Um vendedor de bijuterias tentava negociar alguns de seus produtos desde manhã e nada conseguia. Em sua fadiga pensou na esposa e nos três filhinhos que o esperavam em casa."Meu Deus! – monologou – o que fazer para conseguir dinheiro suficiente para sustentar minha família? Não Vos peço muito: só o necessário para hoje". Todavia, as horas foram passando e nada acontecia para lhe melhorar a sorte. "Por quê, Senhor, permitiste isto? Por acaso não sou vosso filho?" O sol já começava a declinar-se no horizonte quando ele desmontou sua barraca e pôs-se a caminho de casa, sem saber como chegar de mãos vazias. Morava de favores numa chácara, ali perto. Foi caminhando vagarosamente a fim de retardar a tortura que sentiria ao defrontar-se com a família, talvez esperançosa com a sua chegada. "Já que até Deus se esqueceu de mim, – pensou – resta-me apenas uma saída". Retirou das costas a grande mochila, onde estavam os produtos para a venda, e a barraca desmontada. Apanhou a corda que servia de amarras, entrou no matagal, e junto a um riacho escolheu uma árvore, jogou uma das extremidades da corda sobre um galho, amarrando-a fortemente, e pôs-se a fazer o laço fatídico. Nisso, aparece-lhe uma graciosa menina, de cabelos cacheados, olhar penetrante, a esboçar um sorriso. – Ei, moço – perguntou suavemente – empresta-me essa corda? – Emprestar-lhe a corda? Para quê? – Quero fazer um balanço para brincar, nem que seja por um pouquinho só. E apontando para o chão, observou: – O senhor deixou cair a carteira. – Que carteira?! – assustou-se – Não tenho nenhuma carteira. – Olha ela aí perto do seu pé. – Baixando os olhos ficou estupefato. Ali estava uma carteira recheada de dinheiro. Apanhou-a rapidamente e nela procurou algum documento que indicasse o nome e o endereço de quem a perdera, pois honesto como era, jamais se apossaria de algo que não lhe pertencesse. Contudo, não encontrou um só documento. Nela estava um maço de notas, suficiente para sustentar a família por alguns meses. Feliz e arrependido ao mesmo tempo, por ter duvidado de Deus e por ter pensado em por fim à própria vida, ajoelhou-se e pediu perdão pela sua falta de fé. Terminada a prece, retirou a corda para dá-la de presente a menina, mas quando a procurou, ela já não estava mais ali. Chegou em sua casa feliz, mas também interrogativo: "Quem era aquela menina? Como poderia alguém ter perdido uma carteira naquele lugar tão ermo?" Contou tudo à esposa, com detalhes. A mulher, mais esclarecida que ele sobre as coisas de Deus, pôs-se a falar: – Meu querido, não percebe que a menina era um Anjo enviado por Deus, a fim de suprir nossas necessidades? – Mas... E a carteira? Deus não a jogaria do Céu. – Claro que não. Mas pode ter feito alguém, à quem esse dinheiro não faria falta, ter ido até aquele lugar, onde a deixou cair, para você a encontrar. – É... Faz sentido. – Muitas vezes, meu marido, não entendemos os propósitos de Deus. Ele não atendeu o seu pedido na hora, a fim de provar a sua fé. Mas depois nos socorreu, pois jamais deixa seus filhos perecerem e não os abandona momento algum. – É... Mas eu falhei em minha fé. – Mesmo assim, Ele entendeu e perdoou a sua fraqueza. Por isso, diante das maiores dificuldades nunca podemos duvidar Daquele que nos criou e nos colocou aqui na Terra. Essas dificuldades que estamos passando, têm sua razão de ser, embora não saibamos qual é. O sofrimento nos torna mais fortes e resgata nossas dívidas diante de Deus. Por outro lado... Foi interrompida por alguém que batia à porta. Atenderam cismados. Um homem bem vestido, após cumprimentá-los, perguntou: – Por acaso algum de vocês achou uma carteira por aí? Estava no mato à procura do meu cachorrinho de estimação e, quando voltei para casa, dei pela falta da carteira. Como eu sei que o senhor costuma passar por lá, vim perguntar. Marido e mulher se entreolharam, deixando transparecer certa decepção. – Sim – disse-lhe o vendedor – aqui está ela. O desconhecido olhou a miséria no ambiente, observou as crianças esquálidas e pediu: – A senhora pode me servir um cafezinho? – Sinto muito, senhor. Não temos nada em casa, nem mesmo para fazer um café. O rosto do homem contraiu-se de pena. Abriu a carteira, deu-lhe um pacote de notas e dirigindo-se ao dono da casa, foi taxativo, fazendo referência à difícil situação em que se encontravam. – Venha ao mercado comigo para comprarmos o que vocês precisam. Tome este cartão e me procure amanhã. Pela sua honestidade, tão rara nos dias de hoje, convido-o a trabalhar na minha empresa e a senhora. Aí o casal compreendeu como Deus é perfeito em tudo o que faz. Só o mistério do aparecimento da menina não conseguiram desvendar, mas continuaram acreditando que fosse um anjo.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
A misteriosa menina
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Prova de Amor
Certo dia um homem saía para trabalhar, pensando que aquele seria um dia comum como todos os outros. Mas não era.
Seu pequeno filho, ao vê-lo saindo, gritava-lhe o nome, pedindo ao pai que o levasse junto ao trabalho.O pai não resistiu o olhar e ao pedido de seu filho. Então, pegando seu filho no colo, lhe beijou a face e o levou para o trabalho. Os dois estavam muito felizes.
O homem trabalhava em uma ponte elevadiça, e sua função era erguê-la para a passagem dos navios por ali, ou abaixá-la para a passagem dos trens, pois a ponte era de trilhos. Por volta das 9:00 da manhã, o homem ouviu um apito de trem, e percebeu que era de passageiros, esse tipo de trem, na maioria das vezes transportava aproximadamente umas 200 pessoas, então pensou logo em baixar a ponte, mas algo lhe tirou o fôlego.
Ele viu que seu filhinho estava brincando no meio das engrenagens da ponte, então começou a suar frio e entrar em desespero, pois não havia tempo para tirá-lo de lá. Ele tinha que fazer uma escolha muito difícil, salvar a vida de seu único filho, e assim condenar aquelas 200 pessoas à morte, sem ao menos saberem o porquê, ou salvar a vida daquelas pessoas sacrificando assim seu único filho, ele tinha que escolher rápido, pois o trem se aproximava cada vez mais, então, com lágrimas nos olhos o homem disse:
Meu filho, me perdoe - e então ele baixou a ponte, e seu filho morreu.
Sei que esta estória é muito triste, mas não se preocupe, ela é apenas ilustrativa.
Nesta estória o homem representa Deus e seu filho representa Jesus, e aquelas 200 pessoas representam você, sua família, seus amigos. Talvez ficou mais fácil para você entender o que Deus fez por nós, ou seja, Ele sacrificou seu único filho para nos salvar, qual deve ser nossa atitude diante dessa tão grande prova de amor?.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Amores possíveis
terça-feira, 31 de agosto de 2010
-> Dona Felicidade
(Autor desconhecido)
sábado, 28 de agosto de 2010
-> Pescaria Inesquecível
( Maktub )
terça-feira, 24 de agosto de 2010
->Enviado por um anjo
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
-> Pipoca
A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser o fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre. Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio. Apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente que ela mesma nunca havia sonhado.
Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria para ninguém.
Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.
E você, o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?
(Rubens Alves)
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
-> Para Refletir
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Vai desistir?
A única diferença entre você e esses é que acreditaram em si mesmo.
Vai desistir? Pense bem!
O General Douglas Mac
Arthur foi recusado na Academia Militar de West Point, não uma vez, mas duas.
Quando tentou pela terceira vez, foi aceito e marchou para os livros de história.
O superstar do basquete, Michael Jordan, foi cortado do time de basquete da escola.
Winston Churchill repetiu a sexta série.
Veio a ser primeiro ministro da Inglaterra somente aos 62 anos de idade, depois de uma vida de perdas e recomeço.
Sua maior contribuição aconteceu quando já era um "cidadão idoso".
Albert Einstein não sabia falar até os 4 anos de idade e só aprendeu a ler aos 7.
Sua professora o qualificou como "mentalmente lerdo, não-sociável e sempre perdido em devaneios tolos".
Foi expulso da escola e não foi admitido na Escola Politécnica de Zurique.Em 1944, Emmeline Snively, diretora da agência de modelos Blue Book Modeling, disse à candidata Norman Jean Baker ( Marilyn Monroe) : "É melhor você fazer um curso de secretariado, ou arrumar um marido.
"Ao recusar um grupo de rock inglês chamado The Beatles, um executivo da Decca Recording Company disse : "Não gostamos do som. Esses grupos de guitarra já eram."
Quando Alexander Graham Bell inventou o telefone, em 1876, não tocou o coração de financiadores com o aparelho.
O Presidente Rutheford Hayes disse: "É uma invenção extraordinária, mas quem vai querer usar isso ?"Thomas Edison fez duas mil experiências para conseguir inventar a lâmpada. Um jovem repórter perguntou o que ele achava de tantos fracassos.
