Senhor Deus assentiu: "Um par de olhos para ver através de portas fechadas, para quando se perguntaro que as crianças estão fazendo lá dentro (embora ela já saiba); outro na parte posterior da cabeça, para ver o que não deveria, mas precisa saber,e, naturalmente, os olhos normais, capazes de consolar uma criança em prantos, dizendo-lhe:
Eu te compreendo e te amo! sem dizer uma palavra".

E o anjo mais uma vez comenta: "Senhor...já é hora de dormir! Amanhã será outro dia".

Mas o Senhor explicou-lhe: "Não posso! Já está quase pronta!
Já tenho um modelo, que se cura sózinho quando adoece, que consegue alimentar uma família de seis pessoas com meio quilo de carne moída e consegue convencer uma criança de nove anos a tomar banho".

O anjo rodeou vagarosamente o modelo e falou: "É muito delicada, Senhor".

Mas o Senhor Deus disse entusiasmado: "Mas é muito resistente! Você não imagina o que esta pessoa pode fazer ou suportar"!

O anjo, analizando melhor a criação, observa: "Há um vazamento alí, Senhor". "Não é um simples vazamento, é uma lágrima! E esta serve para expressar alegrias, tristezas, dores, solidão, orgulho e outros sentimentos".

"Vós sois um gênio, Senhor!" disse o anjo, entusiasmado com a criação.

"Mas essa lágrima não fui Eu quem coloquei! Apareceu assim..."

O sol e a lua

Quando o SOL e a LUA se encontraram pela primeira vez, se apaixonaram perdidamente e a partir daí começaram a viver um grande amor. Acontece que o mundo ainda não existia e no dia que Deus resolveu criá-lo, deu-lhes então o toque final... O brilho!
Abateu-se sobre eles uma grande tristeza quando tomaram conhecimento de que nunca mais se encontrariam. A LUA foi ficando cada vez mais amargurada, mesmo com o brilho que Deus havia lhe dado, ela foi se tornando solitária. O SOL por sua vez havia ganhado um título de nobreza "ASTRO REI", mas isso também não o fez feliz.
Deus então os chamou e explicou-lhes: Vocês não devem ficar tristes, ambos agora já possuem um brilho próprio. A LUA entristeceu-se muito com seu terrível destino e chorou dias a fio... Já o SOL ao vê-la sofrer tanto, decidiu que não poderia deixar-se abater, pois teria que dar-lhe forças e ajudá-la a aceitar o que havia sido decidido por Deus.
No entanto sua preocupação era tão grande que resolveu fazer um pedido a ELE: Senhor, ajude a LUA, por favor, ela é mais frágil do que eu, não suportará a solidão... E Deus em sua imensa bondade criou então as estrelas para fazerem companhia a ela.
A LUA sempre que está muito triste recorre as estrelas que fazem de tudo para consolá-la, mas quase sempre não conseguem. Hoje eles vivem assim... Separados, o SOL finge que é feliz, a LUA não consegue esconder que é triste.
O SOL ainda esquenta de paixão pela LUA e ela ainda vive na escuridão da saudade. Dizem que a ordem de Deus era que a LUA deveria ser sempre cheia e luminosa, mas ela não consegue isso... Porque ela é mulher, e uma mulher tem fases.
Quando feliz consegue ser cheia, mas quando infeliz é minguante e quando minguante nem sequer é possível ver o seu brilho.
LUA e SOL seguem seu destino, ele solitário, mas forte, ela acompanhada das estrelas, mas fraca. Humanos tentam a todo instante conquistá-la, como se isso fosse possível. Vez por outra alguns deles vão até ela e voltam sempre sozinhos, nenhum deles jamais conseguiu trazê-la até a terra, nenhum deles realmente conseguiu conquistá-la, por mais que achem que sim. Acontece que Deus decidiu que nenhum amor nesse mundo seria de todo impossível, nem mesmo o da LUA e o do SOL... E foi aí então que ele criou o eclipse.
Hoje SOL e LUA vivem da espera desse instante, desses raros momentos que lhes foram concedidos e que custam tanto a acontecer.
Quando você olhar para o céu a partir de agora e ver que o SOL encobriu a LUA é porque ele deitou-se sobre ela e começaram a se amar e é ao ato desse amor que se deu o nome de eclipse.
Importante lembrar que o brilho do êxtase deles é tão grande que aconselha-se não olhar para o céu nesse momento, seus olhos podem cegar de ver tanto amor.

