Um comerciante muito rico precisava realizar uma grande viagem, havia protelado a viagem por vários meses, porém agora ela se fazia necessária e urgente. Numa manhã de primavera partiu para uma cidade vizinha a fim de realizar as encomendas necessárias para os seus negócios.
Como não queria despertar suspeitas resolveu vestir-se de forma simples e ir sem escolta. Entre ele e seu destino havia uma enorme e majestosa floresta, onde ocorriam a maioria dos assaltos, assim que se viu nas proximidades observou dois homens suspeitos e acelerou o seu cavalo, porém logo caiu em uma armadilha e logo que o cavalo se viu livre de seu ocupante disparou mata adentro. Ele tratou de levantar-se rapidamente, pois que os homens se aproximavam em desabalada carreira em sua direção. Assim que levantou e começou a correr pela floresta ouviu os gritos dos homens. - Pare! Senão morrerás.
Ninguém escapa dos ladrões vivos, portanto vou tentar. Pensou ele enquanto fugia. Logo enxergou uma trilha e por ela adentrou e em prece rogava a Deus que lhe enviasse para seu socorro anjos armados, guerreiros, para lhe salvarem dos seus perseguidores. E cada vez mais desesperado gritava intimamente com Deus solicitando o socorro.
Mais adiante a trilha se dividiu em duas, de súbito escolheu a da esquerda e logo viu-se diante de um precipício por onde não poderia descer e já ouvia as vozes dos bandidos e então orando disse: - Senhor por que não me envia os seus soldados, que eles possam construir uma barreira entre mim e esses homens!
E em pensamento, agora silencioso aos ouvidos humanos, ele continuava: - Por misericórdia Senhor envie-me ao menos um soldado! Seu coração batia forte ao percebe que os homens já se encontravam na bifurcação, se eles o encontrassem, ele estaria morto. De repente percebeu uma minúscula aranha a tecer pequenina teia, que fechava a trilha.
E de súbito pensou: - Oh! Senhor peço soldados e o Senhor envia-me insignificante inseto, estou morto! Lamentava não ter abraçado mais a esposa e filhos, não ter ouvido os conselhos da esposa, ele rico, morreria encurralado como um Zé ninguém.
De repente os homens pararam e ele ouviu a seguinte conversa: - Vamos pela esquerda. Disse um deles. - Não! Respondeu o outro. - Por quê? - Não vê que tem uma teia de aranha neste caminho, é lógico que ele foi pela direita. Vamos senão a gente não conseguira pega-lo.
O comerciante chorando aliviado agradecia a Deus a presença do minúsculo soldado, que o defenderá com sua muralha – a teia. De retorno ao seu lar e agradecido a Deus pela benção da vida passou a pagar homens fortes para realizar a travessia da floresta de todos os que precisassem ir até a cidade vizinha e logo surgia o primeiro grupamento de policiais com o objetivo de manter a ordem e a lei para todos.
O pequeno soldado fisgou em sua teia um novo servidor para a Seara do Senhor.
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O Senhor sempre nos atende em nossas necessidades. Pedir é sempre fácil o difícil é ter paciência para esperar a resposta de Deus as nossas preces e resignação para aceita-las.