Edison respondeu : "Não fracassei nenhuma vez. Inventei a lâmpada.
Acontece que foi um processo de 2.000 passos.
"Aos 46 anos, após anos de perda progressiva da audição, o compositor alemão Ludwig van Beethoven ficou completamente surdo.
No entanto, compôs boa parte de sua obra, incluindo três sinfonias, em seus últimos anos. Por isso não devemos achar nunca que NOSSO TEMPO acabou.
Enquanto estivermos aqui, há algo para aprendermos e, muito possivelmente, alguém para aprender conosco também.
Não devemos nos estagnar na vida por medo.
VAI DESISTIR?
sábado, 7 de agosto de 2010
Desistir não é perder
No último verão, antes do meu primeiro ano de faculdade, recebi um telefonema do meu pai dizendo que Vicki tinha sido internada de emergência. Ela tinha passado mal e o lado direito do seu corpo estava paralisado. Os primeiros sintomas indicavam que ela poderia ter sofrido um derrame. No entanto, os resultados dos testes mostraram algo muito mais sério: a paralisia era conseqüência de um tumor maligno no cérebro. Os médicos não davam a Vicki mais de três meses de vida. Fiquei completamente arrasado. Como aquilo podia estar acontecendo? No dia anterior, minha irmã estava bem, não sentia nada, era uma jovem saudável. Agora, estava entre a vida e a morte.
Depois de superar o choque inicial e o sentimento de vazio, decidi que Vicki precisava de esperança e incentivo. Ela precisava de alguém que a fizesse acreditar que poderia superar aquele obstáculo. Resolvi ajudá-la a vencer a doença. Todo dia visualizávamos o tumor encolhendo e só falávamos coisas positivas. Eu até colei um cartaz na porta do seu quarto no hospital com os dizeres: "Se tiver pensamentos negativos, deixe-os do lado de fora." Nós fizemos um trato que se chamava 50-50. Eu lutaria 50% e ela lutaria os outros 50%.
Quando o ano letivo começou, eu não tinha certeza se deveria ir para a faculdade, a quase cinco mil quilômetros de distância, ou ficar com Vicki. Ela ficou brava por eu ter pensado nessa possibilidade e insistiu para eu não me preocupar, porque ela ia ficar bem. Ali estava Vicki, deitada em uma cama de hospital, me dizendo para não me preocupar. Percebi que, se ficasse, poderia passar a mensagem de que ela estava morrendo e eu não queria que ela pensasse assim. Vicki precisava acreditar que poderia vencer a batalha contra o câncer.
Ir embora naquela noite, sentindo que poderia ser a última vez que eu veria minha irmã, foi a coisa mais difícil que já fiz. Na faculdade, nunca parei de lutar meus 50% por ela. Toda noite, antes de dormir, conversava mentalmente com Vicki, esperando que de alguma forma ela me ouvisse. Eu repetia: "Vicki, estou lutando por você e nunca vou desistir. Não deixe de lutar, porque nós vamos vencer isso."
Alguns meses se passaram e ela continuou agüentando firme. Certo dia, uma amiga me perguntou sobre o estado de Vicki. Eu disse que ela estava piorando, mas que não desistia. Minha amiga, mais velha e experiente, fez uma pergunta que me deixou pensativo:
- Você acha que o motivo pelo qual Vicki não desistiu é porque não quer desapontar você?
Será que ela estava certa? Será que eu era egoísta por encorajar Vicki a continuar lutando? Naquela noite, antes de dormir, tentei transmitir uma mensagem diferente para ela: " Vicki, eu entendo que você está sofrendo muito. Se preferir descansar, faça isso. Desistir não é perder. Se você quiser ir para um lugar melhor, eu entendo. Vamos ficar juntos de novo. Eu te amo e vou sempre estar com você."
Na manhã seguinte, minha mãe telefonou bem cedo para avisar que Vicki tinha morrido.
(James Malinchak)
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
A porta do lado
(Drauzio Varella)
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
A alegria, a tristeza, a vaidade e a sabedoria
- a alegria; - a tristeza; - a vaidade; - a sabedoria; e mais todos dos outros sentimentos e, por fim, o amor...
Um dia, os moradores foram avisados que aquela ilha ia se afundar. Mas o amor ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha antes que ela se afundasse. Quando, por fim, estava quase afogando, o amor começou a pedir ajuda. Nisso, veio a riqueza, e o amor disse:
- Riqueza, leve-me com você.
- Não posso, há muito ouro no meu barco, não há lugar para você.
Ele pediu ajuda à vaidade, que também vinha passando.
- Vaidade, por favor, ajude-me.
- Não posso ajuda-lo, você está todo molhado e poderia estragar o meu barco novo!
Então, o amor pediu ajuda à tristeza:
- Tristeza, deixe-me ir com você!
- Ah, Amor! Estou tão triste que prefiro ir sozinha.
Também passou a alegria, mas ela estava tão alegre que nem ouviu o amor chamar.
Já desesperado, o amor começou a chorar. Foi quando uma voz o chamou:
Venha, amor, eu levo você!
Era um velhinho, mas o amor ficou tão feliz que esqueceu de perguntar-lhe o nome.
Chegando do outro lado da margem, ele perguntou à sabedoria:
- Sabedoria, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui?
A sabedoria respondeu:
- Era o tempo!
- O tempo? Mas por que só o tempo me trouxe?
A sabedoria respondeu:
- Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande amor. Dê o tempo ao tempo, pois, no tempo certo, o tempo vai lhe dar tempo, para que lhe dê tempo de pensar e como tempo aprender. Só o tempo apaga e relembra o que já se passou. O tempo ajuda, o tempo ensina, o tempo perdoa. Só o tempo, na sua essência, nos traz a sabedoria de discernir como agir.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
A aposta dos sentimentos ruins
Certa vez, os piores sentimentos que existem apostaram entre si qual deles seria capaz de tomar o lugar da Felicidade que vivia numa casa de família.
O primeiro sentimento a tentar foi a Solidão, porém, em poucos minutos ela saiu de lá, muito decepcionada com seu próprio fracasso. Mas, não contou para os outros sentimentos o quê a levou a fracassar.
O próximo a tentar foi a Tristeza, mas, antes de bater à porta, espiou pela janela e desistiu. Ela também não contou nada para os outros.
O Desespero, a Ansiedade, o Ódio e a Culpa também fracassaram e, igualmente, nada contaram.
Um dia, quando a família saiu para passear com a Felicidade, a Curiosidade e o Atrevimento invadiram a casa, para tentar descobrir porque nenhum sentimento ruim conseguia entrar ou permanecer ali. Eles pensavam que iam poder xeretar à vontade, mas levaram um susto muito grande, pois, a casa não estava vazia, o Amor estava lá, cuidando de tudo.
Os dois saíram correndo e gritando: - É o Amor! O Amor vive nesta casa. - Desistiram, pois onde mora o Amor a Felicidade mora junto e não sobra lugar para nenhum sentimento ruim.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
A Missão Dos 12 Signos
Uma por uma, cada criança deu um passo à frente para receber o Dom e a função que lhe cabia.
Áries A ti, Áries , dou a primeira semente para que tenhas a honra de plantá-la. Para cada semente que plantares, mais outro milhão de sementes se multiplicará em suas mãos. Tua vida é ação, e a única ação que te atribuo é a de dar o passo inicial para tornar os homens conscientes da Criação.
Por este trabalho Eu te concedo a Virtude do Respeito por Si mesmo.
Touro Touro ,a ti,Eu dou o poder de transformar a semente em substância. Grande é a tua tarefa, e requer paciência; pois tem que terminar tudo o que foi começado, para que as sementes não sejam desperdiçadas pelo vento. Não deves assim questionar, também não deves mudar de idéia no meio do caminho, nem depender dos outros para a execução do que te peço.
Para isso Eu te concedo o Dom da Força. Trata de usá-la sabiamente.
GêmeosA ti, Gêmeos , Eu dou as perguntas sem respostas, para que possas levar a todos um entendimento daquilo que o homem vê ao seu redor. Tu nunca saberás porque os homens falam ou escutam.
E em tua busca pela resposta encontrarás o Meu Dom reservado a Ti: O Conhecimento.
Cancer A ti, Cancer , atribuo a tarefa de ensinar aos homens a emoção. Minha idéia é que provoques neles risos e lágrimas, de modo que tudo o que eles vejam e sintam desenvolva uma plenitude desde dentro.
Para isso, Eu te dou o Dom da Família, para que sua plenitude possa me multiplicar.
Leão A ti, Leão ,atribuo a tarefa de exibir ao mundo Minha Criação em todo o seu esplendor. Mas deves ter cuidado com o orgulho, e sempre lembrar que é Minha a criação e não tua. Se o esqueceres serás desprezado pelos homens. Há muita alegria em teu trabalho, basta fazê- lo bem.
Para isso, Eu te concedo o Dom da Honra.
Virgem A ti, Virgem ,peço que empreendas um exame de tudo o que os homens fizerem com Minha Criação. Terás que observar com perspicácia os caminhos que percorrem, e lembrá- los de seus erros, de modo que através de ti minha Criação possa ser aperfeiçoada.