sábado, 6 de março de 2010

O vencedor

Eu estava observando algumas pequenas crianças jogando futebol. Aquelas crianças tinham apenas cinco ou seis anos de idade, mas estavam jogando um jogo real, um jogo sério. Dois times, completos, com técnicos, uniformes e pais. Eu não conhecia nenhum deles, assim eu podia desfrutar o jogo sem a ansiedade da vitória ou derrota. Eu os chamarei apenas de time Um e time Dois.
Ninguém marcou no primeiro tempo. As crianças estavam hilárias. Eram desajeitados e empolgados como só as crianças podem ser. Eles caíam em cima das próprias pernas, tropeçavam na bola, chutavam a bola e a erravam, mas eles não pareciam se importar. Estavam se divertindo!
No segundo tempo, o jogo ficou dramático. Eu acho que a vitória é importante mesmo quando se tem cinco anos. O time Dois faz o primeiro gol. O goleiro do time Um deu tudo de si, atirava seu corpo em frente as bolas que vinham, tentando defender valentemente. O time Dois, cercou o goleiro e bola pra lá, bola pra cá: fez o segundo gol. Isto enfureceu o pequeno goleiro. Ele gritava com seus colegas e se empenhava com toda a força que podia. O time Dois faz o terceiro gol.
Eu logo descobri quem era o pai do goleiro. Ele tinha boa aparência, simpático. Eu podia apostar que tinha vindo direto do escritório, gravata e tudo. Ele gritava encorajando o filho.
Depois do terceiro gol o pequeno goleiro mudou. Ele viu que não podia parar o adversário. O fracasso estava estampado em seu rosto. Seu pai mudou também. Ele tinha incentivado seu filho, gritando conselhos e palavras de encorajamento. Mas então mudou; ele ficou ansioso. Tentou dizer que estava tudo bem, mas ele sofria com a dor que seu filho sentia.
Depois do quarto gol, eu sabia o que ia acontecer. Eu já tinha visto isto antes. O pequeno está necessitado de ajuda, e não havia ajuda. Ele pegou a bola na rede e entregou ao juiz, e então ele chorou. Ele apenas ficou lá, parado enquanto lágrimas enormes rolavam bochechas abaixo. Ele caiu de joelhos, e então eu vi seu pai invadir o campo. Sua esposa ainda tentou segurá-lo, - Jim, não. Você o deixará ainda mais embaraçado. Mas o pai do menino ignora que o jogo está em andamento. Terno, gravata, sapato e tudo, ele corre até seu menino. E ele o abraçou e beijou e chorou com ele!
Ele carregou o menino e quando chegaram à lateral do campo eu escutei ele dizer, - Filho, estou muito orgulhoso de você. Você foi grande. Eu quero que todos saibam que você é meu filho. - Papai, - o menino soluçou - eu não consegui parar eles. Eu tentei, Papai, Eu tentei e tentei e eles fizeram o gol em mim.
- Filho, não importa quantos gols eles fizeram em você. Você é meu filho e eu estou orgulhoso de você. Eu gostaria que você voltasse lá e terminasse o jogo. Eu sei que você quer sair, mas você não pode. E filho, você vai levar gol outra vez, mas isto não importa. Continue, vá.
Isto fez diferença. Quando se está completamente só, e está levando gols, e não pode parar o adversário, é importante saber que isto não importa para aqueles que amam você. O pequeno moleque correu de volta ao campo. O time Dois fez mais dois gols, mas tudo bem. E no jogo da vida, eu tento arduamente. Eu atiro meu corpo em todas as direções. Eu me esforço com todo o peso de meu ser. E quando levo os gols e as lágrimas vêm e eu me ajoelho desanimado, meu Pai Celestial corre campo adentro, na frente da multidão inteira, a multidão que zomba e ri, e Ele me pega no colo, me abraça e diz - Eu estou muito orgulhoso de você! Você esteve grande lá. Eu quero que todos saibam que você é Minha criança. E como Eu controlo o resultado do jogo, Eu lhe declaro o vencedor!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Palavras que vêm do coração

Era uma vez um grande homem que se casou com a mulher dos seus sonhos. Com seu amor, criaram uma menina. Quando a menina estava crescidinha, o grande homem a abraçava dizendo: - Eu te amo minha garotinha. A menina fazia beicinho e respondia: - Não sou mais uma garotinha.
O homem ria, e dizia: - Para mim, você sempre será minha garotinha.
A menina que já não era assim tão garotinha saiu de casa para viver sua vida. À medida que aprendia mais sobre si mesma, aprendia mais sobre o homem. Uma das qualidades dele era sua capacidade de expressar seu amor pela família. Onde quer que ela estivesse, ele telefonava para dizer: - Eu te amo minha garotinha.
Um dia, a menina que já não era assim tão garotinha recebeu um telefonema. O grande homem estava doente. Tinha sofrido um derrame e não conseguia mais falar, sorrir, andar, abraçar, nem dizer que amava sua garotinha. Então ela foi para casa.
Chegando ao quarto do grande homem, viu sua figura fraca e curvada. Ele tentou falar, mas não conseguiu. A menina fez a única coisa que podia. Deitou ao seu lado, e passou os braços em volta dos ombros inertes do pai.

