sábado, 8 de maio de 2010

O balão de Benny

Benny tinha setenta anos quando morreu subitamente de câncer, em Wilmette, Illinois. Nos últimos dez anos de vida, havia recebido o amor de alguém muito especial: sua neta, Rachel - e o amor de avô para neta, assim como o de neta para avô, é desses sentimentos que nunca se esquece, e que nunca perece. Infelizmente, Rachel não teve a chance de dizer adeus ao seu avô, e por isso chorou durante vários dias.
Seu pranto apenas cessou quando teve uma idéia, certo dia, após receber um grande balão vermelho numa festa de aniversário. E a idéia era a de escrever uma carta para o vovô Benny, e enviá-la ao céu em seu balão vermelho.
A mãe de Rachel não teve coragem de dizer não, e observou com lágrimas nos olhos o frágil balão subir por entre as árvores que cercavam o jardim, e desaparecer. Dois meses depois, Rachel recebeu esta carta, com carimbo do correio de uma cidade a novecentos quilômetros de distância, na Pensilvânia: "querida Rachel, vovô Benny recebeu a sua carta. Ele realmente a adorou." Por favor, entenda que coisas materiais não podem ficar no céu, por isso tiveram que mandar o balão de volta para a terra. Lá eles só guardam os pensamentos, as lembranças, o amor e coisas desse tipo.
Rachel, sempre que você pensar no vovô Benny ele saberá e estará muito perto, com um amor enorme por você. Sinceramente, Bob Anderson (também um vovô)."
***
A singeleza desta passagem nos trouxe muita emoção, quando a lemos. Faz-nos pensar sobre a morte, sobre a separação, sobre o amor, de uma forma tão sublime!
A resposta que Rachel recebeu de um bondoso e inspirado avô, deve conduzir-nos à uma reflexão profunda sobre a vida, sobre como continuamos a estar próximos daqueles que partiram.
Sigamos o exemplo da neta, e enviemos constantemente "balões vermelhos" ao céu, com nossas mensagens de amor e saudade a eles. Os balões serão nossas orações, que somente ganharão altura suficiente para serem ouvidas, se guardarem em seu íntimo a simplicidade, a sinceridade, e o coração.