Para que assim o faças, Eu te concedo o Dom da Pureza.
Libra A ti, Libra ,dou a missão de servir, para que o homem esteja ciente de seus deveres para com os outros, para que ele possa aprender a cooperação, assim como a habilidade de refletir o outro lado de suas ações. Hei de te levar onde quer que haja discórdia.
Por teus esforços te concederei o Dom do Amor.
Escorpião A ti, Escorpião ,darei uma tarefa muito difícil. Terás a habilidade de conhecer a mente dos homens, mas não te darei permissão de falar o que aprenderes. Muitas vezes te sentirás ferido por aquilo que vês e em tua dor te voltarás contra Mim, esquecendo que não sou Eu, mas a perversão de Minha Idéia, o que te faz sofrer. Verás tanto e tanto do homem quanto animal, e lutarás tanto com os instintos em ti mesmo, que perderás o teu caminho.
Mas, quando finalmente voltares, terei para ti o Dom Supremo da Fidelidade.
Sagitário A ti, Sagitário , eu peço que faças os homens rirem, pois entre as distorções da Minha Idéia eles se tornam amargos. Através do riso darás aos homens a esperança, e por ela voltarás seus olhos novamente para Mim. Chegarás a ter muitas vidas, ainda que só por um momento,
e em cada vida que atingires, conhecerás a inquietação.
A ti darei o Dom da Infinita Abundância, para que te possas expandir o bastante, até atingir cada recanto onde haja escuridão e levar aí a luz.
Capricórnio De ti, Capricórnio ,quero o suor de tua fonte, para que possas ensinar aos homens o trabalho. Não é fácil tua tarefa, pois sentirás todo o labor dos homens sobre teus ombros.
Pelo jugo de tua carga, te concedo o Dom da Responsabilidade.
AquárioA ti, Aquário dou o conceito de futuro, para que através de ti, o homem possa ver outras possibilidades. Terás a dor da solidão, pois não te permito personalizar o Meu amor. Para que possas voltar os olhares humanos em direção a novas possibilidades, Eu te concedo o Dom da Liberdade, de modo que, livre, possas continuar a servir a humanidade onde quer que ela esteja.
PeixesE finalmente, a ti, Peixes ,dou a mais difícil de todas as tarefas. Peço- te que reúnas todas as tristezas dos homens e as traga de volta para Mim. Tuas lágrimas serão, no fundo, Minhas lágrimas. A tristeza e o padecimento que terás de absorver são o efeito das distorções impostas pelo homem à Minha Idéia, mas cabe a ti levar até ele a compaixão, para que possa tentar de novo.
Por esta tarefa eu te concedo o Dom mais alto de todos: tu serás o único de Meus doze filhos que Me compreenderá. Mas este Dom do Entendimento é só para ti, Peixes, pois quando tentares difundi- lo entre os homens, eles não te escutarão.
" Cada um de vós é perfeito, mas não compreendereis isso até que vós doze sejais Um.
Agora vão...." E as doze crianças foram embora executar suas tarefas entre os homens."
sábado, 17 de julho de 2010
Anjo da caixa de biscoito
Vivíamos num povoado muito pequeno. Sabe, o tipo de povoado tão pequeno que todo o mundo conhece todo o mundo, e absolutamente todos conhecem os negócios de todos.
Meu primo abriu uma pequena loja de roupas e me deu meu primeiro emprego. Eu abria a loja toda manhã, ficava ali o dia todo e fechava à noite.
Um dia, tive que levar Brian comigo porque minha mãe, que normalmente cuidava dele, naquele dia não podia tomar conta dele. Brian estava sentado no chão ao meu lado comendo biscoitos quando uma mulher de meia-idade - que eu nunca tinha visto antes - entrou na loja. Disse que não procurava por nada específico, apenas olhando.
Repentinamente, sem aviso, Brian engasgou violentamente; e posso lhe contar que ele estava realmente muito mau. Fiquei apavorada. Eu não sabia o que fazer. Aquele anjo de senhora pegou-o e "trabalhou" até que ele desengasgou. Ela então sorriu e me devolveu Brian, ele e eu chorando. Ela deixou a loja e nunca mais a vi.
Verifiquei em todo o povoado - que como mencionei antes, era o tipo de povoado pequeno onde todos se conhecem e todos sabem sobre a vida de todos - e ninguém na comunidade sabia de uma mulher com aquela descrição!
De alguma forma, seria o guardião de Brian?
terça-feira, 13 de julho de 2010
O JIPE
Um jovem cumpria o seu dever cívico prestando serviço ao exército, mas era ridicularizado por ser cristão. Um dia o seu superior hierárquico, na intenção de humilhá-lo na frente do pelotão, pregou-lhe uma peça…
-Soldado Coelho, venha até aqui!
-Pois não Senhor.
-Segure essa chave. Agora vá até aquele jipe e o estacione ali na frente.
- Mas senhor, o senhor sabe perfeitamente que eu não sei dirigir.
- Soldado Coelho, eu não lhe perguntei nada. Vá até o jipe e faça o que eu lhe ordenei…
- Mas senhor, eu não sei dirigir!
- Então peça ajuda ao seu Deus. Mostre-nos que Ele existe.
O soldado não temendo, pegou a chave das mãos do seu superior e foi até o veículo. Entrou, sentou-se no banco do motorista e imediatamente começou sua oração.
“Senhor, tu sabes que eu não sei dirigir. Guie as minhas mãos e mostre a essas pessoas a sua fidelidade. Eu confio em Ti e sei que podes me ajudar. Amém.”
O garoto, manobrou o veículo e estacionou perfeitamente como queria o seu superior.
Ao sair do veículo, viu todo o pelotão chorando e alguns de joelhos…
- O que houve gente? – perguntou o soldado.
- Nós queremos o teu Deus, Coelho.
- Como fazemos para tê-lo? Perguntou o seu superior.
- Basta aceitá-lo como seu Senhor e Salvador. Mas por que todos decidiram aceitar o meu Deus?
O superior pegou o soldado pela gola da camisa, caminhou com ele até o jipe enxugando suas lágrimas.
Chegando lá, levantou o capô do veículo e mostrou-lhe que o Jipe estava sem o motor!
DEUS CUIDA DOS SEUS E NÃO PERMITE QUE NINGUÉM NOS HUMILHE. SEJA VOCÊ TAMBÉM UMA SEMENTE DE JESUS E VOCÊ SEMPRE COLHERÁ O BEM!.
Autor Iasmin Negreiros
sexta-feira, 9 de julho de 2010
A lei do caminhão de lixo
O motorista do táxi pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz! O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós. O motorista do táxi apenas sorriu e acenou para o cara. E o fez bastante amigavelmente.
Assim, perguntei:
- Por que você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!
Foi quando o motorista do táxi me ensinou o que eu agora chamo "A Lei do Caminhão de Lixo". Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva e de desapontamento.
À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso como pessoal. Apenas sorria, acene, deseje-lhes o bem, e vá em frente.
Não pegue o lixo delas e espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas.
O princípio disso é que pessoas bem-sucedidas não deixam os seus caminhões de lixo estragarem o seu dia. A vida é muito curta para levantar com remorso, assim... Ame as pessoas que te tratam bem. Ore pelas que não o fazem.
A vida é 10% o que faz dela e 90% a maneira como a recebe! Tenha um dia abençoado, livre de lixo!
Um quilo de paz
Washington é um garoto de 12 anos e mora em São Paulo. Filho de uma família muito rica tinha de tudo, mas não era feliz. Com poucos amigos, sentia falta de algo importante: a paz. Certo dia, pediu dinheiro a sua mãe para comprar um "negócio". A mãe, sem perguntar pra quê, entregou-lhe o dinheiro. O garoto entrou numa loja e pediu:- Quero um quilo de paz. A balconista, irritada, sem lhe dar atenção, respondeu:- Aqui não se vende paz! Passou em outra loja, em um bar, numa padaria. Depois de andar muito, cansou de ser debochado e voltou para casa. Sentou no sofá, pensativo: onde compraria a paz? O toque da campainha quebrou seus pensamentos.
Ao abrir a porta, um senhor bastante idoso suplicou:- Por favor, meu bom menino, há dois dias que não ponho nada na boca, não agüento mais de fome. Pode me dar algo para comer?- O senhor sabe me dizer onde eu posso comprar a paz? - pergunta o menino, ainda preocupado com o seu problema. - Sim, me traga algo para comer que eu te digo.
Ansioso, mais do que depressa Washington foi até a cozinha. Voltou com um prato transbordando de comida e um copo de suco de laranja. Sentou-se ao lado do homem, ouvindo-o atentamente. - Olha, meu amigo. Existe um dinheiro com o qual podemos comprar a paz. É com o nosso coração. - Mas se eu tirar o coração, como posso viver? - pergunta o garoto, confuso. - Com o coração quero dizer: quando fazemos o bem aos nossos irmãos! Hoje, eu sei que você vai se sentir muito feliz, com muita paz, por ter me tratado bem, por ter me dado um prato de comida. Sentiria o mesmo se tivesse feito a outra pessoa. - É verdade? - pergunta Washington - puxa, estou tão feliz só de ouvir o senhor me falar isso!