Apoiando a cabeça em seu peito, ela pensou em muitos momentos. Lembrou como ela se sentia protegida pelo grande homem. Sentiu a tristeza da perda que teria de suportar, a perda das palavras de amor que lhe traziam conforto.

Foi então que ela ouviu, lá dentro do peito do grande homem, as batidas do seu coração.
Indiferente ao dano causado ao resto do corpo, o coração mantinha o seu ritmo. E a mágica aconteceu. Deitada no peito do pai, ela ouviu o que precisava. Ouviu o coração dele bater as palavras que a boca já não podia dizer... EU TE AMO, GAROTINHA, EU TE AMO, GAROTINHA...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Remédio do amor

Descrição: Este remédio é resultante do metabolismo, físico, químico e anormal do ser Humano. Sua composição tem uma fórmula complexa e depende de outros ingredientes como: companheirismo, amizade, cumplicidade, sinceridade, etc.
Indicações: É um produto muito eficaz no combate ao mal-humor, insônia, ansiedade, solidão, falta de motivação, desinteresse, irritação, dor-de-cabeça, mau estar, etc.. Resumindo é bom para tudo.
Especificações: Seu uso faz com que diminuam as tensões e as preocupações.
Aumenta a vitalidade, além de ser um excelente tranqüilizante do sistema nervoso.

Efeitos colaterais: O uso deste poderoso remédio provoca algumas reações no organismo, mas nada que possa causar maior preocupação. A respiração fica acelerada, o coração dispara, as mãos suam, os joelhos tremem, a voz sai fraca e a tensão aumenta.
Foram registrados alguns casos de gagueira, mas isso vai diminuindo a medida em que aumenta a confiança. Os suspiros são freqüentes, mas raramente pode haver caso de desmaio ou perda dos sentidos.

Precauções: Em muitos pacientes pode causar alguns sofrimentos, principalmente se não gerar os efeitos desejados. Mesmo assim é aconselhável o uso deste remédio durante toda a vida, controlando bem as dosagens para que encontre um equilíbrio. Se for necessário, aumente as doses, em alguns períodos, ainda mais para se precaver da rotina da vida a dois, é altamente contagioso e induz ao maior (e melhor) vício do mundo: o de amar e ser amada.
Contra Indicação: É um produto contra indicado quando há resistência à sua absorção. É importante não forçar sua atuação, pois só deve ser usado por livre e espontânea vontade.
Posologia: De manhã, à tarde ou à noite, o uso deste poderoso remédio antes das refeições abre o apetite e faz a alimentação ficar mais gostosa. Após as refeições, traz uma maior sensação de calma. Pode-se usar várias vezes por dia e a qualquer hora. Além das vias tradicionais (orais, intravenosa e intra-muscular) administrar este remédio também através dos sentidos.
Modo de usar: É muito importante sempre agitar: Antes, durante e depois.
Apresentação: Dispensa qualquer tipo de apresentação, pois tem que crescer naturalmente sem pressões ou recomendações.

Fórmula: Não existe uma fórmula específica, pois só quem sente ou vive sabe como é.

Siga corretamente o modo de usar, se os sintomas desaparecerem, tome este remédio outra vez.

terça-feira, 2 de março de 2010

A missão dos 12 signos

"...E naquela manhã Deus chamou suas doze crianças e em cada uma delas plantou a semente da vida humana.
Uma por uma, cada criança deu um passo à frente para receber o Dom e a função que lhe cabia.


Áries A ti, Áries , dou a primeira semente para que tenhas a honra de plantá-la. Para cada semente que plantares, mais outro milhão de sementes se multiplicará em suas mãos. Tua vida é ação, e a única ação que te atribuo é a de dar o passo inicial para tornar os homens conscientes da Criação.
Por este trabalho Eu te concedo a Virtude do Respeito por Si mesmo.


Touro Touro ,a ti,Eu dou o poder de transformar a semente em substância. Grande é a tua tarefa, e requer paciência; pois tem que terminar tudo o que foi começado, para que as sementes não sejam desperdiçadas pelo vento. Não deves assim questionar, também não deves mudar de idéia no meio do caminho, nem depender dos outros para a execução do que te peço.
Para isso Eu te concedo o Dom da Força. Trata de usá-la sabiamente.