Daquele dia em diante, o garoto refletiu muito sobre aquela conversa e como se sentira feliz ao ajudar alguém. Continuou praticando o bem. E, como por encanto, começou a ter muitos amigos. Assim, pôde confirmar que a paz está dentro de cada um de nós, basta cultivá-la.
Você costuma cultivar paz?
Aspectos de sofrimento
Trabalhou o dia todo, atendeu pessoas, suou muito, e, ao final da tarde estava exausto. Gostaria de ir para casa, tomar um banho, descansar, mas ainda teria que enfrentar uma sala de aula, sem ar condicionado. "Sou um infeliz!", pensou consigo mesmo. Mas o que fazer? Era preciso ir para a Universidade, pois era cumpridor de seus deveres e a responsabilidade o chamava.
Jogou rapidamente um pouco de água fresca no rosto, pegou a tradicional pasta com os materiais de estudo, e lá se foi... Caminhava pelas ruas e sentia mais e mais o desconforto do calor, a roupa úmida de suor, e se sentia ainda mais infeliz. "Oh vida dura! Não ter tempo nem para tomar um banho para aliviar a canseira, é demais"... Pensava.
"Ainda se eu tivesse um carro para não ter que enfrentar esse calor infernal do asfalto!"... Subia uma ladeira, cabisbaixo, mergulhado nos próprios pensamentos, quando escutou, ao longe, uma melodia que alguém assoviava, com musicalidade e alegria. Olhou para trás, mas não avistou ninguém. Intrigado com o assovio que se tornava mais próximo a cada passo, percebeu que a sua frente algo se movia lentamente.
Apressou o passo e foi se aproximando de um homem que se arrastava, lentamente, ladeira acima, com o auxílio das mãos. O homem não tinha pernas, e uma lona de borracha envolta no que restara de suas coxas eram seus sapatos... Como seus passos eram demasiado lentos, ele podia assoviar, admirar a paisagem, agradecer a Deus pela vida... O jovem, diante daquela cena, sentiu-se profundamente constrangido. Como pudera ter se deixado levar por tamanha ingratidão e infelicidade, por tão pouco?!...
Olhando a situação daquele homem que se movia com tanta dificuldade e expressava sua alegria assoviando, ele ergueu a cabeça e seguiu com outra disposição de ânimo. Agora ele já não se achava a mais infeliz das criaturas, só porque o suor e o cansaço o incomodavam no momento... O sofrimento tem a dimensão que nós lhe damos.
Por vezes, mergulhamos de tal forma nos próprios problemas que não percebemos que eles são pequenos demais para nos tirar a disposição e a alegria de viver. Há momentos em que as nossas lágrimas nos impedem de perceber o remédio, que está ao alcance de nossas mãos.
Às vezes é preciso que se apresente uma situação mais grave que a nossa, ou um problema maior, para que possamos avaliar as reais dimensões de nossos sofrimentos. Isso não quer dizer que devamos ignorar as dificuldades que surgem no caminho, mas que devemos estar atentos para não permitir que nossas dores nos tornem egoístas e insensíveis.
É importante refletir sobre o que leva uma pessoa sem pernas, que se arrasta pelas ruas, a fazer isto assoviando em vez de reclamar e se considerar o mais infeliz dos seres. Talvez essa pessoa entenda que a reclamação não tornaria a sua situação melhor, mas a alegria faz o sofrimento desaparecer. Assim, por uma questão de inteligência e bom senso, quando a situação estiver muito difícil, lembre-se daquele homem que em vez de subir a ladeira chorando, sobe assoviando.
Intenção e confiança
Alguns passantes o olhavam intrigados, outros o achavam doido e outros até davam-lhe dinheiro. Todos os dias, antes de dormir, ele contava dinheiro e notava que a cada dia a quantia era maior.
Numa bela manhã, um importante e arrojado executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e lhe disse: - Você é muito criativo! Não gostaria de colaborar numa campanha da empresa?
- Vamos lá. Só tenho a ganhar! - respondeu o mendigo.
Após um caprichado banho e com roupas novas, foi levado para a empresa. Daí para frente sua vida foi uma seqüência de sucessos e a certo tempo ele tornou-se um dos sócios majoritários. Numa entrevista coletiva à imprensa, ele esclareceu de como conseguira sair da mendicância para tão alta posição.
Contou ele: - Bem, houve época em que eu costumava me sentar nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia: "Sou um nada neste mundo! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um homem fracassado e maltratado pela vida! Não consigo um mísero emprego que me renda alguns trocados! Mal consigo sobreviver"!
As coisas iam de mal a pior quando, certa noite, achei um livro e nele atentei para um trecho que dizia: "Tudo que você fala a seu respeito vai se reforçando. Por pior que esteja a sua vida, diga que tudo vai bem. Por mais que você não goste de sua aparência, afirme-se bonito. Por mais pobre que seja você, diga a si mesmo e aos outros que você é próspero".
- Aquilo me tocou profundamente e, como nada tinha a perder, decidi trocar os dizeres da placa para: "Vejam como eu sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado".
- E a partir desse dia tudo começou a mudar, a vida me trouxe a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje. Tive apenas que entender o Poder das Palavras. O Universo sempre apoiará tudo o que dissermos, escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará se manifestando em nossa vida como realidade. Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que nossa aparência é horrível, que nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas fiquem piores ainda, pois o Universo as reforçará. Ele materializa em nossa vida todas as nossas crenças.
Uma repórter, ironicamente, questionou: O senhor está querendo dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a sua vida?
Respondeu o homem, cheio de bom humor: - Claro que não, minha ingênua amiga! Primeiro eu tive que acreditar nelas!
Mande o melhor
Quando voltou para o carro notou que havia travado a porta e que deixara as chaves lá dentro. Estava apressada para chegar em casa, aflita para ver seu bebê, não sabia o que fazer.
Telefonou para a babá, contou o que havia acontecido e que não conseguia abrir a porta do carro. A babá lhe disse que a criança estava pior e acrescentou: "A senhora precisa encontrar um pedaço de arame e usá-lo para abrir a porta". Olhando em volta ela viu no chão um pedaço de arame que alguém provavelmente já usara para o mesmo fim. Pegou-o e disse para si mesma: "Eu não sei como usar isto"!
Sua cabeça pendeu pesadamente e ela pediu a Deus que lhe mandasse ajuda. Em menos de 5 minutos um carro velho e enferrujado encostou e dele desceu um homem muito sujo, barbudo, usando um imundo boné de lã.
A mãe pensou: "Ó, Deus, é isso que o Senhor envia para ajudar-me”? "Mas estava tão desesperada, que até sentiu-se grata”.
O homem veio ao seu encontro e perguntou se podia ajudar.
Disse ela: "Sim, meu bebê está muito doente, eu parei o carro aqui para comprar remédios e bati a porta do carro, deixando as chaves lá dentro”.
Eu preciso socorrer meu bebê! Preciso ir para casa! “Por favor, o senhor sabe como usar este arame para abrir o carro"?
Disse ele "claro que sim", dirigindo-se para o veículo. Em poucos segundos a porta estava aberta.
Ela abraçou o homem e em lágrimas lhe disse: "Muito obrigada! O senhor é um homem muito bom"!
Ele retrucou: "Senhora, eu não sou um homem bom, saí da cadeia há menos de uma hora: eu estava preso por roubo de carros".
Ela sentiu seu coração vibrar de gratidão, abraçou o homem novamente e, chorando mais ainda, ergueu a cabeça para o céu e gritou bem alto: "OBRIGADA , DEUS , POR ME MANDAR UM PROFISSIONAL”.
Você se considera um guerreiro?
Recordemos Mabel Hubbard, que aos quatro anos de idade teve um violento ataque de escarlatina e se tornou apática e calada. Alguns dias depois, a criança reclamou: "por que os pássaros não cantam? Por que vocês não falam comigo?" As perguntas cortaram o coração dos pais que, só então, perceberam que a enfermidade deixara sua filha completamente surda. Mas ela tinha uma vantagem sobre as demais crianças que nasciam surdas. Ela sabia falar. Como preservar isso era o grande desafio para seus pais. O diretor de uma escola para cegos, em Boston, lhes disse que eles poderiam preservar a fala da filha, desde que a obrigassem a falar sempre, que jamais aceitassem gestos. Que eles a ensinassem pela vibração. Fizessem-na sentir a garganta, o ronronar do gato, o piano. E ler o movimento dos lábios. Assim foi, embora fosse doloroso por vezes não dar à criança o leite que apontava insistente. Não, até ela pedir: quero leite. Ou então fingir que não estavam vendo seus gestos desesperados para ir passear, até que ela falasse: "quero ir passear. Quero sair." Quatro anos depois, Mabel estava adaptada em todos os aspectos à vida normal. A professora que ensinava suas outras irmãs a ela também o fez. Ela aprendeu a ler, escrever, soletrar. A outra batalha que seus pais precisaram superar foi com o próprio legislativo estadual.
Naquela época as crianças surdas, ao atingirem 10 anos de idade, eram simplesmente despachadas para asilos no estado vizinho. E o pai, advogado, começou a lutar para que se elaborassem leis para a criação de escolas para surdos. A própria Mabel foi levada frente a uma comissão a fim de provar que crianças surdas tinham capacidade de aprendizado. Um dos funcionários afirmou que a recuperação da fala pela criança surda custava mais do que compensaria ouvi-la falar. Além do que, concluía, mesmo que o surdo dissesse algumas palavras, por maior que fosse o êxito atingido na articulação das palavras, a sua inteligência continuaria sempre em trevas.
Mabel derrubou as afirmativas, demonstrando seus conhecimentos de história, geografia, matemática, respondendo às questões que lhe foram formuladas e lendo de forma fluente. Nada intimidou a menina. Ela fora criada numa família com muitos parentes. Estava acostumada a viver em meio a muita gente. Ao lhe perguntarem se era surda, ela olhou para sua professora e, intrigada, indagou: "senhorita, o que é uma criança surda?" Até então não percebera que era diferente. Essa criança se tornou mais tarde a esposa de um homem que desde sua meninice vivia às voltas com o som: Alexander Graham Bell. Tornou-se uma pessoa excepcional.
Era alegre, espirituosa, imensamente cativante. Durante quase 50 anos ela amparou e inspirou seu brilhante e excêntrico marido, o inventor do telefone. Você sabia que a capacidade do espírito humano de sobrepor-se às adversidades e vencer limitações, está muito além do que se possa imaginar? Em verdade, quem comanda o corpo é o espírito e, se este colocar em ação sua férrea vontade superará obstáculos considerados impossíveis.
O empurrão
Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões. Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? Pensou ela.
O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar?
Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final o empurrão.
A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida.
Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia. O empurrão era o menor presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo ato de amor.
Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram!
Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia. São elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar
História verídica
Nada. Caminhei para fora do acampamento e felizmente meus palavrões foram abafados pelo barulho do riacho. Minha mulher e eu concluímos que éramos vítimas de uma bateria arriada. Sem alternativa, decidi voltar a pé até a vila mais próxima e procurar ajuda. Depois de uma hora e um tornozelo torcido, cheguei finalmente a um posto de gasolina.
Ao me aproximar do posto, lembrei que era domingo e, é claro, o lugar estava fechado. Por sorte, havia um telefone público e uma lista telefônica já com as folhas em frangalhos. Consegui ligar para a única companhia de auto-socorro que encontrei na lista, localizada a cerca de 30 quilômetros dali.
- Não tem problema. - disse a pessoa do outro lado da linha - Normalmente estou fechado aos domingos, mas posso chegar aí em mais ou menos meia hora. Fiquei aliviado, mas ao mesmo tempo consciente das implicações financeiras que essa oferta de ajuda me causaria.
Logo seguíamos, eu e o Zé, no seu reluzente caminhão-guincho em direção ao acampamento. Quando saí do caminhão, observei com espanto o Zé descer com aparelhos nas pernas e a ajuda de muletas para se locomover. Santo Deus! Ele era paraplégico!
Enquanto se movimentava, comecei novamente minha ginástica mental em calcular o preço da sua ajuda. É só uma bateria descarregada, uma pequena carga elétrica e vocês poderão seguir viagem, ele me dizia. O homem era impressionante. Enquanto a bateria carregava, distraiu meu filho com truques de mágica e chegou a tirar uma moeda da orelha, presenteando-a ao garoto.
Enquanto colocava os cabos de volta no caminhão, perguntei quanto lhe devia. - Oh! Nada - respondeu, para minha surpresa. -Tenho que lhe pagar alguma coisa - insisti. - Não. - reiterou ele - Há muitos anos, alguém me ajudou a sair de uma situação muito pior, quando perdi as minhas pernas, e o sujeito que me socorreu simplesmente me disse: "quando tiver uma oportunidade, passe isso adiante".
Eis minha chance. Você não me deve nada! Apenas lembre-se: quando tiver uma oportunidade semelhante, faça o mesmo. Somos todos anjos de uma asa só. Precisamos nos abraçar para alçar vôo.
Com arte e ternura
Há coisas que eu nunca entendi e nunca vou entender na natureza, assim como há coisas dentro de mim que nunca entendi e nunca entenderei. O que eu sei é que o Deus que nos criou cuida de nós, como cuida daquela folha, colocando nela o orvalho que a alimenta e mata sua sede. Ele tem classe, arte e ternura. Os detalhes são impressionantes. Detalhes microscópicos e macroscópicos. Há detalhes no mar, no girar do planeta, nas estações e no tempo de cada vida. Há detalhes de cor e leveza. A flor que fotografei, cheia de mil pontinhos coloridos, vicejou apenas quatro dias. Duvido que alguém conseguiria fazer uma obra-de-arte como aquela.
Não sou botânico, nem sei explicar o ciclo das plantas, mas sei que elas têm seu tempo de vida. Um pequeníssimo detalhe determina se alguém pode se alimentar delas. Sei que elas morrem, mas ajudam a gerar novas vidas.
Não entendo o mistério da semente que esconde dentro do seu ser pequenino grandes árvores, mas sei que há um projeto. Aquele que criou o DNA de tudo tinha, certamente, uma razão para fazer o que fez e do jeito que fez.
Todas as manhãs, quando tenho chance, vejo as aranhas construindo suas teias, os pássaros cantando em busca do alimento, as folhas balançando e todo o processo de Criação seguindo seu curso. Olho para mim mesmo, para o lado e para o firmamento que é o céu da Terra e imagino como seria o Céu de Deus. Ao pensar nele, eu me pergunto: - Por que será que ele fez assim e não de outro jeito? O que será que ele quer?
Não me passa pela cabeça a idéia do acaso. Não pode ser acaso que a Terra gira com precisão de segundos, que muda de cinco a seis vezes de posição para receber a luz do sol em cima, em baixo, nos lados, frente e verso. Alguém queria que ela recebesse a luz do sol, de maneira a não nos torrar... Alguém queria a vida neste planeta do jeito que é. Fatalmente vem outra pergunta: - O que será que ele quer de mim? Por que me pôs aqui, agora, neste tempo, nesta era e nesta hora? Às vezes, eu não tenho respostas, mas não é por isso que deixarei de perguntar. Não nascemos por acaso. Alguém nos quis aqui.
terça-feira, 29 de junho de 2010
O fracasso pode ser uma bússola
Achar também que a felicidade só chegará quando o ideal for alcançado é o que acontece com 90% das pessoas. Tem gente que diz "ah, eu só serei feliz quando tiver um apartamento de cobertura ou quando tiver um carro importado e por aí afora..." Vincular uma coisa à outra acaba levando ao fracasso.
A felicidade tem que estar no caminho da conquista. Enquanto você estiver trilhando o caminho para o ideal, estará feliz. Esse é o segredo. É importante você descobrir a sua melhor aptidão. Muitas pessoas pensam assim: eu preciso ganhar dinheiro. Mas quem puder exercer sua aptidão vai ganhar muito mais dinheiro com ela, porque saberá fazer o trabalho bem feito. A receita é a combinação de dois fatores: aptidão e competência.
Aptidão você tem, competência você desenvolve, você aprende. Pessoas que venceram na vida transformaram o treinamento em hábito.
Existem pessoas que até chegam ao sucesso por acaso, mas caso não se preparem para sustentá-lo, perdem tudo. É comum ver artistas e esportistas fazerem sucesso da noite para o dia. As pessoas se deixam levar muito por esses modelos de sucesso, mas quando almejam uma coisa que não tem a ver com a sua aptidão, pagam um preço muito caro. É preciso saber lidar com o fracasso.
É preciso fazer dele uma bússola. Quando a gente fracassa, descobre o caminho por onde não é bom ir. Também não é bom projetar expectativas nos outros. Se em vez de assumir sua incapacidade a pessoa simplesmente joga a culpa no outro, não cresce e não realiza sua vida. Enquanto você não assumir a responsabilidade pelo que acontece, vai achar que tudo o que faz está bom. No dia em que assumir, você cresce. Existe também um preço a pagar pela realização do ideal. Fazer um curso no sábado ou ficar 15 dias mergulhado num trabalho, preencher um relatório que tem de ser preparado... Sempre haverá um preço a pagar, mas muita gente não está disposta a isso. O que é preciso fazer? Primeiro, descobrir sua aptidão, depois, desenvolver a sua competência e aí então, estabelecer um foco, evitar “negativos” de plantão que só falam sobre notícias ruins e assumir a responsabilidade por sua vida. Eis aí uma receita de sucesso com ideal de vida, mostrando que a viagem pode ser tão boa quanto o destino, mas entendendo que a felicidade não é o destino, e sim, a viagem.