GêmeosA ti, Gêmeos , Eu dou as perguntas sem respostas, para que possas levar a todos um entendimento daquilo que o homem vê ao seu redor. Tu nunca saberás porque os homens falam ou escutam.
E em tua busca pela resposta encontrarás o Meu Dom reservado a Ti: O Conhecimento.


Cancer A ti, Cancer , atribuo a tarefa de ensinar aos homens a emoção. Minha idéia é que provoques neles risos e lágrimas, de modo que tudo o que eles vejam e sintam desenvolva uma plenitude desde dentro.
Para isso, Eu te dou o Dom da Família, para que sua plenitude possa me multiplicar.


Leão A ti, Leão ,atribuo a tarefa de exibir ao mundo Minha Criação em todo o seu esplendor. Mas deves ter cuidado com o orgulho, e sempre lembrar que é Minha a criação e não tua. Se o esqueceres serás desprezado pelos homens. Há muita alegria em teu trabalho, basta fazê- lo bem.
Para isso, Eu te concedo o Dom da Honra.


Virgem A ti, Virgem ,peço que empreendas um exame de tudo o que os homens fizerem com Minha Criação. Terás que observar com perspicácia os caminhos que percorrem, e lembrá- los de seus erros, de modo que através de ti minha Criação possa ser aperfeiçoada.
Para que assim o faças, Eu te concedo o Dom da Pureza.


Libra A ti, Libra ,dou a missão de servir, para que o homem esteja ciente de seus deveres para com os outros, para que ele possa aprender a cooperação, assim como a habilidade de refletir o outro lado de suas ações. Hei de te levar onde quer que haja discórdia.
Por teus esforços te concederei o Dom do Amor.


Escorpião A ti, Escorpião ,darei uma tarefa muito difícil. Terás a habilidade de conhecer a mente dos homens, mas não te darei permissão de falar o que aprenderes. Muitas vezes te sentirás ferido por aquilo que vês e em tua dor te voltarás contra Mim, esquecendo que não sou Eu, mas a perversão de Minha Idéia, o que te faz sofrer. Verás tanto e tanto do homem quanto animal, e lutarás tanto com os instintos em ti mesmo, que perderás o teu caminho.
Mas, quando finalmente voltares, terei para ti o Dom Supremo da Fidelidade.


Sagitário A ti, Sagitário , eu peço que faças os homens rirem, pois entre as distorções da Minha Idéia eles se tornam amargos. Através do riso darás aos homens a esperança, e por ela voltarás seus olhos novamente para Mim. Chegarás a ter muitas vidas, ainda que só por um momento,
e em cada vida que atingires, conhecerás a inquietação.
A ti darei o Dom da Infinita Abundância, para que te possas expandir o bastante, até atingir cada recanto onde haja escuridão e levar aí a luz.


Capricórnio De ti, Capricórnio ,quero o suor de tua fonte, para que possas ensinar aos homens o trabalho. Não é fácil tua tarefa, pois sentirás todo o labor dos homens sobre teus ombros.
Pelo jugo de tua carga, te concedo o Dom da Responsabilidade.


AquárioA ti, Aquário dou o conceito de futuro, para que através de ti, o homem possa ver outras possibilidades. Terás a dor da solidão, pois não te permito personalizar o Meu amor. Para que possas voltar os olhares humanos em direção a novas possibilidades, Eu te concedo o Dom da Liberdade, de modo que, livre, possas continuar a servir a humanidade onde quer que ela esteja.


PeixesE finalmente, a ti, Peixes ,dou a mais difícil de todas as tarefas. Peço- te que reúnas todas as tristezas dos homens e as traga de volta para Mim. Tuas lágrimas serão, no fundo, Minhas lágrimas. A tristeza e o padecimento que terás de absorver são o efeito das distorções impostas pelo homem à Minha Idéia, mas cabe a ti levar até ele a compaixão, para que possa tentar de novo.
Por esta tarefa eu te concedo o Dom mais alto de todos: tu serás o único de Meus doze filhos que Me compreenderá. Mas este Dom do Entendimento é só para ti, Peixes, pois quando tentares difundi- lo entre os homens, eles não te escutarão.



" Cada um de vós é perfeito, mas não compreendereis isso até que vós doze sejais Um.
Agora vão...." E as doze crianças foram embora executar suas tarefas entre os homens."