A nobreza de Plácido Domingo
Em 1987, quis o destino que José Carreras tivesse um novo inimigo, bem mais perigoso e letal – uma leucemia. O aparecimento do cancro desregulou completamente a vida a Carreras. Deixou de participar em espectáculos, passando exclusivamente a dedicar o seu tempo a salvar a sua própria vida. Para isso, submeteu-se a desgastantes tratamentos, a uma transplante de medula óssea e a uma mudança de sangue. Para salvar a vida, Carreras tinha de se deslocar mensalmente aos Estados Unidos. Apesar de ser um homem com uma fortuna razoável, o tratamento e as frequentes viagens delapidaram-lhe o património. A situação era de tal maneira grave, que deixou de ter possibilidades de continuar os tratamentos nos Estados Unidos. O homem que encantara multidões com a sua voz sentia-se abandonado à sua triste sorte. Parecia que nada havia a fazer. É na altura que José Carreras pensa que já nada havia a fazer, que toma conhecimento da “Fundación Hermosa”, localizada em Madrid e que se destinava a apoiar o tratamento de doentes com leucemia. Como o importante era curar-se e já não tinha meios financeiros para fazer escolhas, o catalão José Carreras entregou-se de alma e coração àquela fundação, como a única esperança para o seu caso. Em boa hora o fez, porque foi através dela que recuperou a sua saúde e alegria de viver, e pode novamente continuar a cantar.
Depois de recuperado, lê os estatutos da “Fundación Hermosa” e não queria acreditar no que lia: o presidente da fundação era nem mais nem menos do que o seu inimigo Plácido Domingo. Aquele que mais odiava tinha fundado uma organização com o propósito de o salvar. Durante muito tempo, Plácido manteve o anonimato de modo a que o seu doente inimigo não se sentisse humilhado.
Passado algum tempo, Plácido Domingo iria dar um concerto em Madrid. Na altura em que estava a actuar, José Carreras interrompe a actuação do “inimigo”, sobe ao palco e numa atitude de grande humildade, ajoelha-se aos pés do seu novo Amigo, a quem pede desculpa e agradece publicamente o gesto que teve para consigo. Perante tal atitude, Plácido Domingo ajuda o seu novo Amigo a levantar-se e perante a enorme assistência dão um grande e comovido abraço, selando publicamente a nova Amizade.
Esta história podia terminar aqui, mas termino-a com uma resposta que Plácido Domingo deu a uma jornalista que o interrogou sobre a sua atitude, tomada precisamente com o seu principal inimigo e rival: “Porque uma voz como aquela não se podia perder”.
O que é ser solidário?
No fim de tarde, me reuni com alguns amigos em busca de doações... Nós pedimos que doassem o que pudessem, pois tudo era muito bem-vindo. No caminho de volta para casa vim pensando neste assunto e um questionamento me chamou atenção. Por que só nos lembramos do frio quando sentimos frio, da fome quando temos fome, do calor quando sentimos calor, das alegrias quando nos lembramos de bons momentos? Talvez a resposta seja: porque sentimos falta! E justamente a falta de solidariedade é que prejudica o mundo.
Hoje, para maioria das pessoas, não existe em seu dicionário a palavra solidariedade ou talvez seu significado não esteja bem claro. Eu me orgulho de ter ao meu lado pessoas que além de praticar, acreditam na palavra “solidário”. Existem pessoas que poderíamos citar como Betinho, que praticou e deixou sua eterna campanha contra fome, justiça, a desigualdade social.
Praticar a solidariedade não é doar só quando se lembra, não é dar comida a quem tem
fome, não é dar água para quem tem sede, é dedicar parte de seu tempo para quem precisa de ajuda. A doação faz parte das inúmeras coisas que podemos fazer na hora de sermos solidário. Não é a doação que lhe faz solidária, e sim a vontade de ajudar ao próximo.
Obrigação ou ajuda? Acho a palavra obrigação muito forte, e não gosto de usá-la. Temos a escolha de ajudar ou não. Ninguém é obrigado a ser solidário, somos porque queremos ser, e não por obrigação. Quem é solidário por obrigação não é solidário. Já ouvi diversas vezes pessoas falarem: eu não tenho tempo, ando tão atarefado, já basta minha casa, tem que faça por mim, e ainda alguns dizendo: “ninguém faz nada por mim, por que eu faria pelos outros?”.
Responsabilidade social é ser solidário? Acredito que sim, em uma amplitude maior, onde indiretamente ajudamos os outros sem a intimidade que afugenta o cidadão e que deixa de praticar a solidariedade, para não se envolver com o próximo.
Ser solidário é: envolver, ser uma opção para solução, sentir o problema do outro, deixar pra lá o orgulho, praticar o carisma, a empatia, é amar sem ter que ser amado, se lembrar do próximo em todos os momentos que temos a oportunidade de praticar o bem, ser amigo oculto. Pratique, tente, não desista, faça o bem sempre que possível, seja um voluntário oculto se quiser, doe por vontade de doar. Já que é fácil dizer: “não custa nada doar”, então dê tudo o que pode! Seja um cidadão, seja um pernambucano solidário, seja um brasileiro solidário!
***
Ao chegar em Palmares me deparei com uma cena que nunca esquecerei... Uma cidade destruída, algo inexplicável, cena de filme... Pessoas humildes, batalhadoras que perderam o pouco com tinham construído com muito trabalho. Ao chegar próximo a uma moradora que muito abalada lamentava a perda da sua casa, a única coisa que ela me pediu foi um abraço... porque nessas horas e diante de tão cena faltam palavras. Isso serve para nos mostrar que a solidariedade não se faz apenas com bens materiais, sua presença é importante na vida de alguém, mesmo que esse alguém nunca o tenha o visto antes.
As vítimas das enchentes de Pernambuco e Alagoas precisam de cada um de vocês da maneira que possam ajudar, sejam com doações e principalmente com orações, pois Deus nunca desampara seus filhos.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Bagagem da vida
A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas, pesa demais, então você pode escolher: ficar sentado à beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem. Você pode ficar a vida inteira esperando, até que seus dias acabem... Ou você pode aliviar o peso, esvaziando a mala. Mas, o que tirar? Você começa tirando tudo para fora...
Veja o que tem dentro: Amor, Amizade... Nossa! Tem bastante, curioso, não pesa nada... Tem algo pesado... Você faz força para tirar... Era a Raiva - como ela pesa! Aí você começa a tirar, tirar e aparece a Incompreensão, Medo, Pessimismo... Nesse momento, o Desânimo quase te puxa para dentro da mala... Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo da mala aparece um Sorriso, que estava sufocado no fundo da sua bagagem... Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a Felicidade... Aí você coloca as mãos dentro da mala de novo tira para fora um monte de Tristeza...
Agora, você vai ter que procurar a Paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante... Procure então o resto: a Força, Esperança, Coragem, Entusiasmo, Equilíbrio, Responsabilidade, Tolerância e o bom e velho Humor. Tire a Preocupação também. Deixe de lado, depois você pensa o que fazer com ela...
Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo. Mas, pense bem o que vai colocar dentro da mala de novo, hein. Agora é com você. E não se esqueça de fazer essa arrumação mais vezes, pois o caminho é MUITO, MUITO LONGO, e sua bagagem, poderá pesar novamente.
Como roubar um coração
Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda num vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago... E então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverão instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes e sabe por quê? Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava... E é assim que se rouba um coração, fácil não? Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!... E, se em algum momento, chegar a hora da partida, as coisas vão complicar, alguém terá que partir em o seu coração, pois quem roubou não aceitará fazer a devolução.
Vão tentar negociar, subornar, chantagear, tantas coisas, mas o ladrão não cederá, não poderá haver devolução porque um coração se consolidou junto ao outro e estarão num cantinho impenetrável que ninguém conseguirá alcançar.
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém...
É simples, é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, seqüestrados, furtados e jamais quem os levou aceitou fazer a devolução, nem mesmo... sob ordem de prisão!!!
A importância da fé
Foi o que aconteceu com o Sr.Joaquim, um homem forte e corajoso, mas que teve sua vida marcada por uma tragédia. Um acidente de automóvel ocorrido em uma rodovia de alta velocidade, quando voltava de viagem com amigos. Naquele momento de desespero, ele só se preocupou em saber notícias de seus colegas, e só após desmaiar e acordar em um hospital é que ele ficou sabendo a extensão da tragédia, dois dos três amigos que viajavam com ele havia morrido no acidente, o outro estava fora de perigo.
O Sr. Joaquim sofrera traumatismos interno e seu estado era gravíssimo, estava triste e quase sem forças para lutar pela sua própria vida, devido ao seu estado físico e a desolação por ter perdido os principais amigos de infância. Ele se sentia a pessoa mais abandonada do mundo, e vendo a correria dos médicos passando para lá e para cá sem sequer olhar para ele enquanto perdia as forças imaginava que não teria a menor chance.
Foi quando de repente entrou em seu quarto um rapaz muito jovem usando roupas de médico e disse: Bom dia, o senhor é o homem com a maior sorte que já conheci, o maior e mais respeitado especialista nesta área está aqui neste hospital e o senhor será operado por ele, meus parabéns.
Ao ouvir a fala do rapaz, ele encheu-se de esperanças novamente e começou a acreditar em sua recuperação, respirou fundo e foi para a sala de cirurgia cheio de entusiasmo.
No dia seguinte, passado o período da anestesia ao acordar a primeira coisa que fez foi perguntar pelo médico que o havia operado, pois queria conhecê-lo para agradecer pela sua vida, então a enfermeira pediu que aguardasse um momento e foi chamá-lo.
De repente entra na sala o mesmo rapaz que o havia conduzido para a sala de cirurgia, e o "seu Joaquim" lhe perguntou. Onde está o médico que me operou?
O senhor está diante dele, disse o rapaz sorridente, o senhor estava muito fragilizado e eu queria que se sentisse seguro e confiante, se lhe dissesse que eu seria o médico responsável pela sua cirurgia, eu não teria contado com sua confiança que foi fundamental para o sucesso da operação.
***
"Até o mais forte dos homens sucumbe ao desespero quando acaba sua fé:"
O poder da perseverança
Entre os corredores estava um jovem inglês de nome Derek Redmond. Seu sonho era, provavelmente, o mesmo dos demais competidores que se alinhavam na linha de partida: ser campeão. Dada a largada, os competidores disputavam passada-a-passada a vaga para as finais. Derek vinha com boas chances de classificação; seriam segundos decisivos na vida de quem treinou muito, se preparou, passou dor e cansaço, mas estava ali para fazer valer o esforço de uma vida de dedicação. Porém, a vontade de Derek era "extra", pois depois das Olimpíadas de Seul, quatro anos antes, o atleta havia passado por cinco operações em ambos os tendões de Aquiles, para se recuperar em tempo de estar ali correndo, como os outros, atrás de um sonho.
Porém, pouco depois da largada, seu tendão direito se rompeu. Derek foi ao chão, sentindo muita dor. Era o fim da corrida para ele. O sonho tinha escapado por entre seus dedos e agora restava somente a forte dor. As câmeras não focalizaram Derek caído, mas sim o campeão Steve Lewis, que completou a prova em 44s50.
Determinado a concluir a prova, ele se levanta com muita dificuldade e, saltando sobre um dos pés, retoma a corrida, obviamente sem a menor chance de classificação. Foi quando seu pai, Jim Redmond, de 49 anos de idade, desceu a arquibancada, escalou a divisória e saltou para a pista antes que qualquer fiscal o pudesse impedir, alcançando seu filho. A multidão - em pé - começou a aplaudir ao perceber que Derek estava participando da corrida da sua vida. O jovem corredor apoiou sua cabeça no ombro direito do pai, e juntos eles percorreram o que restava da pista até a linha de chegada, sob os aplausos de incentivo da multidão de espectadores.
***
Quer você queira, quer não, as dificuldades e tropeços da vida sempre existirão. Por mais preparado que você acredite estar, em algum momento da vida você vai se encontrar num beco sem saída, e o pior é que você pode ter se preparado muito para a "corrida da sua vida" e, de um instante para outro, ver suas chances reduzidas à zero.
Quantos desistem frente aos fracassos...
Quantos se ressentem, amarguram e desistem quando encontram dificuldades...
Talvez seja próprio do ser humano esquecer o quê o motiva a continuar em frente. Presencio, com tristeza, a grande massa de pessoas que não tem a menor ideia do que estão fazendo de suas próprias vidas...
Todos nós temos dificuldades e tropeços, mas poucos têm a capacidade de se resignar e seguir em frente, esquecendo os tropeços momentâneos.
Problemas, quem não os tem?
A diferença fundamental entre quem vence e quem perde está em como encarar seus fracassos. E mais, como aproveitar as lições que a derrota momentânea traz.
Mais importante que ganhar é completar a corrida! Da próxima vez que você cair, lembre-se de Derek, e continue sua corrida, mesmo que não tenha mais chance de chegar em primeiro lugar. E jamais esqueça que a vida não é composta de uma única corrida, mas sim várias; perder uma não dá à você o direito de desistir.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
A certeza da sobrevivência
Como o diretor se sensibilizara com o pedido e Rick concordou, eles foram à casa do garoto. No trajeto de 14 quilômetros, Rick descobriu algumas coisas. O menino era portador de distrofia muscular. Quando nascera, os médicos disseram a seus pais que ele não viveria até os 5 anos. Depois, que ele não chegaria aos 10. Ele estava com 13 anos, e era um lutador.
Queria conhecer Rick porque ganhara a medalha de ouro nas olimpíadas e ele, Matthew sabia tudo sobre superar obstáculos e correr atrás de sonhos.
Durante uma hora conversaram e, em nenhum momento, Matthew reclamou da sua situação, nem questionou: por que eu? Falou sobre vencer e correr para alcançar os seus sonhos. Não comentou que seus colegas de turma gozavam dele, às vezes, porque ele era diferente. Falou apenas de suas esperanças para o futuro e de como, um dia, haveria de conseguir fazer levantamento de peso.
Quando a conversa se encerrou, Rick tirou de sua pasta a medalha de ouro que ganhara por levantamento de peso e a colocou no pescoço do garoto. Disse a Matthew que ele era um vencedor e que sabia mais sobre sucesso e superar obstáculos do que ele próprio.
O menino olhou a medalha, depois a devolveu, dizendo: Rick, você é um campeão. Mereceu esta medalha. Algum dia, quando for para a olimpíada e ganhar a minha medalha de ouro, vou mostrá-la a você.
Quando chegou o verão, Rick recebeu uma carta dos pais de Matthew. Ele havia morrido, mas endereçara-lhe uma carta que escrevera apenas alguns dias antes de partir.
Rick a abriu e leu:
Caro Rick, minha mãe disse que eu deveria lhe mandar uma carta agradecendo pela foto legal que você me mandou. Eu também queria contar que os médicos disseram que não vou viver muito tempo. Está ficando muito difícil respirar e eu me canso com facilidade. Mas ainda sorrio o quanto posso. Sei que nunca vou ser tão forte quando você e sei que nunca vamos levantar peso, juntos. Um dia eu disse a você que iria à olimpíada e ganharia uma medalha de ouro. Agora sei que nunca vou fazer isso. Mas sei que sou um campeão. E Deus também sabe. Ele sabe que eu não desisto. Por isso, quando eu chegar do outro lado, Deus vai me dar uma medalha de ouro. E quando você chegar lá, eu vou mostrá-la a você. Obrigado por me amar. Seu amigo. Matthew
A conquista brilhante da auto-confiança
Então, a única diferença entre um otimista e um pessimista é o que eles escolhem como centro de seus pensamentos e é você quem tem a liberdade de escolher que tipo de pensamento vai conservar e quais vai dispersar... Por isso, diga "não" aos pensamentos que causam um estado de espírito negativo e procure outros que provoquem otimismo e alegria. Outro recurso para adquirir autoconfiança é a escolha das influências que deseja receber. Você sabe, estamos expostos a todo tipo de influência e opiniões diariamente. Por isso saiba exatamente o que o influencia e escolha à quais influências expor-se.
Inunde a sua mente com pensamentos e ideias animadoras e positivas... Leia biografias de pessoas que fizeram coisas extraordinárias... Desenvolva a imunidade ao pessimismo de modo a não absorvê-lo. Por fim, cuidado com as comparações. A maneira rápida de você acabar com sua autoconfiança é comparar-se com pessoas erradas... Portanto, não coloque ninguém em um pedestal...
A melhor maneira de agir é esquecer as comparações e escolher alguém de valor como exemplo uma pessoa que tenhas qualidades e características que você admira e que poderá lhe ensinar alguma coisa.
Cinco minutos
- Um bonito garoto. O homem respondeu e completou,
- Aquela usando vestido branco, pedalando em sua bicicleta, é minha filha. Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha. - Melissa, o que você acha de irmos?
E Melissa suplicou: - Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos.
O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração.
Os minutos se passaram e o pai levantou-se e novamente chamou sua filha. - Hora de ir agora? Outra vez Melissa pediu, - Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos.
O homem sorriu e disse, - Está certo!
- O senhor é certamente um pai muito paciente, - a mulher comentou.
O homem sorriu e disse, - O irmão mais velho de Melissa, Tommy, foi morto por um motorista bêbado no ano passado quando montava sua bicicleta perto daqui. Eu nunca passei muito tempo com Tommy e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele. Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Melissa. Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta. Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-la brincar.
***
Em tudo na vida estabelecemos prioridades.
Quais são as suas prioridades?
Dê, hoje, a alguém que você ama mais cinco minutos de seu tempo!
A chuva dos olhos
Assim como o fenômeno natural da precipitação atmosférica, a chuva, realiza o trabalho de purificar a terra, a água e o ar, também nossas lágrimas têm tal função. A de limpar nosso íntimo, a de externar nossas emoções, sejam elas de alegria ou de pesar. Precisamos aprender a expressar nossos sentimentos.
Nossa cultura possui conceitos arraigados, como o de que “homem não chora”, ou que “é feio chorar”, que surgem em nossas vidas desde quando crianças, na educação familiar, e acabam por internalizarem se em nossa alma, continuando a apresentar manifestações na vida adulta.
Sejamos homens ou mulheres na Terra, saibamos que todos rumamos para a busca da sensibilidade, do auto descobrimento, e da expressão de nossos sentimentos. Tudo que deixarmos guardado virá à tona, cedo ou tarde.