Presença Espiritual

Quem está habituado a enfrentar águas traiçoeiras sabe o quanto é importante o brilho do farol para apontar o rumo seguro.
Sherry Hogan conta que o seu farol era o lenço de seu pai. Ele não dava importância às iniciais bordadas ou aos tecidos caros. Gostava mesmo de lenços de algodão branco simples.
Sempre à mão, o lenço de seu pai servia para limpar os desastres ocasionados pelos picolés derretidos da criançada, no banco traseiro do carro.
Serviu para enfaixar o ferimento do gatinho favorito de Sherry, depois de um desagradável encontro do bichano com o cachorro do vizinho.
Na adolescência, mais de uma vez o lenço serviu para secar as lágrimas de Sherry. Quando, aos 20 anos, ela foi se despedir do pai, antes de partir para a Europa, começou a chorar, tomada de pânico.
O quadrado de algodão tão familiar serviu para lhe secar as lágrimas, enquanto a voz grave do pai a incentivava a confiar e partir.
Três anos depois, em seu retorno, a primeira visão que teve ao chegar ao aeroporto, foi do lenço branco do pai acenando para ela acima das cabeças da multidão.
No natal de 1997, seu pai estava muito doente. O câncer lhe tomara quase todo o corpo. Sabendo que ele partiria a qualquer momento, Sherry foi comprar lenços lindos, de linho, bordados. Naturalmente, também comprou uns de algodão, por preço bem popular.
Ele abriu cada um dos pacotes. Colocou de lado os elegantes lenços bordados, escolheu um baratinho e falou: “só usarei os caros em ocasiões muito importantes.” A filha abraçou o pai, como a se despedir: “você sempre esteve presente quando precisei, pai.” Foi o que falou, emocionada.
Ele respondeu: “e sempre vou estar, só que de um jeito diferente. Confie em mim.”
Dez dias depois ele partiu. Sherry passou a sentir muito a falta dele.
Dois meses depois, ela se sentia desanimada, triste. Sabia que ele estava em um lugar melhor, mas precisava do abraço dele.
“Fale com ele”, lhe disse a irmã.
Chorosa, saudosa, ela começou a falar, andando pela sala: “ah, papai. Sei que você está em um lugar melhor. Acredito nisso especialmente graças a você. Mas sinto tanto sua falta. Eu só queria saber se você está bem.”
O silêncio foi a resposta. Ela começou a soluçar alto. Podia sentir a tristeza lhe percorrendo o corpo todo.
Foi então que ela viu, pelo canto do olho: um grande quadrado branco debaixo da cadeira de seu pai.
Era um dos lenços novos bordados. Como ele tinha ido parar ali? Ela limpava a sala todas as manhãs. De onde ele poderia ter saído?
Palavras de seu pai lhe vieram à mente: “só usarei os lenços caros em ocasiões muito importantes.”
Sherry entendeu. Seu pai lhe mandara a resposta: “querida, estou bem. Cheguei em casa.”
***

Os amores que se vão continuam a nos amar, não importando o tempo.
Zelosos, prosseguem velando por nós e de forma sutil, se fazem presentes em nossas vidas.
Pelos fios invisíveis da oração, é possível sentir-lhes o carinho e a mansidão da voz dizendo que chegaram bem, que nos aguardarão no tempo, pacientemente, para o delicado reencontro.

segunda-feira, 1 de março de 2010

A rã e a falta de humildade

Uma rã se perguntava como podia afastar-se do clima frio do inverno. Uns gansos lhe sugeriram que emigrasse com eles, mas o problema era que a rã não sabia voar.
"Deixem-me pensar - disse a rã - tenho um cérebro esplêndido".
Logo pediu a dois gansos, que a ajudaram a apanhar um galho forte, cada um sustentando-o por uma extremidade.
A rã pensava em segurar-se pela boca. A seu devido tempo, os gansos e a rã começaram sua travessia e em pouco tempo passaram por uma pequena aldeia, e os habitantes dali saíram para ver o inusitado espetáculo.
Alguém perguntou: "De quem foi tão brilhante idéia?"
Assim, a rã se sentira tão orgulhosa e com tal sentido de importância, que exclamou: "FUI EU"!
Seu orgulho foi sua ruína, porque no momento que abriu a boca, se soltou do galho, caiu no vazio e morreu.

***

Há ocasiões em que a falta de humildade ou o excesso de orgulho, podem fazer cair por terra os planos mais excelentes. Um dos maiores ensinamentos de Jesus foi a humildade, bastante perdida nestes tempos.
Dê graças a Deus por seus êxitos, mas recorda que TUDO O QUE TEM TE FOI DADO POR ELE, quem nunca te esqueceu e sempre te espera.
Nunca ostente as coisas que tem ou sabe, pois outros sabem outras coisas que você nem sequer imagina.
Seja humilde e nunca pense mais que os demais. Da soberba do coração vem a queda.