Se forem bons os sentimentos contidos, estaremos perdendo uma oportunidade valiosa de trazê-los ao mundo, melhorando nossas relações com o próximo e conosco mesmo. Se forem sentimentos desequilibrados, estaremos perdendo a chance de encará-los, de analisá-los, e de tomar providências para que possam ser erradicados de nosso interior.
As barreiras que nos impedem de nos emocionar, de chorar, são muitas vezes as mesmas que nos fazem pessoas fechadas e retraídas. Barreiras que carecemos romper, para que nossos dias possam ser mais leves, mais limpos, como a atmosfera que recebe a água da chuva, e nela encontra sua purificação.
As chuvas dos olhos fazem um bem muito grande. Desabafar, colocar para fora o que angustia nosso íntimo, ou o que lhe dá alegria, é um exercício precioso. Um hábito salutar. Dizer a alguém o quanto o amamos, quando este sentimento surgir em nosso coração – mesmo sem um motivo especial -, será sempre uma forma de fortalecimento de laços, de construção de uma união mais feliz, e principalmente, um recurso para elevarmos nossa auto-estima, nosso auto-amor.
Mil bolinhas de gude
Há algumas semanas eu estava me arrastando na direção do Porão (...) com uma xícara de café bem quentinho em uma das mãos e o jornal na outra. O que começou com uma típica manha de sábado se transformou numa daquelas lições que a vida parece nos ensinar de tempos em tempos. Permita - me contar o que aconteceu.
Sou radioamador, e sintonizei na faixa de comunicação por telefone para ouvir uma comunicação em rede que costumava ocorrer nas manhãs de sábado. No caminho, passei por um velho companheiro radioamador, que transmitia num sinal bem forte e com uma voz perfeita. Você sabe aqueles sujeitos que poderiam ser locutores de televisão. Ele estava conversando com alguém e comentando sobre "mil bolinhas de Gude". Fiquei curioso e parei para ouvir o que ele dizia.
- Bem, Tom, parece mesmo que você esta muito ocupado com seu trabalho. Tenho certeza que eles pagam muito bem, mas é um absurdo você precisar se afastar tanto de sua casa e de sua família. É difícil acreditar que uma pessoa tão jovem tenha de trabalhar sessenta ou setenta horas por semana para poder se sustentar . Foi muito ruim você ter perdido a apresentação de dança de sua filha . Vou contar uma coisa a você, Tom, algo que tem me ajudado a manter uma boa perspectiva em relação a minhas prioridades.
Foi quando ele começou a explicar a teoria das "mil bolinhas de Gude".
- Veja bem, um dia me sentei e fiz um breve cálculo. Uma pessoa vive em média, cerca de 75 anos. Sei que alguns vivem mais e outros vivem menos, más, em média, a vida de uma pessoa dura cerca de 75 anos. Aí multipliquei 75 por 52 e cheguei a 3.900, que é o número de sábados que a pessoa vive, em média, durante toda a vida. Agora, continue acompanhando meu raciocínio, Tom; estou chegando na parte mais importante. Levei 55 anos de minha vida para começar a pensar sobre tudo isso em detalhes, e naquela época eu ja havia vivido 2.800 sábados. Calculei que, se eu vivesse até os 75 anos, só teria pouco mais de mil sábados restantes para aproveitar. Então fui a uma loja de brinquedos e comprei mil bolinhas de Gude. Levei-as para casa e coloquei dentro de uma caixa grande de plástico que fica aqui (...)perto de meu equipamento. Desde então, todo sábado eu tiro uma uma bolinha de gude e jogo longe. Descobri que, conforme via o número de bolinhas diminuir , eu me concentrava mais nas coisas realmente importantes da vida. Não há nada como perceber o tempo de vida nesta terra indo embora para ajudar a pessoa a focar nas prioridades. Mas permita me dizer mais uma coisa antes de finalizarmos nossa conversa e desligarmos o radio para eu poder levar minha adorável esposa par tomar café: Esta manhã tirei a ultima bolinha de gude da caixa. Fiquei pensando que, se eu continuar vivo até o próximo sábado, significa que ganhei um tempo extra na vida. E a única coisa que todos podemos desfrutar é um pouquinho mais de tempo.
Foi um prazer falar com você, Tom, e espero que passe mais tempo com sua família. Tomara que voltemos a nos falar pelo rádio um dia desses.
O silêncio era total no rádio quando aquele homem desligou. Acho que ele tinha nos fornecido material para um bocado de reflexão. Eu havia planejado trabalhar na antena do rádio naquela manhã, e depois me encontraria com alguns amigos radioamadores para elaborar o próximo boletim do clube. Em vez disso, subi as escadas e acordei minha esposa com um beijo.
- Vamos lá, meu bem, vou levar você e as crianças para tomar café.
- Por que essa novidade? - ela perguntou sorrindo.
- Ah, nada de especial. É que já faz muito tempo desde a última vez que passei um sábado inteiro com você e as crianças. Ei, daria para parar numa loja de brinquedos quando sairmos? Preciso comprar umas bolas de Gude".
sábado, 29 de maio de 2010
Feche a boca e abra os braços
Relatou a cena terrível ocorrida no momento em que a filha finalmente contou a ela e ao marido sobre a gravidez. Houve acusações e recriminações, variações sobre o tema "Como pôde fazer isso conosco?" Meu coração doeu por todos: pelos pais que se sentiam traídos e pela filha que se envolveu numa situação complicada como aquela. Será que eu poderia ajudar, servir de ponte entre as duas partes?
Fiquei tão arrasada com a situação que fiz o que faço – com alguma frequência – quando não consigo pensar com clareza: liguei para minha mãe. Ela me lembrou de algo que sempre a ouvi dizer. Imediatamente, escrevi um bilhete para minha amiga, compartilhando o conselho de minha mãe: "Quando uma criança está em apuros, feche a boca e abra os braços."
Tentei seguir o mesmo conselho na criação de meus filhos. Tendo tido cinco em seis anos, é claro que nem sempre conseguia. Tenho uma boca enorme e uma paciência minúscula.
Lembro-me de quando Kim, a mais velha, estava com quatro anos e derrubou o abajur de seu quarto. Depois de me certificar de que não estava machucada, me lancei numa invectiva sobre aquele abajur ser uma antiguidade, sobre estar em nossa família há três gerações, sobre ela precisar ter mais cuidado e como foi que aquilo tinha acontecido – e só então percebi o pavor estampado em seu rosto. Os olhos estavam arregalados, o lábio tremia. Então me lembrei das palavras de minha mãe. Parei no meio da frase e abri os braços.
Kim correu para eles dizendo:
– Desculpa... Desculpa – repetia, entre soluços. Nos sentamos em sua cama, abraçadas, nos embalando. Eu me sentia péssima por tê-la assustado e por fazê-la crer, até mesmo por um segundo, que aquele abajur era mais valioso para mim do que ela.
– Eu também sinto muito, Kim – disse quando ela se acalmou o bastante para conseguir me ouvir. - Gente é mais importante do que abajures. Ainda bem que você não se cortou.
Felizmente, ela me perdoou. O incidente do abajur não deixou marcas perenes. Mas o episódio me ensinou que é melhor segurar a língua do que tentar voltar atrás após um momento de fúria, medo, desapontamento ou frustração.
Quando meus filhos eram adolescentes – todos os cinco ao mesmo tempo – me deram inúmeros outros motivos para colocar a sabedoria de minha mãe em prática: problemas com amigos, o desejo de ser popular, não ter par para ir ao baile da escola, multas de trânsito, experimentos de ciência malsucedidos e ficar em recuperação. Confesso, sem pudores, que seguir o conselho de minha mãe não era a primeira coisa que me passava pela mente quando um professor ou diretor telefonava da escola. Depois de ir buscar o infrator da vez, a conversa do carro era, algumas vezes, ruidosa e unilateral.
Entretanto, nas ocasiões em que me lembrava da técnica de mamãe, eu não precisava voltar atrás no meu mordaz sarcasmo, me desculpar por suposições errôneas ou suspender castigos muito pouco razoáveis. É impressionante como a gente acaba sabendo muito mais da história e da motivação por trás dela quando está abraçando uma criança, mesmo uma criança num corpo adulto. Quando eu segurava a língua, acabava ouvindo meus filhos falarem de seus medos, de sua raiva, de culpas e arrependimentos. Não ficavam na defensiva porque eu não os estava acusando de coisa alguma. Podiam admitir que estavam errados sabendo que eram amados, apesar de tudo. Dava para trabalharmos com "o que você acha que devemos fazer agora", em vez de ficarmos presos a "como foi que a gente veio parar aqui?"
Meus filhos hoje estão crescidos, a maioria já constituiu a própria família. Um deles veio me ver há alguns meses e disse "Mãe, cometi uma idiotice..."
Depois de um abraço, nos sentamos à mesa da cozinha. Escutei e me limitei a assentir com a cabeça durante quase uma hora enquanto aquela criança maravilhosa passava o seu problema por uma peneira. Quando nos levantamos, recebi um abraço de urso que quase esmagou os meus pulmões.
– Obrigado, mãe. Sabia que você me ajudaria a resolver isto.
É incrível como pareço inteligente quando fecho a boca e abro os braços.